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15/06/2005
-
18h53
da BBC Brasil, em La Paz
O Congresso boliviano se reúne nesta quinta-feira em sessão conjunta, mas só deve iniciar o debate sobre as eleições gerais na semana que vem.
Nesta quinta-feira, deputados e senadores devem apenas aprovar a auto-convocação extraordinária do Congresso para a próxima terça-feira, quando deve começar a discussão sobre o assunto.
Os políticos terão de decidir se atendem à reivindicação da oposição de abreviar o mandato do atual Congresso, que vai até agosto de 2007.
O presidente do Congresso, senador Hormando Vaca Díez, disse na terça-feira que havia menos resistência às eleições gerais entre os parlamentares e que só colocaria o tema em votação quando houvesse garantia de maioria.
Vaca Díez está negociando com os líderes de bancadas, mas ainda não conseguiu um acordo que garanta a aprovação. Os parlamentares que concordam com o encurtamento do mandato estão discutindo as várias opções legais para realizar uma nova eleição, de renúncia coletiva a mudança na Constituição.
Indenização
Alguns parlamentares também querem uma indenização sobre os quase dois anos de salários que deixarão de receber, mas o assunto ainda é tratado de forma discreta, já que enfrenta grande resistência da sociedade dos movimentos que exigem a renovação do parlamento.
Por enquanto só está certa a eleição para presidente e vice, já que o presidente e o vice eleitos em 2002 renunciaram.
A Presidência está sendo exercida interinamente pelo presidente da Suprema Corte --depois da renúncia ao cargo do presidente do Senado e da Câmara, na semana passada, para evitar uma crise política ainda maior.
O presidente da Federação das Associações dos Moradores de El Alto (Fejuve), Abel Mamani, disse que eles não vão aceitar que o Congresso não faça novas eleições.
"Vamos fechar o Congresso", respondeu, ao ser questionado sobre o que fariam caso os parlamentares não concordem em abreviar o mandato.
"O novo presidente tem um compromisso de convocar as eleições gerais. Ou então fechamos o parlamento. Não tem outro jeito", afirmou.
A Fejuve foi a responsável pelo movimento que deixou La Paz cercada por três semanas, teve adesão em outras partes do país e acabou resultando na queda do ex-presidente Carlos Mesa, na semana passada.
Na pauta da sessão do Congresso desta quinta-feira está a entrega ao presidente Eduardo Rodriguez da faixa presidencial, do bastão de mando e da medalha presidencial, os símbolos da presidência da Bolívia.
Eles não foram entregues durante a posse porque ela aconteceu depois de uma tumultuada sessão improvisada na capital jurídica do país, Sucre, onde o Congresso se reuniu na quinta-feira passada para aceitar a renúncia do ex-presidente Carlos Mesa e empossar Rodriguez.
Congresso da Bolívia deve tratar de eleições na terça
DENIZE BACOCCINAda BBC Brasil, em La Paz
O Congresso boliviano se reúne nesta quinta-feira em sessão conjunta, mas só deve iniciar o debate sobre as eleições gerais na semana que vem.
Nesta quinta-feira, deputados e senadores devem apenas aprovar a auto-convocação extraordinária do Congresso para a próxima terça-feira, quando deve começar a discussão sobre o assunto.
Os políticos terão de decidir se atendem à reivindicação da oposição de abreviar o mandato do atual Congresso, que vai até agosto de 2007.
O presidente do Congresso, senador Hormando Vaca Díez, disse na terça-feira que havia menos resistência às eleições gerais entre os parlamentares e que só colocaria o tema em votação quando houvesse garantia de maioria.
Vaca Díez está negociando com os líderes de bancadas, mas ainda não conseguiu um acordo que garanta a aprovação. Os parlamentares que concordam com o encurtamento do mandato estão discutindo as várias opções legais para realizar uma nova eleição, de renúncia coletiva a mudança na Constituição.
Indenização
Alguns parlamentares também querem uma indenização sobre os quase dois anos de salários que deixarão de receber, mas o assunto ainda é tratado de forma discreta, já que enfrenta grande resistência da sociedade dos movimentos que exigem a renovação do parlamento.
Por enquanto só está certa a eleição para presidente e vice, já que o presidente e o vice eleitos em 2002 renunciaram.
A Presidência está sendo exercida interinamente pelo presidente da Suprema Corte --depois da renúncia ao cargo do presidente do Senado e da Câmara, na semana passada, para evitar uma crise política ainda maior.
O presidente da Federação das Associações dos Moradores de El Alto (Fejuve), Abel Mamani, disse que eles não vão aceitar que o Congresso não faça novas eleições.
"Vamos fechar o Congresso", respondeu, ao ser questionado sobre o que fariam caso os parlamentares não concordem em abreviar o mandato.
"O novo presidente tem um compromisso de convocar as eleições gerais. Ou então fechamos o parlamento. Não tem outro jeito", afirmou.
A Fejuve foi a responsável pelo movimento que deixou La Paz cercada por três semanas, teve adesão em outras partes do país e acabou resultando na queda do ex-presidente Carlos Mesa, na semana passada.
Na pauta da sessão do Congresso desta quinta-feira está a entrega ao presidente Eduardo Rodriguez da faixa presidencial, do bastão de mando e da medalha presidencial, os símbolos da presidência da Bolívia.
Eles não foram entregues durante a posse porque ela aconteceu depois de uma tumultuada sessão improvisada na capital jurídica do país, Sucre, onde o Congresso se reuniu na quinta-feira passada para aceitar a renúncia do ex-presidente Carlos Mesa e empossar Rodriguez.
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