Publicidade
Publicidade
26/05/2005
-
13h56
da BBC Brasil, em Tóquio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira no Japão que a reforma da ONU é "inadiável" e que é natural que os dois países lutem juntos por esse objetivo.
A declaração de Lula foi feita durante discurso no Parlamento do Japão.
Lula arrancou aplausos dos parlamentares ao reforçar o apoio à "democratização" do Conselho de Segurança --a exemplo do Brasil, o Japão também está pleiteando uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.
"Todos devem compreender que um Conselho de Segurança que não reflita a atual realidade, que não assegure representação adequada a países em desenvolvimento, terá sua legitimidade contestada em detrimento do multilateralismo que queremos reforçar", disse o presidente.
Lula aproveitou para parabenizar o empenho do governo do primeiro-ministro Junichiro Koizumi pelo diálogo e o envolvimento japonês para reduzir as tensões entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul.
"O Brasil tem igualmente procurado dar sua contribuição à paz e à harmonia, especialmente em nossa região", disse o presidente.
Comércio
Como essa viagem tem um grande foco na área de comércio e investimentos, Lula não deixou de citar em seu discurso indicadores econômicos positivos no Brasil.
Ele salientou que deseja que o Brasil volte a ser prioridade nos investimentos feitos pelos japoneses e que não quer que eles vejam o Brasil apenas como uma fonte de matéria-prima.
O Brasil já teve uma corrente de comércio considerável com o Japão, mas os negócios diminuíram muito nos últimos anos.
O Japão representou menos de 5% das importações brasileiras no ano passado, perdendo mercado para a China.
A importância das importações do Brasil na balança comercial japonesa também é pequena. Segundo os dados do Ministério das Finanças do Japão, apenas 0,8% dos que os japoneses importam é de origem brasileira.
Imigrantes
Lula também agradeceu aos parlamentares japoneses "o apoio que eles têm prestado aos brasileiros que vivem no Japão para ter a oportunidade de se integrar na sociedade japonesa, da mesma forma que os imigrantes japoneses tiveram no Brasil".
Muitos imigrantes japoneses encontram dificuldades para se adaptar à sociedade japonesa e, por serem estrangeiros, ficam muitas vezes sem a assistência adequada do Estado.
Segundo Lula, medidas de apoio na área de educação, saúde e previdência social que beneficiaram esses brasileiros que moram no Japão permitirão que eles possam ter "um futuro melhor".
"Solidariedade e cooperação na adversidade são os valores que nos uniram no passado. Devem ser os mesmos princípios a nos guiarem no momento em que estamos lançando a parceria entre os nossos povos", observou.
O presidente ainda prestou uma homenagem ao deputado paulista Paulo Kobayashi, falecido recentemente e que era descendente de japoneses.
Nesta sexta-feira, Lula recebe representantes da Liga Parlamentar Brasil-Japão. No mesmo dia, ele tem encontros com empresários locais e um almoço oferecido em sua homenagem pelo imperador Akihito.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o presidente Lula
Reforma da ONU é inadiável, diz Lula no Japão
ADRIANA STOCKda BBC Brasil, em Tóquio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira no Japão que a reforma da ONU é "inadiável" e que é natural que os dois países lutem juntos por esse objetivo.
A declaração de Lula foi feita durante discurso no Parlamento do Japão.
Lula arrancou aplausos dos parlamentares ao reforçar o apoio à "democratização" do Conselho de Segurança --a exemplo do Brasil, o Japão também está pleiteando uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.
"Todos devem compreender que um Conselho de Segurança que não reflita a atual realidade, que não assegure representação adequada a países em desenvolvimento, terá sua legitimidade contestada em detrimento do multilateralismo que queremos reforçar", disse o presidente.
Lula aproveitou para parabenizar o empenho do governo do primeiro-ministro Junichiro Koizumi pelo diálogo e o envolvimento japonês para reduzir as tensões entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul.
"O Brasil tem igualmente procurado dar sua contribuição à paz e à harmonia, especialmente em nossa região", disse o presidente.
Comércio
Como essa viagem tem um grande foco na área de comércio e investimentos, Lula não deixou de citar em seu discurso indicadores econômicos positivos no Brasil.
Ele salientou que deseja que o Brasil volte a ser prioridade nos investimentos feitos pelos japoneses e que não quer que eles vejam o Brasil apenas como uma fonte de matéria-prima.
O Brasil já teve uma corrente de comércio considerável com o Japão, mas os negócios diminuíram muito nos últimos anos.
O Japão representou menos de 5% das importações brasileiras no ano passado, perdendo mercado para a China.
A importância das importações do Brasil na balança comercial japonesa também é pequena. Segundo os dados do Ministério das Finanças do Japão, apenas 0,8% dos que os japoneses importam é de origem brasileira.
Imigrantes
Lula também agradeceu aos parlamentares japoneses "o apoio que eles têm prestado aos brasileiros que vivem no Japão para ter a oportunidade de se integrar na sociedade japonesa, da mesma forma que os imigrantes japoneses tiveram no Brasil".
Muitos imigrantes japoneses encontram dificuldades para se adaptar à sociedade japonesa e, por serem estrangeiros, ficam muitas vezes sem a assistência adequada do Estado.
Segundo Lula, medidas de apoio na área de educação, saúde e previdência social que beneficiaram esses brasileiros que moram no Japão permitirão que eles possam ter "um futuro melhor".
"Solidariedade e cooperação na adversidade são os valores que nos uniram no passado. Devem ser os mesmos princípios a nos guiarem no momento em que estamos lançando a parceria entre os nossos povos", observou.
O presidente ainda prestou uma homenagem ao deputado paulista Paulo Kobayashi, falecido recentemente e que era descendente de japoneses.
Nesta sexta-feira, Lula recebe representantes da Liga Parlamentar Brasil-Japão. No mesmo dia, ele tem encontros com empresários locais e um almoço oferecido em sua homenagem pelo imperador Akihito.
Especial
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice