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02/05/2005 - 07h31

Blair nega que já pensasse em invadir Iraque em 2002

da BBC Brasil

O primeiro-ministro rechaçou as informações contidas em uma reportagem do jornal "Sunday Times", que publicou o que diz ser um memorando datado de 23 de julho de 2002, e que indica que o governo britânico já naquela época estava tentando encontrar maneiras de justificar uma guerra contra o Iraque.

No suposto documento, dado ao jornal por um ex-assessor de política externa do governo Blair, o ministro do Exterior, Jack Straw, é citado dizendo que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, "já está decidido sobre realizar uma ação militar, mesmo que as datas ainda não estejam definidas e que o caso seja pequeno".

O memorando diria ainda: "Saddam [Hussein] não estava ameaçando seus vizinhos e sua capacidade para construir armas nucleares era menor que a da Líbia, da Coréia do Norte ou do Irã. É preciso fazer um plano de ultimato para que Saddam permita a volta dos inspetores de armas da ONU. Isso ajudaria com a justificativa legal para o uso da força".

A quatro dias das eleições gerais no Reino Unido, em entrevista à BBC, Blair disse que a decisão de atacar o regime de Saddam Hussein não foi tomada naquele momento.

"Decisão difícil"

"Você tem que discutir cada questão a cada passo, mas a verdade é que após aquela reunião nós decidimos recorrer à ONU e dar a ele [Saddam] uma última chance", afirmou Blair.

"Se Saddam tivesse correspondido à resolução da ONU, a história acabaria ali, apesar do fato de seu regime ser pavoroso."

Blair afirmou ainda que "ser um líder é ter de tomar decisões" e que teve de tomar uma decisão difícil sobre o que fazer com Saddam Hussein.

Segundo ele, os partidos de oposição (o Conservador e o Liberal Democrata) insistem no assunto da invasão ao Iraque porque "não têm nada de importante a dizer sobre outras questões que interessam ao Reino Unido".

Neste domingo, quatro dos principais jornais britânicos trazem pesquisas de opinião que apontam para uma vitória do partido de Tony Blair, o Trabalhista, por uma margem de 36% a 39% dos votos. O Partido Conservador teria entre 31% e 33%, enquanto o Liberal Democrata ficaria com 22% a 23%, nas eleições da póxima quinta-feira.

Especial
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