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11/05/2005 - 11h20

Novo "Star Wars" é o melhor da trilogia recente

JAMES BERGMAN
da BBC Brasil

O sexto e último filme da saga "Star Wars" a ser produzido, "Episódio III - A Vingança dos Sith", é melhor do que seus predecessores recentes e fecha a nova trilogia com estilo, em um desfecho bastante satisfatório.

A tão esperada conclusão da nova série de filmes não é perfeita, alternando cenas absolutamente brilhantes com outras chocantemente tolas.

No entanto, "A Vingança dos Sith" tem momentos mais empolgantes do que ridículos e não deve decepcionar os fãs que aguardaram 28 anos para ver a conclusão total da série.

É este o episódio que faz a ponte da nova trilogia com os três filmes originais, que começaram a ser lançados em 1977, com o filme que na época foi batizado "Guerra nas Estrelas".

O arrogante adolescente Anakin Skywalker completa a sua metamorfose para se tornar o monstruoso Darth Vader, vilão dos primeiros filmes e pai dos mocinhos gêmeos, Lea e Luke.

Tom sinistro

No filme "O Ataque dos Clones", de 2002, o universo estava à beira de uma guerra total, e Anakin prestes a iniciar a sua viagem para o "lado negro da Força" --inclinação insinuada por atos de violência gratuita e caretas.

Agora, Skywalker assume a vocação de vez, abandonando os mestres Jedi para adotar o sinistro senador Palpatine como tutor.

O político, por sua vez, mostra estar cada vez mais obcecado pelo poder. Com a guerra intergaláctica como pano de fundo, Anakin tem que decidir o melhor caminho para ele e sua esposa, Padme.

É difícil negar que "A Vingança dos Sith" é mais encorpado do que os dois episódios anteriores da segunda trilogia, principalmente por causa do tom mais sinistro.

A trama bem construída tem um ritmo ágil, dispensando cenas de ação e personagens cômicos inúteis. As muitas mortes e a destruição mostram que o filme não é para crianças.

Cenários magníficos

As cenas de ação aparecem renovadas, filmadas com mais movimento e vigor do que nos episódios 1 e 2, onde eram estranhamente insossas.

Muitos dos cenários são simplesmente magníficos.

A seqüência de uma batalha espacial na abertura do filme é impressionante e é seguida por duelos em que vários guerreiros se enfrentam com os seus sabres de luz.

O ator Hayden Christensen faz um ótimo trabalho como o decadente Anakin, interpretando-o como um trágico e complexo herói, e não como um malvadão.

A química entre ele e o nefasto Palpatine é muito melhor do que a que foi criada entre Anakin e o "nobre-mas-chato" Obi Wan Kenobi.

O novo vilão General Grievous é suficientemente divertido, e as atuações dos heróis Samuel L. Jackson e Jimmy Smits também são boas.

A maior chateação vem de uma fonte inusitada: Yoda. As frases dele em ordem invertida incomodam como nunca e, no fim do filme, você já está louco para que o diminuto duende verde cale a boca.

Os diálogos piegas também estão de volta. Mesmo bons atores como Ewan McGregor e Natalie Portman ficam impotentes diante desse ponto fraco.

Provavelmente há mais diálogos dispensáveis do que em todos os outro cinco episódios somados.

Efeitos especiais

No entanto, outros ingredientes inevitáveis estão bem.

É ótimo ver a forma como o diretor George Lucas usa criativamente seu arsenal de efeitos especiais digitais.

O planeta Wookie de Kashyyyk, criado a partir de filmagens na ilha Phuket, na Tailândia, e modificado digitalmente, é um exemplo especialmente bom. Como sempre, cada centímetro da tela é ocupado por muitos detalhes.

A trilha sonora de John Williams é sutil, mas traz muitas emoções já conhecidas e um novo tema para a ameaça crescente de Darth Vader.

Quando chegam as últimas cenas, com cenários e personagens já conhecidos desde o filme original, de 28 anos, você certamente vai ter a sensação de que a série teve um desfecho à altura, e que os malfadados episódios I e II retrospectivamente fazem mais sentido.

No entanto, mais do que tudo --e apropriadamente-- você vai sentir um impulso incontrolável de rever a trilogia original.

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