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30/03/2005
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07h37
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a Venezuela "tem o direito de ser um país soberano, de tomar as suas decisões", nesta terça-feira, em Ciudad Guayana, na Venezuela.
"Tem gente falando mal de nós pelo mundo. Quero dizer ao presidente [Hugo] Chávez que não tenho nenhuma dúvida em afirmar em qualquer lugar do mundo que não aceitamos difamações contra nossos companheiros. Não aceitamos insinuações contra nossos companheiros", afirmou o presidente brasileiro.
Na semana passada, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, criticou, durante visita ao Brasil, o anúncio venezuelano da compra de 100 mil fuzis de origem russa para equipar suas Forças Armadas. "Nós, da América do Sul, somos capazes de cuidar de nossos assuntos", completou Lula.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rebateu as acusações americanas que incluíram como a falta da liberdade de imprensa na Venezuela, o apoio ao grupo rebelde colombiano Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e de estar fomentando subversão na região.
"No passado, Washington tentou fomentar conflito entre nós", disse Chávez em reunião de cúpula que incluiu, além de Lula e do chefe de Estado venezuelano, Álvaro Uribe, presidente da Colômbia, e o premiê espanhol, Jose Luiz Rodriguez Zapatero.
Na sua sabatina de confirmação no Senado em janeiro, a secretária de Estado Condoleezza Rice disse que Chávez é uma "força negativa" na região e tem um comportamento "não-liberal", embora tenha sido eleito democraticamente.
Lula comentou ainda notícias divulgadas pela imprensa brasileira de suposta doação que as Farc teriam feito ao PT na eleição de 2002, dizendo que não leva a sério as supostas denúncias.
O presidente lembrou que, na campanha presidencial de 2002, seus opositores faziam acusações de que ele tornaria o Brasil uma outra Venezuela.
A Venezuela está apresentando esta reunião de apenas um dia como um novo passo em direção a um mundo multipolar, a uma maior integração dentro da América do Sul e entre a América do Sul e a União Européia, segundo o repórter da BBC em Ciudad Guayana, Iain Bruce.
As relações entre Colômbia e Venezuela melhoraram, pelo menos publicamente, depois de resolvida, com a ajuda de Lula, a disputa surgida no começo do ano com o seqüestro de um líder do maior grupo rebelde colombiano, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Granda, em território venezuelano.
Depois de pressões da Venezuela, o governo colombiano admitiu ter pago a caçadores de recompensa pela captura de Granda. A Venezuela alegou violação da sua soberania nacional, enquanto a Colômbia acusou o vizinho de dar abrigo a guerrilheiros.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as relações do Brasil com a Venezuela
Venezuela tem "direito de ser país soberano", diz Lula
da BBC BrasilO presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a Venezuela "tem o direito de ser um país soberano, de tomar as suas decisões", nesta terça-feira, em Ciudad Guayana, na Venezuela.
"Tem gente falando mal de nós pelo mundo. Quero dizer ao presidente [Hugo] Chávez que não tenho nenhuma dúvida em afirmar em qualquer lugar do mundo que não aceitamos difamações contra nossos companheiros. Não aceitamos insinuações contra nossos companheiros", afirmou o presidente brasileiro.
Na semana passada, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, criticou, durante visita ao Brasil, o anúncio venezuelano da compra de 100 mil fuzis de origem russa para equipar suas Forças Armadas. "Nós, da América do Sul, somos capazes de cuidar de nossos assuntos", completou Lula.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rebateu as acusações americanas que incluíram como a falta da liberdade de imprensa na Venezuela, o apoio ao grupo rebelde colombiano Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e de estar fomentando subversão na região.
"No passado, Washington tentou fomentar conflito entre nós", disse Chávez em reunião de cúpula que incluiu, além de Lula e do chefe de Estado venezuelano, Álvaro Uribe, presidente da Colômbia, e o premiê espanhol, Jose Luiz Rodriguez Zapatero.
Na sua sabatina de confirmação no Senado em janeiro, a secretária de Estado Condoleezza Rice disse que Chávez é uma "força negativa" na região e tem um comportamento "não-liberal", embora tenha sido eleito democraticamente.
Lula comentou ainda notícias divulgadas pela imprensa brasileira de suposta doação que as Farc teriam feito ao PT na eleição de 2002, dizendo que não leva a sério as supostas denúncias.
O presidente lembrou que, na campanha presidencial de 2002, seus opositores faziam acusações de que ele tornaria o Brasil uma outra Venezuela.
A Venezuela está apresentando esta reunião de apenas um dia como um novo passo em direção a um mundo multipolar, a uma maior integração dentro da América do Sul e entre a América do Sul e a União Européia, segundo o repórter da BBC em Ciudad Guayana, Iain Bruce.
As relações entre Colômbia e Venezuela melhoraram, pelo menos publicamente, depois de resolvida, com a ajuda de Lula, a disputa surgida no começo do ano com o seqüestro de um líder do maior grupo rebelde colombiano, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Granda, em território venezuelano.
Depois de pressões da Venezuela, o governo colombiano admitiu ter pago a caçadores de recompensa pela captura de Granda. A Venezuela alegou violação da sua soberania nacional, enquanto a Colômbia acusou o vizinho de dar abrigo a guerrilheiros.
Especial
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