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29/03/2005
-
15h24
Segurança nas fronteiras, acordos energéticos e outros na área do comércio serão discutidos nesta terça-feira pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da Colômbia, Álvaro Uribe, da Venezuela, Hugo Chavez, e o premiê espanhol, Jose Luiz Rodriguez Zapatero, em uma reunião de cúpula na Venezuela.
O presidente Lula foi o último chefe de Estado a chegar a Ciudad Guayana, uma cidade industrial no sudeste do país, junto ao rio Orinoco.
Os quatro dirigentes devem se reunir a portas fechadas junto a um projeto hidroelétrico no Orinoco. Espanha e Brasil manifestaram interesse em mais laços energéticos com a Venezuela, que é o quinto maior produtor de petróleo do mundo e tem grandes reservas de gás natural.
A Venezuela está apresentando esta reunião como um novo passo em direção a um mundo multipolar, a uma maior integração dentro da América do Sul e entre a América do Sul e a União Européia, segundo o repórter da BBC em Ciudad Guayana, Iain Bruce.
As relações entre Colômbia e Venezuela melhoraram, pelo menos publicamente, depois de resolvida, com a ajuda de Lula, a disputa surgida no começo do ano com o seqüestro de um líder do maior grupo rebelde colombiano, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Granda, em território venezuelano.
Depois de pressões da Venezuela, o governo colombiano admitiu ter pago a caçadores de recompensa pela captura de Granda. A Venezuela alegou violação da sua soberania nacional, enquanto a Colômbia acusou o vizinho de dar abrigo a guerrilheiros.
Mas ainda existem entre os dois países divergências de abordagem de temas como a segurança, segundo Iain Bruce.
Mais cooperação
A Colômbia quer enfatizar a questão da segurança através de uma maior cooperação no controle do tráfico de drogas e de armas nas fronteiras.
Embora concorde com a necessidade de cooperação, a Venezuela acredita que a segurança não pode ser desvinculada do combate à pobreza nessas regiões fronteiriças.
A Venezuela deseja acordos bilaterais para estimular projetos sociais nos povoados da área.
Zapatero
A reunião em Ciudad Guayana é o primeiro compromisso da visita do premiê espanhol, Jose Luis Rodriguez Zapatero, à Venezuela.
A viagem ocorre em meio a preocupações do governo americano sobre planos de Madri de vender armas para as autoridades venezuelanas.
Zapatero deverá finalizar um acordo na quarta-feira para que as forças armadas venezuelanas comprem aviões de reconhecimento e barcos de patrulha da Espanha.
Diplomatas americanos em Madri manifestaram preocupação de que o negócio possa desestabilizar países na América do Sul.
As autoridades em Washington também estão preocupadas com planos venezuelanos de comprar 100 mil rifles de assalto da Rússia.
O Brasil também deseja ajudar a Venezuela a aparelhar suas forças armadas que, segundo o governo de Caracas, precisa de novos armamentos com finalidade defensiva.
A reunião em Ciudad Guayana terá a duração de apenas um dia. O presidente Lula volta para o Brasil na noite desta terça-feira.
Comércio, segurança e pobreza são temas da cúpula da Venezuela
da BBC BrasilSegurança nas fronteiras, acordos energéticos e outros na área do comércio serão discutidos nesta terça-feira pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da Colômbia, Álvaro Uribe, da Venezuela, Hugo Chavez, e o premiê espanhol, Jose Luiz Rodriguez Zapatero, em uma reunião de cúpula na Venezuela.
O presidente Lula foi o último chefe de Estado a chegar a Ciudad Guayana, uma cidade industrial no sudeste do país, junto ao rio Orinoco.
Os quatro dirigentes devem se reunir a portas fechadas junto a um projeto hidroelétrico no Orinoco. Espanha e Brasil manifestaram interesse em mais laços energéticos com a Venezuela, que é o quinto maior produtor de petróleo do mundo e tem grandes reservas de gás natural.
A Venezuela está apresentando esta reunião como um novo passo em direção a um mundo multipolar, a uma maior integração dentro da América do Sul e entre a América do Sul e a União Européia, segundo o repórter da BBC em Ciudad Guayana, Iain Bruce.
As relações entre Colômbia e Venezuela melhoraram, pelo menos publicamente, depois de resolvida, com a ajuda de Lula, a disputa surgida no começo do ano com o seqüestro de um líder do maior grupo rebelde colombiano, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Granda, em território venezuelano.
Depois de pressões da Venezuela, o governo colombiano admitiu ter pago a caçadores de recompensa pela captura de Granda. A Venezuela alegou violação da sua soberania nacional, enquanto a Colômbia acusou o vizinho de dar abrigo a guerrilheiros.
Mas ainda existem entre os dois países divergências de abordagem de temas como a segurança, segundo Iain Bruce.
Mais cooperação
A Colômbia quer enfatizar a questão da segurança através de uma maior cooperação no controle do tráfico de drogas e de armas nas fronteiras.
Embora concorde com a necessidade de cooperação, a Venezuela acredita que a segurança não pode ser desvinculada do combate à pobreza nessas regiões fronteiriças.
A Venezuela deseja acordos bilaterais para estimular projetos sociais nos povoados da área.
Zapatero
A reunião em Ciudad Guayana é o primeiro compromisso da visita do premiê espanhol, Jose Luis Rodriguez Zapatero, à Venezuela.
A viagem ocorre em meio a preocupações do governo americano sobre planos de Madri de vender armas para as autoridades venezuelanas.
Zapatero deverá finalizar um acordo na quarta-feira para que as forças armadas venezuelanas comprem aviões de reconhecimento e barcos de patrulha da Espanha.
Diplomatas americanos em Madri manifestaram preocupação de que o negócio possa desestabilizar países na América do Sul.
As autoridades em Washington também estão preocupadas com planos venezuelanos de comprar 100 mil rifles de assalto da Rússia.
O Brasil também deseja ajudar a Venezuela a aparelhar suas forças armadas que, segundo o governo de Caracas, precisa de novos armamentos com finalidade defensiva.
A reunião em Ciudad Guayana terá a duração de apenas um dia. O presidente Lula volta para o Brasil na noite desta terça-feira.
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