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07/07/2005 - 07h24

Blair e Bush pedem nova estratégia para o clima

MARCIA FREITAS
da BBC Brasil, na Escócia

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, afirmaram nesta quinta-feira na Escócia que é preciso encontrar uma nova estratégia para combater o aquecimento global.

"A forma de avançar na questão é reconhecer que o problema existe e que há uma forma construtiva de lidar com ele", disse o presidente americano.

Ele voltou a rejeitar qualquer acordo semelhante ao Protocolo de Kyoto, que estabelece metas de redução na emissão de dióxido de carbono.

Blair afirmou que não há sentido em retomar a discussão sobre o Protocolo de Kyoto.

"Nós não vamos negociar um novo tratado sobre mudanças climáticas aqui no encontro do G8", disse Blair.

Os dois líderes concordaram que é preciso desenvolver uma nova estratégia para tratar do assunto que envolva não só os Estados Unidos, mas também os países emergentes.

As declarações foram feitas no Hotel Gleneagles, na Escócia, onde está sendo realizada a cúpula anual do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Canadá, Itália e Rússia).

Emergentes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os líderes da Índia, China, África do Sul e México também participam das discussões hoje em Gleneagles.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o grupo irá apresentar um documento conjunto aos líderes do G8, reafirmando a importância de países desenvolvidos assumirem a liderança nos esforços para reduzir o impacto das mudanças climáticas.

Organizações não-governamentais de defesa do meio ambiente, entre elas o WWF, Amigos da Terra e Greenpeace, afirmam que esperam dos líderes do G8 uma declaração clara de adoção de uma política de combate ao aquecimento global.

Richard Dixon, da WWF escocesa, disse que o grupo precisa estabelecer um plano de ação que inclua a disponibilização de mais dinheiro.

Ele disse que uma declaração que inclua apenas referência a "mais pesquisa e mais diálogo" não será satisfatória.

Comércio

Os líderes do G8 também discutem hoje um outro assunto sobre o qual parece haver pouco consenso --a derrubada de barreiras e subsídios no comércio mundial.

As entidades que participam da campanha Make Poverty History afirmam que esse é um aspecto fundamental para resolver um outro problema em discussão na cúpula do G8 --a situação na África.

As atuais barreiras e subsídios dados pelos países desenvolvidos aos seus produtores de açúcar e algodão, por exemplo, estariam causando distorções no mercando mundial que impediriam um maior acesso dos produtos africanos nos mercados internacionais.

Os líderes dos países emergentes também devem fazer uma reivindicação nesse sentido aos líderes do G8.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil, juntamente com os outros países emergentes, vai pedir a remoção de todas as barreiras ao comércio internacional, incluindo os subsídios à agricultura.

Não há, no entanto, muita expectativa de sucesso nessa questão, que volta a ser discutida em uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Hong Kong em dezembro.
 

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