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18/05/2005
-
14h35
A população indígena da América Latina teve pouquíssimo progresso econômico e social na última década, continuando a sofrer em decorrência de problemas como alto índice de pobreza, baixo nível educacional, elevada incidência de doenças e discriminação por parte de outros grupos sociais.
É o que afirma um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Mundial. A organização avaliou a situação de indígenas em cinco países da região: Bolívia, Equador, Guatemala, México e Peru.
O Brasil, segundo o Bird, não foi avaliado porque só foram escolhidos os países com maior proporção de população indígena no continente.
"Apesar de os indígenas terem aumentado a sua participação política e representação na região nos últimos dez anos, isso não se traduziu em resultados positivos nos termos de redução da pobreza no nível que esperávamos", afirmou Gillette Hall, o economista do Banco Mundial que chefiou a pesquisa.
Em 1994, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a década a seguir (até 2004) como prioritária em todo o mundo na luta pelos direitos dos índios que, na América Latina, chegam a representar 10% da população.
O documento diz que, apesar de a pobreza ser elevada na região, ela é particularmente "severa entre a população indígena".
Péssima notícia
"Na Bolívia e na Guatemala, por exemplo, mais de metade da população geral é pobre. Nos indígenas, este índice é de três quartos da população. No Equador, entre 87% e 96% dos indígenas são pobres", afirma o documento.
No México, o documento mostra que a incidência de pobreza extrema em 2002 era 4,5 vezes maior nas regiões indígenas. Na década anterior, esta proporção era de 3,7.
No Peru, segundo o documento, mais de 43% das casas pobres são ocupadas por indígenas.
Segundo o Banco Mundial, devido a problemas como falta de investimentos e ausência de políticas de inclusão social, a pobreza é maior e cai de forma mais lenta entre os indígenas.
"É uma péssima notícia para a América Latina que, de acordo com os Objetivos do Milênio da ONU, comprometeu-se a melhorar as condições de vida desta população", afirma o Banco Mundial.
O Banco Mundial faz quatro recomendações básicas para melhorar a situação dos índios na região: focalizar na educação, que deve ser bilíngüe (nos dialetos nativos e em espanhol), investir mais em trabalhos comunitários e em políticas de saúde pública mais inclusivas e melhorar a coleta de dados e identificação da população indígena, para que ela seja mais bem monitorada.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre população indígena
Vida melhora pouco para indígenas latinos, diz Bird
da BBC BrasilA população indígena da América Latina teve pouquíssimo progresso econômico e social na última década, continuando a sofrer em decorrência de problemas como alto índice de pobreza, baixo nível educacional, elevada incidência de doenças e discriminação por parte de outros grupos sociais.
É o que afirma um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Mundial. A organização avaliou a situação de indígenas em cinco países da região: Bolívia, Equador, Guatemala, México e Peru.
O Brasil, segundo o Bird, não foi avaliado porque só foram escolhidos os países com maior proporção de população indígena no continente.
"Apesar de os indígenas terem aumentado a sua participação política e representação na região nos últimos dez anos, isso não se traduziu em resultados positivos nos termos de redução da pobreza no nível que esperávamos", afirmou Gillette Hall, o economista do Banco Mundial que chefiou a pesquisa.
Em 1994, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a década a seguir (até 2004) como prioritária em todo o mundo na luta pelos direitos dos índios que, na América Latina, chegam a representar 10% da população.
O documento diz que, apesar de a pobreza ser elevada na região, ela é particularmente "severa entre a população indígena".
Péssima notícia
"Na Bolívia e na Guatemala, por exemplo, mais de metade da população geral é pobre. Nos indígenas, este índice é de três quartos da população. No Equador, entre 87% e 96% dos indígenas são pobres", afirma o documento.
No México, o documento mostra que a incidência de pobreza extrema em 2002 era 4,5 vezes maior nas regiões indígenas. Na década anterior, esta proporção era de 3,7.
No Peru, segundo o documento, mais de 43% das casas pobres são ocupadas por indígenas.
Segundo o Banco Mundial, devido a problemas como falta de investimentos e ausência de políticas de inclusão social, a pobreza é maior e cai de forma mais lenta entre os indígenas.
"É uma péssima notícia para a América Latina que, de acordo com os Objetivos do Milênio da ONU, comprometeu-se a melhorar as condições de vida desta população", afirma o Banco Mundial.
O Banco Mundial faz quatro recomendações básicas para melhorar a situação dos índios na região: focalizar na educação, que deve ser bilíngüe (nos dialetos nativos e em espanhol), investir mais em trabalhos comunitários e em políticas de saúde pública mais inclusivas e melhorar a coleta de dados e identificação da população indígena, para que ela seja mais bem monitorada.
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