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21/04/2005
-
17h10
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse em entrevista a uma emissora de rádio russa que as atividades nucleares do Brasil não são motivo de preocupação para os Estados Unidos.
Ao ser perguntada sobre países que têm armas nucleares ou potencial para desenvolvê-las, Rice disse que é necessário convencer esses países de que as armas nucleares não são necessárias.
"Eu não tenho preocupação, por exemplo, de que o Brasil procure desenvolver armas nucleares. O Brasil procura energia nuclear com fins civis", afirmou ela.
"Na verdade, provavelmente teremos de achar maneiras para que os países desenvolvam programas nucleares com fins civis com a certeza de que eles não estão buscando o desenvolvimento de armas."
Rice esteve na Rússia na quarta-feira, onde se encontrou com o presidente do país, Vladimir Putin.
Na mesma entrevista, concedida à rádio Ekho Moskvy antes do encontro, Rice acusou Putin de centralizar o poder do país, mas descreveu a Rússia como um "parceiro estratégico" dos Estados Unidos nos esforços para conter o terrorismo e a proliferação de armas nucleares.
Irã
Rice ressaltou que o caso do Irã é diferente porque o país "tem escondido atividades nucleares".
Mas, segundo ela, não existem motivos para que países como a África do Sul e o Brasil sejam proibidos de desenvolver energia nuclear.
Em abril de 2004, o Departamento de Estado dos Estados Unidos cobrou do Brasil a assinatura do Protocolo Adicional de Inspeções com a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) da ONU, que permitiria inspeções sem aviso prévio e mais profundas nas instalações nucleares brasileiras.
Na época, um porta-voz do Departamento de Estado pediu em uma declaração que o Brasil e a AIEA trabalhassem juntos para encontrar uma solução que permitisse inspeções completas.
O governo brasileiro reagiu afirmando que o programa nuclear do país é fiscalizado pela Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle (Abacc) e pela AIEA desde 1994, e que nunca houve dúvida a respeito do cumprimento das obrigações do país nos organismos que tratam de desarmamento e da não-proliferação.
O Brasil é signatário do Tratado de Tlatelolco e do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
Em outubro, em visita ao Brasil, o então secretário de Estado americano Colin Powell disse que os desentendimentos entre o Brasil e a AIEA não preocupavam os Estados Unidos, e que o Brasil não poderia ser colocado na mesma categoria de Irã e Coréia do Norte.
Em novembro, a AIEA aprovou o plano de inspeção da fábrica de enriquecimento de urânio de Resende (RJ) feito pelo governo do Brasil.
A inspeção, segundo a AIEA, visa garantir que urânio enriquecido desenvolvido na fábrica nuclear de Resende não será utilizado para fins militares.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre programa nuclear brasileiro
Atividades nucleares do Brasil não preocupam EUA, diz Rice
da BBC BrasilA secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse em entrevista a uma emissora de rádio russa que as atividades nucleares do Brasil não são motivo de preocupação para os Estados Unidos.
Ao ser perguntada sobre países que têm armas nucleares ou potencial para desenvolvê-las, Rice disse que é necessário convencer esses países de que as armas nucleares não são necessárias.
"Eu não tenho preocupação, por exemplo, de que o Brasil procure desenvolver armas nucleares. O Brasil procura energia nuclear com fins civis", afirmou ela.
"Na verdade, provavelmente teremos de achar maneiras para que os países desenvolvam programas nucleares com fins civis com a certeza de que eles não estão buscando o desenvolvimento de armas."
Rice esteve na Rússia na quarta-feira, onde se encontrou com o presidente do país, Vladimir Putin.
Na mesma entrevista, concedida à rádio Ekho Moskvy antes do encontro, Rice acusou Putin de centralizar o poder do país, mas descreveu a Rússia como um "parceiro estratégico" dos Estados Unidos nos esforços para conter o terrorismo e a proliferação de armas nucleares.
Irã
Rice ressaltou que o caso do Irã é diferente porque o país "tem escondido atividades nucleares".
Mas, segundo ela, não existem motivos para que países como a África do Sul e o Brasil sejam proibidos de desenvolver energia nuclear.
Em abril de 2004, o Departamento de Estado dos Estados Unidos cobrou do Brasil a assinatura do Protocolo Adicional de Inspeções com a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) da ONU, que permitiria inspeções sem aviso prévio e mais profundas nas instalações nucleares brasileiras.
Na época, um porta-voz do Departamento de Estado pediu em uma declaração que o Brasil e a AIEA trabalhassem juntos para encontrar uma solução que permitisse inspeções completas.
O governo brasileiro reagiu afirmando que o programa nuclear do país é fiscalizado pela Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle (Abacc) e pela AIEA desde 1994, e que nunca houve dúvida a respeito do cumprimento das obrigações do país nos organismos que tratam de desarmamento e da não-proliferação.
O Brasil é signatário do Tratado de Tlatelolco e do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
Em outubro, em visita ao Brasil, o então secretário de Estado americano Colin Powell disse que os desentendimentos entre o Brasil e a AIEA não preocupavam os Estados Unidos, e que o Brasil não poderia ser colocado na mesma categoria de Irã e Coréia do Norte.
Em novembro, a AIEA aprovou o plano de inspeção da fábrica de enriquecimento de urânio de Resende (RJ) feito pelo governo do Brasil.
A inspeção, segundo a AIEA, visa garantir que urânio enriquecido desenvolvido na fábrica nuclear de Resende não será utilizado para fins militares.
Especial
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