Publicidade
Publicidade
04/04/2005
-
07h56
da BBC Brasil, em Roma
O arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, é um dos quatro nomes apontados pelo vaticanista do jornal italiano La Repubblica como favoritos a ocupar o lugar deixado pelo papa João Paulo 2º.
Além do brasileiro, o vaticanista Marco Politi aponta como prováveis sucessores os italianos Dionigi Tettamanzi, arcebispo de Milão, e Angelo Scola, patriarca de Veneza, além do o arcebispo de Mumbai, na Índia, Ivan Dias.
Mas, segundo diversos analistas de questões relativas ao Vaticano, depois de um papa estrangeiro, é provável que os cardeais eleitores optem por retornar à tradição e elejam um italiano.
Para os críticos, essa seria uma forma de dar mais atenção à organização interna, depois de um pontificado marcado pelas viagens ao exterior.
Clique aqui para ver quem são os possíveis sucessores
Isso significaria principalmente enfrentar um dos temas centrais da pauta da sucessão: a colegialidade, ou seja, diminuir a centralização do poder de Roma e dar mais espaço aos bispos, que deveriam ajudar o papa em suas decisões e ser mais autônomos.
Internacionalização
Potencialmente, todos os cardeais eleitores são candidatos, o que leva à criação de listas em que alguns são apontados como favoritos e outros jamais entram. É algo muito pouco científico, com ponderações de observadores e analistas que colhem sinais e acabam criando teorias que depois são desmentidas por outras.
É o caso, por exemplo, dos candidatos italianos. Há quem argumente que a internacionalização da Igreja e do colégio de cardeais é irreversível e que isso deve ser levado em consideração no conclave. Portanto, retornar ao papa italiano não representaria essa tendência.
Para o analista Sandro Magister, um candidato europeu também não seria uma boa opção. Ele acredita que as Igrejas européias, de modo geral, estão perdendo muitos fiéis e, portanto, não têm uma imagem forte.
"Já em países latino-americanos, a Igreja tem um aspecto mais vigoroso", disse Magister. "E isso seria uma ótima mensagem."
Segundo os analistas, se um candidato italiano não obtiver logo um bom número de consensos para se impor, é muito provável que os latino-americanos ganhem muitos consensos.
Entre eles, o cardeal arcebispo de São Paulo, Cláudio Hummes, que tem sido citado com freqüência, mas também o arcebispo de Salvador, Geraldo Majella Agnelo.
Essa linha, segundo o vaticanista Marco Politi, teria o consenso não apenas dos cardeais mais abertos e progressistas, como também ultimamente convenceria até os mais conservadores, como o cardeal alemão Joseph Ratzinger, um dos fortes candidatos não italianos.
Outros favoritos
No topo da lista dos papáveis italianos, além de Tettamanzi e Scola, são colocados também o cardeal vigário de Roma, Camillo Ruini, e o secretário de Estado do Vaticano, Angelo Sodano.
Mas, segundo outros especialistas, Sodano deverá ser, na verdade, o que definem como "grande eleitor", assim como Ratzinger. Isso é, deverá indicar um nome e poderá condicionar o voto de um bom número de cardeais para seu candidato.
Ainda de acordo com os vaticanistas, o argentino Mario Jorge Bergoglio, de Buenos Aires, e Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, de Honduras, também são dois candidatos com boas possibilidades.
As votações do conclave no Vaticano devem começar entre os dias 16 e 21 de abril. Conforme as indicações da Constituição Apostólica de 1996, o conclave deve acontecer entre 15 e 20 dias depois do falecimento do pontífice, para dar tempo de todos os cardeais chegarem a ao Vaticano.
Vaticanista põe dom Cláudio entre quatro favoritos
ASSIMINA VLAHOUda BBC Brasil, em Roma
O arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, é um dos quatro nomes apontados pelo vaticanista do jornal italiano La Repubblica como favoritos a ocupar o lugar deixado pelo papa João Paulo 2º.
Além do brasileiro, o vaticanista Marco Politi aponta como prováveis sucessores os italianos Dionigi Tettamanzi, arcebispo de Milão, e Angelo Scola, patriarca de Veneza, além do o arcebispo de Mumbai, na Índia, Ivan Dias.
Mas, segundo diversos analistas de questões relativas ao Vaticano, depois de um papa estrangeiro, é provável que os cardeais eleitores optem por retornar à tradição e elejam um italiano.
Para os críticos, essa seria uma forma de dar mais atenção à organização interna, depois de um pontificado marcado pelas viagens ao exterior.
Clique aqui para ver quem são os possíveis sucessores
Isso significaria principalmente enfrentar um dos temas centrais da pauta da sucessão: a colegialidade, ou seja, diminuir a centralização do poder de Roma e dar mais espaço aos bispos, que deveriam ajudar o papa em suas decisões e ser mais autônomos.
Internacionalização
Potencialmente, todos os cardeais eleitores são candidatos, o que leva à criação de listas em que alguns são apontados como favoritos e outros jamais entram. É algo muito pouco científico, com ponderações de observadores e analistas que colhem sinais e acabam criando teorias que depois são desmentidas por outras.
É o caso, por exemplo, dos candidatos italianos. Há quem argumente que a internacionalização da Igreja e do colégio de cardeais é irreversível e que isso deve ser levado em consideração no conclave. Portanto, retornar ao papa italiano não representaria essa tendência.
Para o analista Sandro Magister, um candidato europeu também não seria uma boa opção. Ele acredita que as Igrejas européias, de modo geral, estão perdendo muitos fiéis e, portanto, não têm uma imagem forte.
"Já em países latino-americanos, a Igreja tem um aspecto mais vigoroso", disse Magister. "E isso seria uma ótima mensagem."
Segundo os analistas, se um candidato italiano não obtiver logo um bom número de consensos para se impor, é muito provável que os latino-americanos ganhem muitos consensos.
Entre eles, o cardeal arcebispo de São Paulo, Cláudio Hummes, que tem sido citado com freqüência, mas também o arcebispo de Salvador, Geraldo Majella Agnelo.
Essa linha, segundo o vaticanista Marco Politi, teria o consenso não apenas dos cardeais mais abertos e progressistas, como também ultimamente convenceria até os mais conservadores, como o cardeal alemão Joseph Ratzinger, um dos fortes candidatos não italianos.
Outros favoritos
No topo da lista dos papáveis italianos, além de Tettamanzi e Scola, são colocados também o cardeal vigário de Roma, Camillo Ruini, e o secretário de Estado do Vaticano, Angelo Sodano.
Mas, segundo outros especialistas, Sodano deverá ser, na verdade, o que definem como "grande eleitor", assim como Ratzinger. Isso é, deverá indicar um nome e poderá condicionar o voto de um bom número de cardeais para seu candidato.
Ainda de acordo com os vaticanistas, o argentino Mario Jorge Bergoglio, de Buenos Aires, e Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, de Honduras, também são dois candidatos com boas possibilidades.
As votações do conclave no Vaticano devem começar entre os dias 16 e 21 de abril. Conforme as indicações da Constituição Apostólica de 1996, o conclave deve acontecer entre 15 e 20 dias depois do falecimento do pontífice, para dar tempo de todos os cardeais chegarem a ao Vaticano.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice