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18/07/2005 - 15h38

Bush ignora pretensão da Índia a CS da ONU

DENIZE BACOCCINA
da BBC Brasil, em Washington

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, não fez nesta segunda-feira menção alguma à demanda da Índia de passar a integrar como membro permanente o Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas).

Acompanhado de Bush em uma entrevista coletiva durante sua visita à Casa Branca, o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, disse que a Índia tem um "argumento convincente" para assumir a posição no CS da ONU.

"Em nossas conversas, concordamos que a realidade atual deve ser totalmente refletida em alguns órgãos de decisão da ONU", disse o primeiro-ministro indiano, depois de lembrar que "o mundo está debatendo a reforma da ONU".

"A Índia tem um argumento convincente para se tornar membro permanente do CS da ONU. Estamos convencidos de que a Índia pode contribuir de forma significativa para o processo de decisão da ONU e sua capacidade", afirmou Singh.

Bush, que havia falado antes de Singh, preferiu destacar que a relação entre os dois países "nunca foi tão forte".

G4

De acordo com Bush, a Índia e os EUA compartilham um compromisso em relação à democracia e estão trabalhando juntos em programas de combate ao terrorismo.

A Índia participa, junto com Brasil, Japão e Alemanha, do G4, que apresentou uma proposta conjunta para a reforma do CS da ONU, aumentando o número de membros de 15 para 25.

Até agora, apenas o Japão conseguiu o apoio americano. Na semana passada, os EUA rejeitaram a proposta do G4.

Bush e Singh também anunciaram uma série de acordos para aumentar a cooperação nas áreas de energia nuclear, espaço e alta tecnologia entre os dois países.

Karl Rove

Questionado sobre o caso do vazamento do nome de uma agente secreta da CIA, Bush voltou a afirmar que existe uma investigação em andamento e disse que se for comprovado que alguém cometeu um crime, será demitido.

Há suspeitas de que Karl Rove, o principal assessor de Bush, teria sido o responsável pela divulgação do nome da agente secreta à imprensa.

Um promotor federal investiga o caso há dois anos, mas ainda não concluiu quem foi o responsável pelo vazamento de informação.

Na semana passada, o nome de Rove veio à tona com a divulgação de e-mails que ele teria trocado com um repórter da revista "Time", que foi convocado a depor na Justiça sobre o assunto.

Pela lei americana, é crime revelar informações sigilosas a que um funcionário público tenha acesso privilegiado.
 

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