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20/04/2005
-
06h06
Para os críticos, Joseph Ratzinger, o papa Bento 16, é um homem a ser temido: alguém que procura reforçar as visões mais ortodoxas da Igreja Católica.
Para seus admiradores, porém, ele é um indivíduo abençoado com uma "grande mente" e um "generoso espírito cristão".
Segundo eles, a experiência que o jovem Ratzinger teve ao viver sob o jugo nazista durante os anos 1930 e 1940 na Alemanha fez com que ele se convencesse de que a Igreja precisa se engajar na luta pela verdade e pela liberdade.
Mas críticos afirmam que, no interior da própria Igreja, ele se mostrou adepto a suprimir o debate e as controvérsias.
Ortodoxia
Como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Ratzinger era considerado um dos mais próximos colaboradores do papa João Paulo 2º.
A entidade é considerada a guardiã da ortodoxia do catolicismo, e, nos mais de 24 anos em que esteve à sua frente, Ratzinger fez algumas declarações que irritaram os defensores de uma Igreja mais liberal.
Ele defendeu, por exemplo, durante eleições americanas, que aos políticos pró-aborto fosse negado o sacramento da comunhão.
O mesmo tratamento deveria ser reservado, em sua opinião, aos homens divorciados que voltam a se casar.
Como cardeal, foi um forte opositor da Teologia da Libertação, chamou o homossexualismo de "um mal moral intrínseco" e se declarou contra o aborto e os métodos anticoncepcionais.
Recentemente, o então cardeal Ratzinger surpreendeu muita gente ao dizer que a Turquia --um país de maioria muçulmana - não deveria ser aceita na União Européia.
Infância
O papa Bento 16 nasceu na Alemanha, em 1927, filho de uma tradicional família rural da Baviera, o Estado alemão onde a Igreja Católica é mais forte.
Seu pai era policial e um católico fervoroso. Durante sua infância, o jovem Ratzinger militou nas fileiras de grupos de crianças formados pelos nazistas para mostrar apoio ao governo de Adolf Hitler.
Na Segunda Guerra Mundial, Ratzinger teve seus estudos interrompidos ao ser covocado para servir em uma unidade de defesa anti-aérea em Munique.
Seu irmão Georg diz que o novo papa é um homem agraciado com uma inteligência privilegiada e que foi sempre um ótimo aluno em seus estudos.
"Ele nunca foi muito prático, ou dado aos esportes, mas era, e ainda é, muito aberto a todas as áreas intelectuais e espirituais --literatura, música, arte", diz Georg Ratzinger.
Trajetória
Ratzinger foi ordenado padre em 1951, na paróquia de Munique e Freising, na Bavária, na qual chegou ao cargo de bispo e, após poucos meses, cardeal, em 1977.
A partir de 1981 ele passou a desempenhar funções nos mais altos escalões do Vaticano, mostrando-se um aliado muito próximo de João Paulo 2º.
Para o especialista em assuntos religiosos da Alemanha Wolfgang Cooper, como papa, Ratzinger pode fazer aumentar a distância entre a liderança da Igreja e os fiéis.
Segundo ele, Bento 16 é um "cientista" que "prefere discussões intelectuais", enquanto muitos católicos querem padres e bispos que os "toquem no coração".
Para muitos, porém, Ratzinger é a pessoa ideal para realizar um papado de transição após os 26 anos de liderança de João Paulo 2º.
Guardião da ortodoxia, novo papa é descrito como 'grande mente'
da BBC BrasilPara os críticos, Joseph Ratzinger, o papa Bento 16, é um homem a ser temido: alguém que procura reforçar as visões mais ortodoxas da Igreja Católica.
Para seus admiradores, porém, ele é um indivíduo abençoado com uma "grande mente" e um "generoso espírito cristão".
Segundo eles, a experiência que o jovem Ratzinger teve ao viver sob o jugo nazista durante os anos 1930 e 1940 na Alemanha fez com que ele se convencesse de que a Igreja precisa se engajar na luta pela verdade e pela liberdade.
Mas críticos afirmam que, no interior da própria Igreja, ele se mostrou adepto a suprimir o debate e as controvérsias.
Ortodoxia
Como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Ratzinger era considerado um dos mais próximos colaboradores do papa João Paulo 2º.
A entidade é considerada a guardiã da ortodoxia do catolicismo, e, nos mais de 24 anos em que esteve à sua frente, Ratzinger fez algumas declarações que irritaram os defensores de uma Igreja mais liberal.
Ele defendeu, por exemplo, durante eleições americanas, que aos políticos pró-aborto fosse negado o sacramento da comunhão.
O mesmo tratamento deveria ser reservado, em sua opinião, aos homens divorciados que voltam a se casar.
Como cardeal, foi um forte opositor da Teologia da Libertação, chamou o homossexualismo de "um mal moral intrínseco" e se declarou contra o aborto e os métodos anticoncepcionais.
Recentemente, o então cardeal Ratzinger surpreendeu muita gente ao dizer que a Turquia --um país de maioria muçulmana - não deveria ser aceita na União Européia.
Infância
O papa Bento 16 nasceu na Alemanha, em 1927, filho de uma tradicional família rural da Baviera, o Estado alemão onde a Igreja Católica é mais forte.
Seu pai era policial e um católico fervoroso. Durante sua infância, o jovem Ratzinger militou nas fileiras de grupos de crianças formados pelos nazistas para mostrar apoio ao governo de Adolf Hitler.
Na Segunda Guerra Mundial, Ratzinger teve seus estudos interrompidos ao ser covocado para servir em uma unidade de defesa anti-aérea em Munique.
Seu irmão Georg diz que o novo papa é um homem agraciado com uma inteligência privilegiada e que foi sempre um ótimo aluno em seus estudos.
"Ele nunca foi muito prático, ou dado aos esportes, mas era, e ainda é, muito aberto a todas as áreas intelectuais e espirituais --literatura, música, arte", diz Georg Ratzinger.
Trajetória
Ratzinger foi ordenado padre em 1951, na paróquia de Munique e Freising, na Bavária, na qual chegou ao cargo de bispo e, após poucos meses, cardeal, em 1977.
A partir de 1981 ele passou a desempenhar funções nos mais altos escalões do Vaticano, mostrando-se um aliado muito próximo de João Paulo 2º.
Para o especialista em assuntos religiosos da Alemanha Wolfgang Cooper, como papa, Ratzinger pode fazer aumentar a distância entre a liderança da Igreja e os fiéis.
Segundo ele, Bento 16 é um "cientista" que "prefere discussões intelectuais", enquanto muitos católicos querem padres e bispos que os "toquem no coração".
Para muitos, porém, Ratzinger é a pessoa ideal para realizar um papado de transição após os 26 anos de liderança de João Paulo 2º.
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