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03/06/2005
-
07h40
Vai ser no dia 2 de julho. Em Londres, Paris, Roma, Berlim e Filadélfia.
Cinco megarockshows destinados a chamarem a atenção do mundo para a pobreza africana. O nome da empreitada é Live 8, devido à proximidade com a reunião de G-8, a ter lugar em Edimburgo, entre 6 e 8 de julho.
Clique para ouvir esta crônica na voz de Ivan Lessa
O objetivo é ativar a consciência do mundo, principalmente do mundo jovem, o da música rock.
A idéia, claro, foi de "Sir", conforme é conhecido em meios irônicos, Bob Geldof, que, há 20 anos, em 1985, dedilhou as cordas de seu pinho a favor das vítimas da fome na África.
Na época, dezenas de bandas, com seus três acordes e letras disléxicas, passaram para a história das lendas urbanas: foi o Live Aid.
Mais velho, e não menos indignado, no decorrer de uma coletiva para lançar a cativante idéia, "Sir" Bob, com seus cabelos jogados para um só lado do rosto, como misteriosas algas marítimas apodrecendo e ocultando moluscos, peixinhos mortos e crustáceos, disse uns palavrões, deu murro na mesa e urrou que, agora, meninos e meninas, com suas guitarras, iriam colocar o mundo de volta nos eixos.
Convocados para os diversos concertos: Elton John, Paul McCartney, Sting, e, entre dezenas de outros, só em Londres, o supra-sumo dos conjuntos, os modestos comandados de São Bono, o U2.
Menos conhecidos, mas não menos caros em sua disponibilidade, outros "meninos e meninas" americanos, franceses (uau! Tem Johnny Halliday!), alemães e italianos.
"Sir" Bob quer que, depois dos concertos, todo mundo (um milhão de pessoas) marche para Edimburgo, na Escócia, protestar em massa.
Os artistas marcharão também? Não creio.
Lembremos que a população da simpática cidade escocesa é de apenas 450 mil pessoas.
Autoridades policiais prevêem problemas. Problemas também entre um sem número de bandas africanas pelo fato de não estarem representadas num evento que diz respeito diretamente a elas.
Dizem que "Sir" Bob fala de igualdade comercial e, no entanto, só há uma presença africana na plêiade de gênios musicais: o cantor senegalês Youssou N´Dour.
Pedir para as pessoas não irem trabalhar e a garotada "matar" aula também não pegou bem com outras autoridades.
Mesmo assim, o sonho de "Sir" Bob deverá, desta vez, se realizar: fazer da pobreza história, como reza, ora e prega o slogan da campanha.
Famélica epopéia musical
da BBC BrasilVai ser no dia 2 de julho. Em Londres, Paris, Roma, Berlim e Filadélfia.
Cinco megarockshows destinados a chamarem a atenção do mundo para a pobreza africana. O nome da empreitada é Live 8, devido à proximidade com a reunião de G-8, a ter lugar em Edimburgo, entre 6 e 8 de julho.
Clique para ouvir esta crônica na voz de Ivan Lessa
O objetivo é ativar a consciência do mundo, principalmente do mundo jovem, o da música rock.
A idéia, claro, foi de "Sir", conforme é conhecido em meios irônicos, Bob Geldof, que, há 20 anos, em 1985, dedilhou as cordas de seu pinho a favor das vítimas da fome na África.
Na época, dezenas de bandas, com seus três acordes e letras disléxicas, passaram para a história das lendas urbanas: foi o Live Aid.
Mais velho, e não menos indignado, no decorrer de uma coletiva para lançar a cativante idéia, "Sir" Bob, com seus cabelos jogados para um só lado do rosto, como misteriosas algas marítimas apodrecendo e ocultando moluscos, peixinhos mortos e crustáceos, disse uns palavrões, deu murro na mesa e urrou que, agora, meninos e meninas, com suas guitarras, iriam colocar o mundo de volta nos eixos.
Convocados para os diversos concertos: Elton John, Paul McCartney, Sting, e, entre dezenas de outros, só em Londres, o supra-sumo dos conjuntos, os modestos comandados de São Bono, o U2.
Menos conhecidos, mas não menos caros em sua disponibilidade, outros "meninos e meninas" americanos, franceses (uau! Tem Johnny Halliday!), alemães e italianos.
"Sir" Bob quer que, depois dos concertos, todo mundo (um milhão de pessoas) marche para Edimburgo, na Escócia, protestar em massa.
Os artistas marcharão também? Não creio.
Lembremos que a população da simpática cidade escocesa é de apenas 450 mil pessoas.
Autoridades policiais prevêem problemas. Problemas também entre um sem número de bandas africanas pelo fato de não estarem representadas num evento que diz respeito diretamente a elas.
Dizem que "Sir" Bob fala de igualdade comercial e, no entanto, só há uma presença africana na plêiade de gênios musicais: o cantor senegalês Youssou N´Dour.
Pedir para as pessoas não irem trabalhar e a garotada "matar" aula também não pegou bem com outras autoridades.
Mesmo assim, o sonho de "Sir" Bob deverá, desta vez, se realizar: fazer da pobreza história, como reza, ora e prega o slogan da campanha.
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