Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/04/2005 - 14h21

Cardeais já assumiram quase todas as funções do papa

ASSIMINA VLAHOU
da BBC, em Roma

Com a piora do estado de saúde do papa João Paulo 2º, quatro cardeais estão ajudando o pontífice em todas as suas decisões relativas à Igreja Católica.

Os quatro cardeais, eles mesmos tidos como possíveis sucessores de João Paulo 2º no caso de sua morte, são Angelo Sodano, secretário de Estado do Vaticano; Joseph Ratzinger, chefe da Congregação para a Doutrina da Fé e decano do colégio de cardeais; Giovanni Battista Re, chefe da Congregação dos Bispos, e Camilo Ruini, cardeal vigário de Roma e chefe da Conferência Episcopal italiana.

Os quatro cardeais ainda dependem da aprovação de João Paulo 2º em todas as decisões que tomam --seja essa aprovação por meio de uma assinatura ou mesmo um movimento com a cabeça.

Fotos da vigília pelo papa
O arcebispo Stanislaw Dziwisz, secretário particular do papa, também tem grande influência sobre o pontífice neste momento, embora não seja considerado um possível sucessor.

Processo sucessório

No caso da morte do papa, será dado início a um processo carregado de tradições que pode durar cerca de 20 dias, até a que seja escolhido um sucessor para o pontífice.

Fotos mostram a evolução do estado de saúde do papa
Primeiramente, a morte precisa ser reconhecida, o que será feito pelo chamado cardeal "camerlengo" (ou "chefe de gabinete") Eduardo Martínez Somalo.

O camerlengo então avisa Camilo Ruini quanto ao ocorrido e Ruini fica encarregado de divulgar a informação ao mundo.

Com a morte, se convoca o colégio de cardeais --que, no lugar do papa, vai coordenar os trabalhos da igreja no período.

Esses trabalhos, porém, ficam praticamente suspensos, porque os cardeais chefes de congregação perdem essa atribuição de chefia com a morte do papa.

Funeral

O funeral do pontífice dura nove dias, com o enterro provavelmente acontecendo no quinto dia, no Vaticano.

Enquanto se realiza o funeral do papa, os cardeais que forem chegando a Roma vão se reunindo em congregações que discutem o processo sucessório.
O conclave de cardeais, onde é escolhido o sucessor do papa, começa entre o 15º e o vigésimo dia da morte do pontífice, e não pode começar depois desse vigésimo dia.

O conclave, que pode durar no mínimo três dias e não tem prazo máximo para terminar, é composto por 117 cardeais com direito a voto, ou seja, com menos de 80 anos de idade. Um cardeal ainda aguarda confirmação de seu status do Vaticano e, até que isso aconteça, ele não poderá votar.

Se um cardeal tiver feito 80 anos até a data de morte do papa, não poderá votar.

Em teoria, qualquer um dos cardeais do conclave pode ser escolhido para ser o novo papa.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página