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23/07/2005
-
07h46
da BBC Brasil, em Sharm el-Sheik
O ministro do Interior do Egito, Habib al-Adli, disse que já tem pistas sobre os autores dos atentados deste sábado no balneário de Sharm el-Sheik, na Península do Sinai.
"Temos diversos indícios e vamos pegar estes criminosos", afirmou o ministro.
Adli disse ainda que as autoridades vão investigar possíveis ligações entre estes atentados e o ataque contra um hotel na cidade de Taba - também na península do Sinai - que deixou mais de 30 mortos em outubro do ano passado.
Os turistas e egípcios ainda estão em choque em Sharm el-Sheik e circulando pela cidade para ver a destruição causada pelas pelo menos três bombas que explodiram durante a madrugada no popular balneário no sul da Península do Sinai.
No distrito de Naama Bay, área onde ocorreram pelo menos duas explosões, a destruição é grande no Hotel Ghazala Gardens. Uma outra explosão atingiu um pequeno centro comercial na área.
A maior destruição, no entanto, aconteceu a cerca de 10 km de Naama Bay, no mercado localizado na parte antiga de Sharm el-Sheik. Lá, diversos carros parados em frente ao mercado foram destruídos.
Destino popular
Sharm el-Sheik é um dos destinos mais populares com turistas europeus em busca de praia e sol no Egito.
A região também é a preferida do presidente egípcio Hosni Mubarak, que tem um palácio por aqui e sempre busca promover reuniões internacionais - reuniões entre israelenses e Palestinos, em particular - nos grandes hotéis da área.
Diversos egípcios - que estavam trabalhando nas lojas que atendem a turistas na hora da explosão - ainda podem ser vistos pela cidade com as roupas manchadas de sangue.
Outros, já começam o trabalho de limpar o entulho e os muitos cacos de vidro que foram espalhados pelas bombas.
Turistas
Apesar da tensão, os turistas europeus - que durante todo o ano lotam os hotéis da costa do Sinai - dizem que não pretendem antecipar o fim de suas ferias.
O inglês Warren Bolder disse que estava dormindo no hotel dele ao lado, do Ghazala Gardens, quando ouviu primeiro uma explosão muito forte e depois outra um pouco mais fraca.
"Disse na hora para minha mulher que só poderia ser uma bomba. Tentamos sair do hotel na hora mas as portas tinham sido bloqueadas pela segurança", disse o turista.
De manhã, Warren foi passear com a mulher Patricia pela rua onde ocorreu a explosão e ver a extensão do estrago.
Apesar de ter os olhos cheios de lágrimas e estar visivelmente em choque, Patricia afirmou que o casal não pretende antecipar a volta para a Grã-Bretanha, marcada para quinta-feira, ou desistir de ferias futuras no Egito.
"Já viemos várias vezes para cá e adoramos o lugar. Isto e uma tragédia que está agora acontecendo em todos os lugares, mas não podemos deixar de viver", disse.
Sem um braço
Um comerciante egípcio - dono de um estande onde vende souvenirs - disse que estava trabalhando na hora da explosão e que viu cenas horríveis, como a de uma mulher correndo sem um dos braços.
"Não sei o que aconteceu. Estava aqui trabalhando e de repente, 'bum'. Pode ter sido qualquer coisa", disse Mohamed el-Nari, também ferido levemente no pé pelos vidros que voaram das vitrines.
O recepcionista de um hotel em Naama Bay, que preferiu não ser identificado, disse que todos os turistas israelenses e também muitos árabes decidiram deixar a cidade depois das explosões. "Os europeus estão ficando", disse.
Ele mesmo afirma que vai continuar trabalhando normalmente e que não tem medo de novos ataques.
"Eu trabalhava em Taba quando aconteceu a explosão lá e agora estou aqui. Na hora em que for para acontecer algo comigo, vai acontecer de qualquer jeito", disse.
Ministro diz ter pistas sobre autores de explosões no Egito
PAULO CABRALda BBC Brasil, em Sharm el-Sheik
O ministro do Interior do Egito, Habib al-Adli, disse que já tem pistas sobre os autores dos atentados deste sábado no balneário de Sharm el-Sheik, na Península do Sinai.
"Temos diversos indícios e vamos pegar estes criminosos", afirmou o ministro.
Adli disse ainda que as autoridades vão investigar possíveis ligações entre estes atentados e o ataque contra um hotel na cidade de Taba - também na península do Sinai - que deixou mais de 30 mortos em outubro do ano passado.
Os turistas e egípcios ainda estão em choque em Sharm el-Sheik e circulando pela cidade para ver a destruição causada pelas pelo menos três bombas que explodiram durante a madrugada no popular balneário no sul da Península do Sinai.
No distrito de Naama Bay, área onde ocorreram pelo menos duas explosões, a destruição é grande no Hotel Ghazala Gardens. Uma outra explosão atingiu um pequeno centro comercial na área.
A maior destruição, no entanto, aconteceu a cerca de 10 km de Naama Bay, no mercado localizado na parte antiga de Sharm el-Sheik. Lá, diversos carros parados em frente ao mercado foram destruídos.
Destino popular
Sharm el-Sheik é um dos destinos mais populares com turistas europeus em busca de praia e sol no Egito.
A região também é a preferida do presidente egípcio Hosni Mubarak, que tem um palácio por aqui e sempre busca promover reuniões internacionais - reuniões entre israelenses e Palestinos, em particular - nos grandes hotéis da área.
Diversos egípcios - que estavam trabalhando nas lojas que atendem a turistas na hora da explosão - ainda podem ser vistos pela cidade com as roupas manchadas de sangue.
Outros, já começam o trabalho de limpar o entulho e os muitos cacos de vidro que foram espalhados pelas bombas.
Turistas
Apesar da tensão, os turistas europeus - que durante todo o ano lotam os hotéis da costa do Sinai - dizem que não pretendem antecipar o fim de suas ferias.
O inglês Warren Bolder disse que estava dormindo no hotel dele ao lado, do Ghazala Gardens, quando ouviu primeiro uma explosão muito forte e depois outra um pouco mais fraca.
"Disse na hora para minha mulher que só poderia ser uma bomba. Tentamos sair do hotel na hora mas as portas tinham sido bloqueadas pela segurança", disse o turista.
De manhã, Warren foi passear com a mulher Patricia pela rua onde ocorreu a explosão e ver a extensão do estrago.
Apesar de ter os olhos cheios de lágrimas e estar visivelmente em choque, Patricia afirmou que o casal não pretende antecipar a volta para a Grã-Bretanha, marcada para quinta-feira, ou desistir de ferias futuras no Egito.
"Já viemos várias vezes para cá e adoramos o lugar. Isto e uma tragédia que está agora acontecendo em todos os lugares, mas não podemos deixar de viver", disse.
Sem um braço
Um comerciante egípcio - dono de um estande onde vende souvenirs - disse que estava trabalhando na hora da explosão e que viu cenas horríveis, como a de uma mulher correndo sem um dos braços.
"Não sei o que aconteceu. Estava aqui trabalhando e de repente, 'bum'. Pode ter sido qualquer coisa", disse Mohamed el-Nari, também ferido levemente no pé pelos vidros que voaram das vitrines.
O recepcionista de um hotel em Naama Bay, que preferiu não ser identificado, disse que todos os turistas israelenses e também muitos árabes decidiram deixar a cidade depois das explosões. "Os europeus estão ficando", disse.
Ele mesmo afirma que vai continuar trabalhando normalmente e que não tem medo de novos ataques.
"Eu trabalhava em Taba quando aconteceu a explosão lá e agora estou aqui. Na hora em que for para acontecer algo comigo, vai acontecer de qualquer jeito", disse.
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