Publicidade
Publicidade
19/04/2005
-
06h58
O conclave que vai escolher o novo papa pode repetir o quadro de outubro de 1978, quando foi escolhido João Paulo 2º, segundo artigo publicado nesta terça-feira no jornal britânico The Times.
A reportagem diz que pode ocorrer novamente o "impasse entre conservadores e liberais que levou a um acordo inesperado na forma de Karol Wojtyla, arcebispo de Cracóvia".
Vários jornais europeus observam uma clara divisão entre as duas alas no Vaticano.
O conclave entra em seu segundo dia para a escolha do novo papa buscando um acordo depois do "duelo" entre os cardeais Carlo Maria Martini e Joseph Ratzinger, diz o jornal italiano Corriere Della Sera.
"Fumaça negra, agora negocia-se", é a manchete da primeira página. O jornal enumera os cardeais que, avalia, lideram as alas progressista e conservadora.
Latinos x europeus
Os latino-americanos citados, o colombiano Alfonso López Trujillo e o chileno Jorge Arturo Medina Estévez, teriam se posicionado ao lado de Ratzinger, que fez uma homilía na segunda-feira pregando contra "a ditadura do relativismo" e os centro-europeus, Walter Kaspere Karl Lehmann, da Alemanha, e o belga Godfried Danneels, teriam proposto o nome de Martini.
Já o britânico Financial Times acredita que Dionigi Tettamanzi, arcebispo de Milão, sai na frente como principal candidato italiano. "Em doutrina teológica e questões de moralidade pessoal, ele atrai os conservadores", diz o jornal.
Mas o artigo destaca que Tettamanzi não é um conservador absoluto, observando que, em 1997, ele afirmou sobre o homossexualismo que "a Igreja não tem um conjunto separado de critérios para a julgar a moralidade da atividade homossexual e bissexual".
Tettamanzi também "abriu os canais de comunicação com a ala liberal da igreja, defendendo os direitos de manifestantes antiglobalização na reunião do G8 em Genova, em 2001", disse o Financial Times.
Vários jornais também destacaram o impacto da homilia de Ratzinger. Segundo Il Messaggero, da Itália, ele apresentou "um programa para o futuro papa".
'Continuidade'
Na Espanha, o Avui, de Barcelona, diz que "o grande assunto de debate" entre os cardeais a portas fechadas é "o grau de continuidade" que deve ser buscado em relação a João Paulo 2º.
Mas, em questões de doutrina, o jornal não espera muita discussão.
Ratzinger é um papável influente. Seu irmão, Georg, disse que ele seria um bom papa, segundo o jornal britânico The Daily Telegraph.
Mas Georg reconheceu que teria qualidades diferentes das de João Paulo 2º.
"Eles tinham um bom relacionamento, mas ele (Ratzinger) não teria a faculdade de lidar com pessoas de uma maneira tão direta e imediata e de fasciná-las", disse o irmão do cardeal, segundo o The Daily Telegraph.
Conclave pode repetir acordo que elegeu João Paulo 2º, diz Times
da BBC BrasilO conclave que vai escolher o novo papa pode repetir o quadro de outubro de 1978, quando foi escolhido João Paulo 2º, segundo artigo publicado nesta terça-feira no jornal britânico The Times.
A reportagem diz que pode ocorrer novamente o "impasse entre conservadores e liberais que levou a um acordo inesperado na forma de Karol Wojtyla, arcebispo de Cracóvia".
Vários jornais europeus observam uma clara divisão entre as duas alas no Vaticano.
O conclave entra em seu segundo dia para a escolha do novo papa buscando um acordo depois do "duelo" entre os cardeais Carlo Maria Martini e Joseph Ratzinger, diz o jornal italiano Corriere Della Sera.
"Fumaça negra, agora negocia-se", é a manchete da primeira página. O jornal enumera os cardeais que, avalia, lideram as alas progressista e conservadora.
Latinos x europeus
Os latino-americanos citados, o colombiano Alfonso López Trujillo e o chileno Jorge Arturo Medina Estévez, teriam se posicionado ao lado de Ratzinger, que fez uma homilía na segunda-feira pregando contra "a ditadura do relativismo" e os centro-europeus, Walter Kaspere Karl Lehmann, da Alemanha, e o belga Godfried Danneels, teriam proposto o nome de Martini.
Já o britânico Financial Times acredita que Dionigi Tettamanzi, arcebispo de Milão, sai na frente como principal candidato italiano. "Em doutrina teológica e questões de moralidade pessoal, ele atrai os conservadores", diz o jornal.
Mas o artigo destaca que Tettamanzi não é um conservador absoluto, observando que, em 1997, ele afirmou sobre o homossexualismo que "a Igreja não tem um conjunto separado de critérios para a julgar a moralidade da atividade homossexual e bissexual".
Tettamanzi também "abriu os canais de comunicação com a ala liberal da igreja, defendendo os direitos de manifestantes antiglobalização na reunião do G8 em Genova, em 2001", disse o Financial Times.
Vários jornais também destacaram o impacto da homilia de Ratzinger. Segundo Il Messaggero, da Itália, ele apresentou "um programa para o futuro papa".
'Continuidade'
Na Espanha, o Avui, de Barcelona, diz que "o grande assunto de debate" entre os cardeais a portas fechadas é "o grau de continuidade" que deve ser buscado em relação a João Paulo 2º.
Mas, em questões de doutrina, o jornal não espera muita discussão.
Ratzinger é um papável influente. Seu irmão, Georg, disse que ele seria um bom papa, segundo o jornal britânico The Daily Telegraph.
Mas Georg reconheceu que teria qualidades diferentes das de João Paulo 2º.
"Eles tinham um bom relacionamento, mas ele (Ratzinger) não teria a faculdade de lidar com pessoas de uma maneira tão direta e imediata e de fasciná-las", disse o irmão do cardeal, segundo o The Daily Telegraph.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice