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05/05/2005 - 22h58

Tony Blair vence em seu distrito eleitoral

da BBC Brasil

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, agradeceu ao seu distrito eleitoral, Sedgefield, por reelegê-lo como o seu representante no Parlamento.

"Muito obrigado por me reeleger", disse Blair num breve discurso por volta de 2h30 (22h30 de Brasília).

Os resultados para o país inteiro ainda estão sendo apurados, mas uma pesquisa de boca-de-urna realizada pela BBC em conjunto com a rede de televisão ITV sugere uma vitória apertada do Partido Trabalhista, de Blair.

Nas suas primeiras declarações em público desde o fim da votação desta quinta-feira, Blair reconheceu que a Guerra do Iraque foi um questão que "dividiu" o país.

O primeiro-ministro disse que o partido tinha de refletir as visões dos eleitores e se concentrar em questões como empregos, qualidade de vida e ordem pública.

Blair também disse que os resultados preliminares indicavam que os trabalhistas conseguiriam um histórico terceiro mandato. Nunca antes, um líder do partido ocupou o governo por três mandatos consecutivos.

"Maioria reduzida"

A pesquisa de boca-de-urna realizada pela BBC em conjunto com a TV ITV sugere que os trabalhistas vão vencer com maioria reduzida: 37% dos votos, contra 33% dos conservadores. Os liberais-democratas conseguiriam 22% dos votos, e os 8% restantes ficariam com os partidos menores.

Se os resultados da pesquisa forem confirmados, os trabalhistas conseguiriam uma maioria de 60 a 70 cadeiras no Parlamento -cerca de cem a menos do que nas eleições anteriores, em 2001.

A pesquisa foi baseada nos votos de 19.800 eleitores de 120 locais de votação em toda o Reino Unido.

"Se esse resultado se confirmar, será muito pior para o Partido Trabalhista do que muita gente pensava", disse o correspondente político da BBC Andrew Marr.

O vice-primeiro-ministro britânico, John Prescott, disse que "tinha dúvidas" de que a maioria dos trabalhistas seria reduzida como o previsto pela pesquisa.

"O governo será dos trabalhistas, não há dúvida quanto a isso", disse ele.

Para Alan Duncan, do Partido Conservador, "se o partido conseguir reduzir a maioria dos trabalhistas em 60%, ninguém poderá dizer que isso não foi um progresso".

Os britânicos votaram para representantes na Câmara dos Comuns em 645 distritos eleitorais (na verdade, existem 646 distritos, mas por causa da morte de um candidato em um deles, a eleição foi adiada nesse local).

Previa-se que pelo menos 6 milhões de pessoas votassem pelo correio.

Os primeiros resultados já começaram a sair, mas só na madrugada de sexta-feira deverá ser conhecido o perfil do novo Parlamento e qual partido será chamado a formar o governo.

Líderes

O líder do Partido Trabalhista, o primeiro-ministro Tony Blair, votou em seu distrito eleitoral, Sedgefield.

O líder do Partido Conservador, Michael Howard, também votou no interior do país, em seu distrito eleitoral de Folkestone and Hythe.

Já o líder do Partido dos Liberais Democratas, Charles Kennedy, votou no interior da Escócia, em Ross and Skye.

A votação desta quinta-feira encerra uma campanha oficial de 30 dias, iniciada depois que o premiê britânico anunciou a convocação das eleições.

Antes da dissolução do Parlamento, os trabalhistas ocupavam 410 cadeiras, os conservadores, 164, e os liberais-democratas, 54. Partidos menores detinham as 31 restantes.

Para garantir a maioria nessa eleição, um partido necessita assegurar 324 cadeiras no Parlamento.

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