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02/05/2005 - 20h59

Internautas italianos 'decifram' documento secreto do Pentágono

da BBC Brasil

Quando começou a circular na Itália a notícia de que alguém havia conseguido decodificar um relatório censurado pelo Pentágono --sobre a morte no Iraque do agente Nicola Calipari--, pensava-se que tudo se tratava da ação de um hacker.

Não era. O documento, com detalhes secretos importantes --como o nome do soldado autor dos disparos contra o carro em que Calipari viajava após ter libertado a jornalista Giuliana Sgrena--, podia ser lido na íntegra com apenas dois simples cliques do mouse.

Horas após o governo americano ter publicado o relatório em seu site, alguns internautas italianos descobriram que podiam ver os páragrafos escondidos por uma lista negra ao copiar o texto do site e colá-lo num documento do Word.

Salvatore Schifani, especialista em tecnologia de 30 anos, encontrou o relatório às 3h (horário local) da madrugada de sábado.

Ele disse que tinha acabado de chegar em casa após ter saído para curtir a noite e queria checar as últimas notícias antes de dormir.

"Eu brinquei com o meu computador, marcando o texto, e descobri que as palavras ainda estavam sob os trechos encobertos", disse ele à rádio via internet Repubblica.

"Fiquei muito surpreso, porque a melhor forma de manter essa informação indisponível era nem tê-la escrito em primeiro lugar, em vez de incluí-la e depois tentar escondê-la de uma forma tão boba", acrescentou.

A gafe pode ter sido um engano de alguém que processou o texto que foi colocado no ar utilizando o programa Acrobat.

Um simples comando teria bastado para que as partes cobertas em negro não pudessem ser lidas como de fato foram.

Na tarde de segunda-feira, o relatório havia sido retirado do site do Pentágono.

Schifani parecia não se importar muito com a descoberta que fez por acaso. "Nem me preocupei em avisar muita gente, apenas mandei alguns emails para um par de grupos de discussão. Eu não estava buscando a fama", disse ele à rádio.

"Eu dei risada de tudo isso --mas também fiquei pensando se não teria sido um engano voluntário."
 

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