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12/07/2005
-
07h35
da BBC Brasil, em Miami
O general brasileiro Augusto Heleno Ribeiro disse que "só resta rezar" para que esta temporada de furacões no Caribe não leve ao Haiti tempestades mais violentas do que a que atingiu o país na semana passada.
Para o militar, que coordena as tropas de paz da ONU no Haiti, nem a experiência acumulada pelas forças estrangeiras em operações humanitárias poderia salvar o país de uma tragédia.
"Mesmo com todo o planejamento, o Haiti, com a estrutura que tem hoje, não é capaz de fazer frente nem a uma chuva forte, quanto mais a um furacão", afirmou o comandante em entrevista à BBC Brasil.
"Qualquer desastre meteorológico é multiplicado por dez pelas condições do país", acrescentou Heleno, referindo-se à má condição das estradas, à falta de hospitais e à precariedade das construções.
Dez mortos
Embora tenha deixado dez mortos na sua passagem pelo Haiti na semana passada, o rastro de destruição do furacão Dennis pode ser considerado pequeno se comparado com o da tempestade tropical Jeanne, que deixou 1,5 mil mortos no ano passado.
Na ocasião, a cidade mais afetada foi Gonaives, no norte do país, e as tropas de paz recém-chegadas lançaram uma grande operação humanitária.
Desta vez, no entanto, o maior problema das tropas da Minustah é restaurar a ligação com o oeste do país, interrompida com a queda de uma ponte na cidade de Grand Goave.
O general Augusto Heleno qualifica o problema apenas de logístico, por causa do isolamento de tropas do Sri Lanka, que ficaram do outro lado da ponte.
Segundo o comandante, o abastecimento das tropas terá de ser feito por via aérea até que engenheiros vindos do Brasil, Chile e outros países possam consertar a ponte.
O próprio Heleno, no entanto, admite que monitora com apreensão as tempestades que se aproximam do Haiti pela internet. "Temos que rezar para que não aconteça", diz o militar.
Se a reza não funcionar, ele diz que não hesitará em colocar à disposição da população todos os recursos disponíveis. Heleno reconhece que isso seria feito às custas da segurança do país, mas diz que não há alternativa.
"Só resta rezar" para furacões pouparem Haiti, diz general brasileiro
CAROLINA GLYCERIOda BBC Brasil, em Miami
O general brasileiro Augusto Heleno Ribeiro disse que "só resta rezar" para que esta temporada de furacões no Caribe não leve ao Haiti tempestades mais violentas do que a que atingiu o país na semana passada.
Para o militar, que coordena as tropas de paz da ONU no Haiti, nem a experiência acumulada pelas forças estrangeiras em operações humanitárias poderia salvar o país de uma tragédia.
"Mesmo com todo o planejamento, o Haiti, com a estrutura que tem hoje, não é capaz de fazer frente nem a uma chuva forte, quanto mais a um furacão", afirmou o comandante em entrevista à BBC Brasil.
"Qualquer desastre meteorológico é multiplicado por dez pelas condições do país", acrescentou Heleno, referindo-se à má condição das estradas, à falta de hospitais e à precariedade das construções.
Dez mortos
Embora tenha deixado dez mortos na sua passagem pelo Haiti na semana passada, o rastro de destruição do furacão Dennis pode ser considerado pequeno se comparado com o da tempestade tropical Jeanne, que deixou 1,5 mil mortos no ano passado.
Na ocasião, a cidade mais afetada foi Gonaives, no norte do país, e as tropas de paz recém-chegadas lançaram uma grande operação humanitária.
Desta vez, no entanto, o maior problema das tropas da Minustah é restaurar a ligação com o oeste do país, interrompida com a queda de uma ponte na cidade de Grand Goave.
O general Augusto Heleno qualifica o problema apenas de logístico, por causa do isolamento de tropas do Sri Lanka, que ficaram do outro lado da ponte.
Segundo o comandante, o abastecimento das tropas terá de ser feito por via aérea até que engenheiros vindos do Brasil, Chile e outros países possam consertar a ponte.
O próprio Heleno, no entanto, admite que monitora com apreensão as tempestades que se aproximam do Haiti pela internet. "Temos que rezar para que não aconteça", diz o militar.
Se a reza não funcionar, ele diz que não hesitará em colocar à disposição da população todos os recursos disponíveis. Heleno reconhece que isso seria feito às custas da segurança do país, mas diz que não há alternativa.
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