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07/09/2005 - 05h52

Gastos em Nova Orleans podem equivaler a um ano de guerra no Iraque, diz 'Guardian'

da BBC Brasil

Os gastos para recuperar a cidade de Nova Orleans após a passagem do furacão Katrina podem chegar a US$ 100 bilhões (cerca de R$ 233 bilhões), aproximadamente o mesmo valor gasto em um ano de guerra no Iraque, segundo artigo publicado na edição desta quarta-feira do jornal britânico The Guardian.

"Estamos falando de um programa de reconstrução que nunca foi visto antes neste país. Estamos falando de uma quantia equivalente ao dinheiro que está sendo colocado no Iraque", afirma ao jornal Hugh Kaufman, analista da Agência de Proteção Ambiental americana e que também trabalhou na limpeza da cidade de Nova York depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Segundo especialistas ouvidos pelo Guardian, muitos prédios da cidade podem estar altamente contaminados por água suja e substâncias tóxicas, o que fará com que grande parte da cidade precise ser reconstruída.

"Não precisamos prestar atenção apenas às estruturas dos prédios", diz ao diário Paul Farmer, diretor da Associação Americana de Planejamento. "Temos de estar atentos ao problema da contaminação: contaminação dos prédios, de terrenos."

Mais Katrina

Em uma análise, o jornal americano The Washington Post diz que a crise trazida pelo furacão Katrina mostra a divisão do povo americano, diferentemente do que aconteceu depois dos ataques de 11 de setembro, quando a população do país mostrou união.

"Os dois veredictos completamente diferentes sobre a ação de Bush nas duas maiores crises de seu governo ressaltam a profunda polarização que aconteceu com o eleitorado durante os dois mandatos", diz o jornal.

"O caminho da unidade pós-11/09 e o rancor pós-Katrina apontam para uma deterioração clara do consenso político nos Estados Unidos e para o crescimento da interpretação de eventos por um prisma partidário", afirma o Washington Post.

"Esse problema deve seguir Bush nos últimos anos de seu governo, o que mostra uma falha clara de sua promessa de campanha em 2000, de um país 'unido, e não dividido'."

Egito

O jornal britânico Financial Times traz uma análise sobre as eleições que acontecem nesta quarta-feira no Egito.

Segundo o jornal britânico, a decisão do atual presidente do país, Hosni Mubarak, de permitir que as eleições aconteçam "é apenas a primeira de muitas das mudanças necessárias para que a liberdade política seja consolidada no Cairo e levada para o resto do mundo árabe".

Já o The Independent chama o exercício democrático do Egito de "dúbio" em editorial na edição desta quarta-feira.

O diário diz que as eleições "levaram muitos a pensar que o Egito é a mais nova nação no Oriente Médio a sentir os efeitos da 'revolução democrática', iniciada pela invasão dos Estados Unidos no Iraque".

Mas, segundo o jornal, essa idéia precisa ser vista com "ceticismo". "O aparato autoritário do país ainda existe. E isso certamente terá um efeito profundo após as eleições."

Em Israel, o Jerusalem Post diz que as preparações para as eleições no Egito "criaram a impressão de que a democracia é um grande jogo, uma forma de entretenimento a ditadores, e sem razão para acontecer".

"A essência da democracia é a transferência pacífica de poder depois de uma expressão autêntica do desejo da população. E isso só pode acontecer se existir uma competição real entre partidos políticos, uma imprensa livre, um congresso livre, aplicação correta das leis e um poder judiciário independente."

Segundo o jornal, o único país do mundo árabe que pode ver a democracia no horizonte é o Iraque.
 

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