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25/03/2005
-
16h01
da BBC Brasil
Ao contrário dos demais casamentos reais, sempre acompanhados de um enorme aumento na atividade do setor da indústria de suvenires, o casamento do príncipe Charles com Camilla Parker-Bowles está sendo marcado por uma produção pequena de tais objetos.
Historicamente, nenhum casamento real no Reino Unido foi realizado sem que não ocorresse a venda de pratos comemorativos, jarros, panos de prato, chaveiros, cartões postais e canecos com o rosto dos noivos.
Desta vez, porém, no casamento do herdeiro do trono britânico, existem apenas de 20 a 25 tipos de suvenires, segundo Stevem Jackson, da Commemorative Collectors Society do Reino Unido.
O casamento anterior de Charles com a princesa Diana teve 1,6 mil, o Jubileu de Prata da rainha Elizabeth 2ª, em 1977, 700, e o Jubileu de Ouro dela, há três anos, 600.
Até mesmo o casamento do príncipe Edward com Sophie Rhys-Jones em 1999 --um evento relativamente modesto para os padrões da realeza-- teve 120 tipos de objetos.
Não é segredo que a disposição do público em relação a esse casamento é de indiferença, no mínimo, mas o curto espaço de tempo entre o anúncio do noivado e o casamento não ajudou, segundo especialistas da área de suvenires.
Canecos do amor
A fábrica de porcelanas Wedgwood, que vem produzindo objetos de luxo para comemorar os casamentos reais desde o reinado de George 3º (1760-1820), avaliou "muito, muito seriamente" a questão, segundo seu porta-voz. Mas desistiu da idéia.
"Normalmente leva-se de seis a oito meses para produzir objetos de luxo", disse Andrew Stanistreet, da Wedgwood. Desta vez, teríamos de preparar tudo em apenas dois meses.
A experiência de Aynsley, outra tradicional fabricante de cerâmica, pode ajudar a explicar a posição. Aynsley enfrentou muitas dificuldades para lançar sua coleção Charles e Camilla.
"Primeiro tivemos de apresentar pedido de aprovação real e, depois, já estávamos bastante avançados quando eles anunciaram a mudança de local e tivemos de fazer alterações", disse Gavin Williamson, da Aynsley.
No primeiro anúncio oficial, o casamento seria no Palácio de Windsor, mas o local foi substituído pelo salão da Câmara Municipal da cidade de Windsor.
A reação mornas do público à notícia do noivado torna difícil prever a demanda pela coleção da Aynsley, que inclui um "caneco do amor" (de duas alças) e um prato comemorativo. Os objetos são feitos de porcelana e detalhes em ouro 22 quilates.
Williamson diz, porém, que ficaram "surpresos pela quantidade de pedidos que tivemos nos primeiros dias".
A favor e contra
No outro extremo desse setor, Joanna Leapman encontrou um mercado promissor para imãs de geladeira de Charles e Camilla, que ela vende no eBay.
Leapman, que mora em Londres, produz objetos com desenhos que atendem os sentimento a favor e contra do público ao evento. Cada peça é vendida a 1,75 libras (quase R$ 9).
Além de desenhos ortodoxos, ela oferece outros como uma pintura da rainha Elizabeth 2ª em frente a Charles e Camilla com os dizeres: "Eu também não vou". Outra pintura é da princesa Diana com os dizeres: "Lembre de Diana 1961-1997".
"O negócio está realmente dando certo", disse Leapman, que já vendeu 300 imãs até agora.
"A maioria dos compradores são britânicos, mas já vendi para os Estados Unidos e Canadá. As pessoas também estão comprando pelo valor da novidade."
Panos de prato
O negócio está sendo menos promissor para a empresa Wedding Creations, que está vendendo almofadas comemorativas bordadas com os dizeres "Charles & Camilla 8th april 2005", também no eBay, por 20 libras (mais de R$ 100) cada uma.
"Vendemos só seis até agora, mas temos esperança que as vendas vão crescer", disse um porta-voz, observando que a empresa vai enviar uma almofada ao casal real como presente de casamento.
Dhillons, uma loja de suvenires na rua principal de Windsor e perto de onde será o casamento civil, está vendendo bem. "Os panos de prato são os que vendem mais", disse Kirran Dhillon.
Raridade
Dhillon está adotando uma linha convencional para seus suvenires --"somos a favor do casamento", disse Kirran Dhillon--, mas outras lojas nas vizinhanças estão fazendo estoque mais modesto.
Existe algo no mercado para o colecionador sério? "Muito pouco", disse Eric Knowles, do programa de antigüidades da BBC Antique Roadshow. "Não vi nada que inspire ou que seja de bom gosto".
A raridade das edições limitadas de bons suvenires --e ele cita a da Aynsley como exemplo-- pode inflar o seu valor em alguns anos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o casamento de Charles e Camilla
Casamento de Charles e Camilla tem poucos suvenires à venda
JON DUFFYda BBC Brasil
Ao contrário dos demais casamentos reais, sempre acompanhados de um enorme aumento na atividade do setor da indústria de suvenires, o casamento do príncipe Charles com Camilla Parker-Bowles está sendo marcado por uma produção pequena de tais objetos.
Historicamente, nenhum casamento real no Reino Unido foi realizado sem que não ocorresse a venda de pratos comemorativos, jarros, panos de prato, chaveiros, cartões postais e canecos com o rosto dos noivos.
Desta vez, porém, no casamento do herdeiro do trono britânico, existem apenas de 20 a 25 tipos de suvenires, segundo Stevem Jackson, da Commemorative Collectors Society do Reino Unido.
O casamento anterior de Charles com a princesa Diana teve 1,6 mil, o Jubileu de Prata da rainha Elizabeth 2ª, em 1977, 700, e o Jubileu de Ouro dela, há três anos, 600.
Até mesmo o casamento do príncipe Edward com Sophie Rhys-Jones em 1999 --um evento relativamente modesto para os padrões da realeza-- teve 120 tipos de objetos.
Não é segredo que a disposição do público em relação a esse casamento é de indiferença, no mínimo, mas o curto espaço de tempo entre o anúncio do noivado e o casamento não ajudou, segundo especialistas da área de suvenires.
Canecos do amor
A fábrica de porcelanas Wedgwood, que vem produzindo objetos de luxo para comemorar os casamentos reais desde o reinado de George 3º (1760-1820), avaliou "muito, muito seriamente" a questão, segundo seu porta-voz. Mas desistiu da idéia.
"Normalmente leva-se de seis a oito meses para produzir objetos de luxo", disse Andrew Stanistreet, da Wedgwood. Desta vez, teríamos de preparar tudo em apenas dois meses.
A experiência de Aynsley, outra tradicional fabricante de cerâmica, pode ajudar a explicar a posição. Aynsley enfrentou muitas dificuldades para lançar sua coleção Charles e Camilla.
"Primeiro tivemos de apresentar pedido de aprovação real e, depois, já estávamos bastante avançados quando eles anunciaram a mudança de local e tivemos de fazer alterações", disse Gavin Williamson, da Aynsley.
No primeiro anúncio oficial, o casamento seria no Palácio de Windsor, mas o local foi substituído pelo salão da Câmara Municipal da cidade de Windsor.
A reação mornas do público à notícia do noivado torna difícil prever a demanda pela coleção da Aynsley, que inclui um "caneco do amor" (de duas alças) e um prato comemorativo. Os objetos são feitos de porcelana e detalhes em ouro 22 quilates.
Williamson diz, porém, que ficaram "surpresos pela quantidade de pedidos que tivemos nos primeiros dias".
A favor e contra
No outro extremo desse setor, Joanna Leapman encontrou um mercado promissor para imãs de geladeira de Charles e Camilla, que ela vende no eBay.
Leapman, que mora em Londres, produz objetos com desenhos que atendem os sentimento a favor e contra do público ao evento. Cada peça é vendida a 1,75 libras (quase R$ 9).
Além de desenhos ortodoxos, ela oferece outros como uma pintura da rainha Elizabeth 2ª em frente a Charles e Camilla com os dizeres: "Eu também não vou". Outra pintura é da princesa Diana com os dizeres: "Lembre de Diana 1961-1997".
"O negócio está realmente dando certo", disse Leapman, que já vendeu 300 imãs até agora.
"A maioria dos compradores são britânicos, mas já vendi para os Estados Unidos e Canadá. As pessoas também estão comprando pelo valor da novidade."
Panos de prato
O negócio está sendo menos promissor para a empresa Wedding Creations, que está vendendo almofadas comemorativas bordadas com os dizeres "Charles & Camilla 8th april 2005", também no eBay, por 20 libras (mais de R$ 100) cada uma.
"Vendemos só seis até agora, mas temos esperança que as vendas vão crescer", disse um porta-voz, observando que a empresa vai enviar uma almofada ao casal real como presente de casamento.
Dhillons, uma loja de suvenires na rua principal de Windsor e perto de onde será o casamento civil, está vendendo bem. "Os panos de prato são os que vendem mais", disse Kirran Dhillon.
Raridade
Dhillon está adotando uma linha convencional para seus suvenires --"somos a favor do casamento", disse Kirran Dhillon--, mas outras lojas nas vizinhanças estão fazendo estoque mais modesto.
Existe algo no mercado para o colecionador sério? "Muito pouco", disse Eric Knowles, do programa de antigüidades da BBC Antique Roadshow. "Não vi nada que inspire ou que seja de bom gosto".
A raridade das edições limitadas de bons suvenires --e ele cita a da Aynsley como exemplo-- pode inflar o seu valor em alguns anos.
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