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27/04/2005
-
07h23
da BBC Brasil, em Brasília
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, elogiou nesta terça-feira, durante visita a Brasília, o que descreveu como o "crescente papel global" do Brasil.
"Os EUA dão as boas-vindas ao fortalecimento do papel do Brasil, demonstrado de muitas maneiras, inclusive no excelente trabalho que o Brasil tem feito ao liderar a missão da ONU no Haiti", disse Rice.
A condutora da política externa do governo Bush afirmou ainda que Brasil e EUA têm "valores comuns", compartilhados em termos de sistemas políticos e na diversidade étnica dos dois países.
Em um comunicado conjunto, Rice e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmaram que a comunidade internacional deve permanecer engajada no fortalecimento da paz no Haiti.
"A contribuição feita pelas missões de manutenção da paz das Nações Unidas é indispensável", afirma o texto. "A fim de fazer avançar o processo de estabilidade, doadores internacionais devem acelerar a prestação de assistência já comprometida."
O comunicado diz ainda que Brasil e Estados Unidos concordam com a realização de eleições no Haiti até o fim do ano para garantir a formação de um governo democraticamente eleito.
Reforma da ONU
Depois do encontro de trabalho com Condoleezza Rice, o ministro Celso Amorim afirmou que Brasil e Estados Unidos também concordam com a necessidade de uma reforma na ONU (Organização das Nações Unidas).
A secretária de Estado americana evitou, no entanto, comentar pontos específicos da reforma como a campanha brasileira por uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.
"Diria que, no plano conceitual, sem termos necessariamente descido a detalhes específicos, compartilhamos idéias muito semelhantes", afirmou o chanceler brasileiro, durante entrevista coletiva após o encontro com Rice.
Amorim e a secretária americana também manifestaram apoio à missão da OEA (Organização dos Estados Americanos) enviada ao Equador e pediram o "respeito à ordem democrática, à moldura constitucional e ao estado de direito" no país.
Cúpula árabe
Celso Amorim também revelou ter explicado à secretária de Estado americana quais são os objetivos do Brasil ao sediar a Cúpula América do Sul-Países Árabes, que será realizada em Brasília nos dias 10 e 11 de maio.
"O que nós vamos fazer está voltado essencialmente para a cooperação (comercial), mas, se puder ajudar no processo de paz na região, tanto melhor", disse o ministro.
Condoleezza Rice afirmou que o governo americano aprova a idéia da realização da cúpula porque defende uma maior "interação entre o mundo árabe e outras partes do mundo".
"É uma região que está passando por tremendas mudanças nesse momento", disse a secretária de Estado. "É uma região que precisa de reformas econômicas, políticas e sociais."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Condoleezza Rice
Rice elogia "crescente papel global" do Brasil
DIEGO TOLEDOda BBC Brasil, em Brasília
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, elogiou nesta terça-feira, durante visita a Brasília, o que descreveu como o "crescente papel global" do Brasil.
"Os EUA dão as boas-vindas ao fortalecimento do papel do Brasil, demonstrado de muitas maneiras, inclusive no excelente trabalho que o Brasil tem feito ao liderar a missão da ONU no Haiti", disse Rice.
A condutora da política externa do governo Bush afirmou ainda que Brasil e EUA têm "valores comuns", compartilhados em termos de sistemas políticos e na diversidade étnica dos dois países.
Em um comunicado conjunto, Rice e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmaram que a comunidade internacional deve permanecer engajada no fortalecimento da paz no Haiti.
"A contribuição feita pelas missões de manutenção da paz das Nações Unidas é indispensável", afirma o texto. "A fim de fazer avançar o processo de estabilidade, doadores internacionais devem acelerar a prestação de assistência já comprometida."
O comunicado diz ainda que Brasil e Estados Unidos concordam com a realização de eleições no Haiti até o fim do ano para garantir a formação de um governo democraticamente eleito.
Reforma da ONU
Depois do encontro de trabalho com Condoleezza Rice, o ministro Celso Amorim afirmou que Brasil e Estados Unidos também concordam com a necessidade de uma reforma na ONU (Organização das Nações Unidas).
A secretária de Estado americana evitou, no entanto, comentar pontos específicos da reforma como a campanha brasileira por uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.
"Diria que, no plano conceitual, sem termos necessariamente descido a detalhes específicos, compartilhamos idéias muito semelhantes", afirmou o chanceler brasileiro, durante entrevista coletiva após o encontro com Rice.
Amorim e a secretária americana também manifestaram apoio à missão da OEA (Organização dos Estados Americanos) enviada ao Equador e pediram o "respeito à ordem democrática, à moldura constitucional e ao estado de direito" no país.
Cúpula árabe
Celso Amorim também revelou ter explicado à secretária de Estado americana quais são os objetivos do Brasil ao sediar a Cúpula América do Sul-Países Árabes, que será realizada em Brasília nos dias 10 e 11 de maio.
"O que nós vamos fazer está voltado essencialmente para a cooperação (comercial), mas, se puder ajudar no processo de paz na região, tanto melhor", disse o ministro.
Condoleezza Rice afirmou que o governo americano aprova a idéia da realização da cúpula porque defende uma maior "interação entre o mundo árabe e outras partes do mundo".
"É uma região que está passando por tremendas mudanças nesse momento", disse a secretária de Estado. "É uma região que precisa de reformas econômicas, políticas e sociais."
Especial
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