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13/09/2005 - 14h11

Brasil fica em 119º em ranking para fazer negócios

da BBC Brasil

Um estudo do Banco Mundial divulgado nesta terça-feira coloca o Brasil no 119º lugar em um ranking de 155 países sobre os melhores lugares do mundo para fazer negócios.

O estudo, chamado Doing Business in 2006- Creating Jobs (Fazendo Negócios em 2006 --Criando Empregos), analisa dez itens diferentes, como a facilidade de abrir e fechar uma empresa, facilidade para contratação e demissão, carga tributária, acesso ao crédito e regras de propriedade.

Segundo o ranking geral do estudo, os cinco melhores lugares do mundo para fazer negócios são Nova Zelândia, Cingapura, Estados Unidos, Canadá e Noruega.

Os cinco piores são, na ordem inversa, República Democrática do Congo, Burkina Faso, República Centro-Africana, Chade e Sudão.

Apesar de colocar o Brasil entre os lugares que apresentam mais empecilhos para os negócios, o estudo o cita, ao lado de Jamaica, Equador e El Salvador, como os países da América Latina e do Caribe que mais melhoras apresentaram nos itens analisados.

O relatório cita especificamente a aprovação da nova lei de falências, que teria reduzido de dez para cinco anos o prazo para o fechamento de uma empresa após a falência.

Contratações e demissões

O item no qual o Brasil foi mais mal avaliado pelo Banco Mundial foi o referente à facilidade para contratar e demitir funcionários, no qual o país ficou em 144º entre as 155 nações analisadas.

Para chegar a esse dado, o Banco Mundial mediu a dificuldade para contratar novos empregados, a rigidez da regulamentação sobre a expansão ou a contração da carga horária dos empregados, os custos de contratar um funcionário além do salário e a dificuldade e os custos para demissões.

Os outros itens nos quais o Brasil ficou entre os 20 piores colocados do ranking do Banco Mundial são a facilidade para o fechamento de empresas, no qual o país é o 141º do ranking, e a carga tributária, com o Brasil na 140º posição.

Entre os fatores nos quais o Brasil foi melhor avaliado pelo Banco Mundial está a proteção aos investidores (53º no ranking) e o cumprimento de contratos (70º).

Os demais itens avaliados são a facilidade de montar uma empresa (com o Brasil em 98º no ranking), a administração e o custo das licenças de funcionamento (115º), o registro de propriedades (105º), o acesso ao crédito (80º) e o comércio entre fronteiras (107º).

Criação de empregos

No lançamento do relatório, em Washington, o presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, destacou que a finalidade do estudo é mostrar o caminho para facilitar os negócios e incentivar a criação de empregos.

"Os empregos são uma prioridade para qualquer país", disse Wolfowitz. "Fazer mais para melhorar a regulamentação e ajudar os empreendedores é a chave para criar empregos --e mais crescimento", afirmou.

Para o vice-presidente do Banco Mundial para desenvolvimento do setor privado, Michael Klein, o fato de os países africanos estarem entre os últimos do ranking é preocupante.

"Muitos países africanos que precisam desesperadamente de novas empresas e empregos correm o risco de ficar ainda mais para trás em relação aos outros países que estão simplificando as regras e tornando o clima para investimento mais amistoso para os negócios", afirmou Klein.
 

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