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10/06/2005
-
18h34
da BBC Brasil, em La Paz
A produção de petróleo e gás da Bolívia deverá começar a voltar à normalidade, gradativamente, a partir desta sexta-feira.
A informação foi antecipada por assessores do Ministério das Energias.
A expectativa passou a ser possível depois que o líder dos camponeses, senador Roman Loayza, confirmou que manifestantes deixavam de ocupar os sete poços espalhados pelo país, um dia depois da posse do presidente interino da República, Eduardo Rodríguez.
A notícia interessa diretamente ao Brasil, principal comprador do gás boliviano.
Loayza integra o MAS, mesmo partido do deputado Evo Morales, líder dos que cultivam a folha de coca.
"Vamos dar uma trégua de dez dias ao novo governo para que as pessoas possam voltar a comprar alimentos e voltar a trabalhar. Nossa trégua inclui a suspensão da ocupação dos poços de petróleo", confirmou Loayza.
Ruas vazias
Situação mais complicada continua nas cidades de La Paz e El Alto, onde fica o aeroporto internacional de La Paz.
O presidente da Federação das Associações de Moradores Carentes do El Alto, Abel Mamani, informou que, após várias horas de discussões com as bases, ficou decidido que será mantido o cerco à empresa de gás de cozinha, diesel e combustível Senkata, interditada há dez dias pelos protestos.
A Senkata fornece os produtos usados nas cozinhas, automóveis e transportes públicos das duas cidades.
Com a decisão, somada à permanência dos bloqueios nos acessos a El Alto, essas cidades estão praticamente paradas.
Não há ônibus, táxis ou qualquer outro automóvel nas ruas.
Ao mesmo tempo, donas de casa e diretores de diferentes hospitais reclamam da falta de gás de cozinha.
Já a empresa de gás de Sica-Sica, a 110 quilômetros de La Paz, e que também abastece as duas cidades, voltou a funcionar, nesta sexta-feira.
Logo de manhã, no primeiro dia de trabalho do presidente interino, manifestantes deixaram de controlar as válvulas que bombeiam o produto para parte da região, o que permitiu a normalização do fornecimento.
Produção de petróleo e gás deve voltar ao normal na Bolívia
MARCIA CARMOda BBC Brasil, em La Paz
A produção de petróleo e gás da Bolívia deverá começar a voltar à normalidade, gradativamente, a partir desta sexta-feira.
A informação foi antecipada por assessores do Ministério das Energias.
A expectativa passou a ser possível depois que o líder dos camponeses, senador Roman Loayza, confirmou que manifestantes deixavam de ocupar os sete poços espalhados pelo país, um dia depois da posse do presidente interino da República, Eduardo Rodríguez.
A notícia interessa diretamente ao Brasil, principal comprador do gás boliviano.
Loayza integra o MAS, mesmo partido do deputado Evo Morales, líder dos que cultivam a folha de coca.
"Vamos dar uma trégua de dez dias ao novo governo para que as pessoas possam voltar a comprar alimentos e voltar a trabalhar. Nossa trégua inclui a suspensão da ocupação dos poços de petróleo", confirmou Loayza.
Ruas vazias
Situação mais complicada continua nas cidades de La Paz e El Alto, onde fica o aeroporto internacional de La Paz.
O presidente da Federação das Associações de Moradores Carentes do El Alto, Abel Mamani, informou que, após várias horas de discussões com as bases, ficou decidido que será mantido o cerco à empresa de gás de cozinha, diesel e combustível Senkata, interditada há dez dias pelos protestos.
A Senkata fornece os produtos usados nas cozinhas, automóveis e transportes públicos das duas cidades.
Com a decisão, somada à permanência dos bloqueios nos acessos a El Alto, essas cidades estão praticamente paradas.
Não há ônibus, táxis ou qualquer outro automóvel nas ruas.
Ao mesmo tempo, donas de casa e diretores de diferentes hospitais reclamam da falta de gás de cozinha.
Já a empresa de gás de Sica-Sica, a 110 quilômetros de La Paz, e que também abastece as duas cidades, voltou a funcionar, nesta sexta-feira.
Logo de manhã, no primeiro dia de trabalho do presidente interino, manifestantes deixaram de controlar as válvulas que bombeiam o produto para parte da região, o que permitiu a normalização do fornecimento.
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