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13/07/2005
-
14h23
da BBC Brasil, em Cabo Canaveral, na Flórida
Os engenheiros da Nasa concluem na manhã desta quarta-feira o que esperam ser a última etapa antes do lançamento do ônibus espacial Discovery - o primeiro a deixar o Cabo Canaveral rumo ao espaço desde o acidente com o Columbia, que matou os sete astronautas a bordo, em fevereiro de 2003.
Numa operação que deve levar três horas, o cilindro de mais de 30 metros do tanque externo do Discovery - peça que causou o desastre do Columbia - será enchido com toneladas de oxigênio e hidrogênio líquidos. O tanque é solto pela nave uma vez que ela entrar em órbita.
Com o tanque cheio e já colocada na posição de lançamento, a nave deverá estar pronta para ser lançada nos céus da Flórida às 15h51 do horário local (16h51 no Brasil).
Assista a uma reportagem sobre o lançamento
Segundo a Nasa, a queda de uma peça de plástico que reveste uma das janelas do ônibus espacial nesta terça-feira não ameaça o lançamento nem a segurança da tripulação.
Preocupação
Qualquer descolamento de peça é visto com grande preocupação pela agência, já que foi o descolamento de uma espuma do tanque de combustível de Columbia que abriu um buraco na asa, permitindo a entrada de gases quentes na nave e a desintegração na reentrada na atmosfera.
A agência espacial, que já adiou o lançamento em maio por temores em relação a segurança, diz que o único impedimento ao cronograma pode ser o tempo, instável nos últimos dias. Na previsão mais recente, a agência reviu de 70% para 60% as chances de um lançamento.
Estima-se 300 mil pessoas tenham viajado para as cidades próximas do Kennedy Space Center para assistir a um dos maiores espetáculos que a tecnologia pode produzir. Se os céus estiverem limpos, a cena poderá ser vista a 150 quilômetros de distância.
Entre os 3,5 mil convidados VIPs que terão a melhor vista do lançamento, a pouco mais de 5 km do local, estarão familiares de pelos menos três dos astronautas mortos no Columbia.
A missão do Discovery é em boa medida mostrar a essas famílias e ao povo americano que nos últimos dois anos e meio a Nasa diminuiu os riscos de um ônibus espacial se desintegrar no espaço, como aconteceu no Columbia, ou explodir momentos depois do lançamento, o que ocorreu com o Challenger em 1986.
Mesmo com a implementação da maioria das medidas recomendadas pelo painel de especialistas que investigou as causas do acidente com o Columbia, é sabido - de certa forma, aceito - que uma missão dessas nunca será completamente segura.
A tecnologia dos anos 80 é considerada ultrapassada e, por isso, o presidente americano, George W. Bush, já anunciou a aposentadoria dos ônibus espaciais em 2010, quando eles deverão ser substituídos por uma versão mais moderna de nave tripulada.
Até lá, no entanto, deverão ser lançados pelo menos mais 15 ônibus espaciais e a Nasa quer fazer o máximo para encerrar o seu programa de 24 anos sem mais tragédias.
As missões são necessárias para terminar de construir a Estação Espacial International e para pôr em prática o ambicioso cronograma de exploração espacial do governo americano.
Nasa lança nesta quarta-feira 1º ônibus espacial desde 2003
CAROLINA GLYCERIOda BBC Brasil, em Cabo Canaveral, na Flórida
Os engenheiros da Nasa concluem na manhã desta quarta-feira o que esperam ser a última etapa antes do lançamento do ônibus espacial Discovery - o primeiro a deixar o Cabo Canaveral rumo ao espaço desde o acidente com o Columbia, que matou os sete astronautas a bordo, em fevereiro de 2003.
Numa operação que deve levar três horas, o cilindro de mais de 30 metros do tanque externo do Discovery - peça que causou o desastre do Columbia - será enchido com toneladas de oxigênio e hidrogênio líquidos. O tanque é solto pela nave uma vez que ela entrar em órbita.
Com o tanque cheio e já colocada na posição de lançamento, a nave deverá estar pronta para ser lançada nos céus da Flórida às 15h51 do horário local (16h51 no Brasil).
Assista a uma reportagem sobre o lançamento
Segundo a Nasa, a queda de uma peça de plástico que reveste uma das janelas do ônibus espacial nesta terça-feira não ameaça o lançamento nem a segurança da tripulação.
Preocupação
Qualquer descolamento de peça é visto com grande preocupação pela agência, já que foi o descolamento de uma espuma do tanque de combustível de Columbia que abriu um buraco na asa, permitindo a entrada de gases quentes na nave e a desintegração na reentrada na atmosfera.
A agência espacial, que já adiou o lançamento em maio por temores em relação a segurança, diz que o único impedimento ao cronograma pode ser o tempo, instável nos últimos dias. Na previsão mais recente, a agência reviu de 70% para 60% as chances de um lançamento.
Estima-se 300 mil pessoas tenham viajado para as cidades próximas do Kennedy Space Center para assistir a um dos maiores espetáculos que a tecnologia pode produzir. Se os céus estiverem limpos, a cena poderá ser vista a 150 quilômetros de distância.
Entre os 3,5 mil convidados VIPs que terão a melhor vista do lançamento, a pouco mais de 5 km do local, estarão familiares de pelos menos três dos astronautas mortos no Columbia.
A missão do Discovery é em boa medida mostrar a essas famílias e ao povo americano que nos últimos dois anos e meio a Nasa diminuiu os riscos de um ônibus espacial se desintegrar no espaço, como aconteceu no Columbia, ou explodir momentos depois do lançamento, o que ocorreu com o Challenger em 1986.
Mesmo com a implementação da maioria das medidas recomendadas pelo painel de especialistas que investigou as causas do acidente com o Columbia, é sabido - de certa forma, aceito - que uma missão dessas nunca será completamente segura.
A tecnologia dos anos 80 é considerada ultrapassada e, por isso, o presidente americano, George W. Bush, já anunciou a aposentadoria dos ônibus espaciais em 2010, quando eles deverão ser substituídos por uma versão mais moderna de nave tripulada.
Até lá, no entanto, deverão ser lançados pelo menos mais 15 ônibus espaciais e a Nasa quer fazer o máximo para encerrar o seu programa de 24 anos sem mais tragédias.
As missões são necessárias para terminar de construir a Estação Espacial International e para pôr em prática o ambicioso cronograma de exploração espacial do governo americano.
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