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08/07/2005
-
08h36
da BBC Brasil, em Gleneagles (Escócia)
Apesar da tensão provocada em Gleneagles pelos atentados em Londres, os líderes do G8 afirmam estar dispostos a chegar a um acordo nesta sexta-feira sobre o tema que levou milhares de pessoas às ruas desde a semana passada: Como acabar com a pobreza na África.
A discussão envolve políticas a serem adotadas em três pontos --abatimento da dívida, ajuda financeira e comércio - e, apesar de ter havido uma certa convergência entre os líderes em discussões prévias, muitos detalhes ainda precisam ser acertados.
Os líderes do G8 (grupo dos países mais ricos do mundo mais a Rússia) parecem estar de acordo em relação ao abatimento de $ 40 bilhões da dívida de 18 países - 14 africanos e 4 da América Latina.
Há a expectativa de que outros sete possam vir a ser incluídos.
Condições
São países que teriam cumprido as condições estabelecidas pelo Banco Mundial e Fundo Monetario Internacional dentro da Iniciativa para os Países Altamente Endividados, criada em 1996.
As condições incluem, entre outras, boa gestão e uma política de combate à corrupção.
Mas as entidades que participaram da campanha Make Poverty History - a campanha pelo fim da pobreza - dizem que o abatimento deveria se estender a cerca de 60 países, como recomenda a Comissão para a África, e os países africanos querem que todo o continente seja beneficiado.
Os líderes da Etiópia, Argélia, África do Sul, Nigéria, Tanzânia, Gana, Senegal e União Africana participam das discussões nesta sexta-feira. Também estão em Gleneagles os representantes do Banco Mundial, FMI e ONU (Organização das Nações Unidas).
Também parece haver acordo em relação aos US$25 bilhões a mais que devem ser dados ao ano aos países africanos. Os países da União Européia, os Estados Unidos, o Japão e o Canadá prometeram dobrar o valor que destinam a ajuda financeira até 2010.
Comércio
Já em relação ao comércio, não há expectativa de muito sucesso nessa reunião do G8, uma vez que o assunto voltará a ser discutido em uma reunião da OMC (Organização Mundial do Comércio) em dezembro, em Hong Kong.
O presidente francês, Jacques Chirac, disse na quinta-feira que a União Européia já se comprometeu a acabar com os subsídios agrícolas, caso "nossos amigos, os Estados Unidos, façam o mesmo".
Os líderes do G8 devem anunciar também nesta sexta-feira o acordo que parecem ter alcançado em relação à mudança climática.
O anúncio foi adiado na quinta-feira, devido a algumas mudanças na programação do encontro logo após os atentados em Londres.
O presidente francês, Jacques Chirac, disse na quinta-feira que "uma mudança de atitude" por parte dos Estados Unidos permitiu que o grupo chegasse a um acordo sobre como combater o aquecimento global.
G8 tenta chegar a acordo sobre África nesta sexta
MARCIA FREITASda BBC Brasil, em Gleneagles (Escócia)
Apesar da tensão provocada em Gleneagles pelos atentados em Londres, os líderes do G8 afirmam estar dispostos a chegar a um acordo nesta sexta-feira sobre o tema que levou milhares de pessoas às ruas desde a semana passada: Como acabar com a pobreza na África.
A discussão envolve políticas a serem adotadas em três pontos --abatimento da dívida, ajuda financeira e comércio - e, apesar de ter havido uma certa convergência entre os líderes em discussões prévias, muitos detalhes ainda precisam ser acertados.
Os líderes do G8 (grupo dos países mais ricos do mundo mais a Rússia) parecem estar de acordo em relação ao abatimento de $ 40 bilhões da dívida de 18 países - 14 africanos e 4 da América Latina.
Há a expectativa de que outros sete possam vir a ser incluídos.
Condições
São países que teriam cumprido as condições estabelecidas pelo Banco Mundial e Fundo Monetario Internacional dentro da Iniciativa para os Países Altamente Endividados, criada em 1996.
As condições incluem, entre outras, boa gestão e uma política de combate à corrupção.
Mas as entidades que participaram da campanha Make Poverty History - a campanha pelo fim da pobreza - dizem que o abatimento deveria se estender a cerca de 60 países, como recomenda a Comissão para a África, e os países africanos querem que todo o continente seja beneficiado.
Os líderes da Etiópia, Argélia, África do Sul, Nigéria, Tanzânia, Gana, Senegal e União Africana participam das discussões nesta sexta-feira. Também estão em Gleneagles os representantes do Banco Mundial, FMI e ONU (Organização das Nações Unidas).
Também parece haver acordo em relação aos US$25 bilhões a mais que devem ser dados ao ano aos países africanos. Os países da União Européia, os Estados Unidos, o Japão e o Canadá prometeram dobrar o valor que destinam a ajuda financeira até 2010.
Comércio
Já em relação ao comércio, não há expectativa de muito sucesso nessa reunião do G8, uma vez que o assunto voltará a ser discutido em uma reunião da OMC (Organização Mundial do Comércio) em dezembro, em Hong Kong.
O presidente francês, Jacques Chirac, disse na quinta-feira que a União Européia já se comprometeu a acabar com os subsídios agrícolas, caso "nossos amigos, os Estados Unidos, façam o mesmo".
Os líderes do G8 devem anunciar também nesta sexta-feira o acordo que parecem ter alcançado em relação à mudança climática.
O anúncio foi adiado na quinta-feira, devido a algumas mudanças na programação do encontro logo após os atentados em Londres.
O presidente francês, Jacques Chirac, disse na quinta-feira que "uma mudança de atitude" por parte dos Estados Unidos permitiu que o grupo chegasse a um acordo sobre como combater o aquecimento global.
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