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12/04/2005 - 08h15

Os Bons Companheiros

LUCAS MENDES
da BBC Brasil, em Nova York

Louis Eppolito e Stephen Caracappa pertenciam à fina flor da polícia de Nova York.

Caracappa trabalhava na Divisão de Repressão ao Crime Organizado. Eppolito foi um dos detetives mais condecorados da cidade, tanto por bravura como por excelência em vários tipos de operações contra a máfia e drogas.

Clique aqui para ouvir essa crônica na voz de Lucas Mendes

Louis Eppolito ficou tão famoso que fez uma ponta em Os Bons Campanheiros, de Martin Scorcese, e trabalhou em outros 12 filmes, um dos quais produzido por ele.

Fazia o papel de um líder sindical corrupto que trai a máfia.

Eppolito não se limitou ao cinema. Quando se aposentou, em 90, publicou sua autobiografia, Policial Mafioso: a História de Um Policial Honesto que Veio de uma Família Mafiosa.

O pai de Eppolito era Fat the Gangster e o tio dele era Jimmy the Clam, ambos da família Gambino.

Mês passado, Eppolito e Caracappa foram presos em casarões vizinhos em Las Vegas. Durante anos os dois trabalharam para a polícia e para o mafioso Anthony Casso, que está cumprindo sentença por 36 assassinatos.

Casso confessou não só os crimes dele como os oito que encomendou aos dois heróis da polícia de Nova York.

Eles recebiam US$ 75 mil por um assassinato ou 45 mil para entregar, com vida, um inimigo procurado por Casso.

A confissão do mafioso incriminando os dois policiais foi em 1998, mas faltava uma conexão firme.

A promotoria não podia preparar um processo baseado apenas em informações de Casso.

Um velho detetive, re-examinando casos arquivados, descobriu um erro de Carapacca que provocou o assassinato de um inocente só porque tinha o mesmo nome de um inimigo de Casso.

A partir daí a investigação foi reaberta, conversas foram gravadas e agora, antes mesmo do julgamento, os produtores de cinema disputam os direitos do filme.

É uma outra briga de familias.
 

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