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15/09/2005
-
16h00
da BBC Brasil, em Frankfurt
As pesquisas de opinião apontam para uma vitória da oposição nas próximas eleições alemãs, mas o atual primeiro-ministro do país, Gerhard Schröder, promete lutar até o fim pela sua segunda reeleição.
Gerhard Schröder já esteve em uma situação difícil como esta nas últimas eleições, em 2002, quando ficou atrás nas pesquisas durante vários meses.
Segundo analistas, ele foi salvo na época por sua determinação em não participar da guerra do Iraque e por sua atuação na ajuda às vítimas de uma grande inundação no leste da Alemanha. Isso lhe garantiu uma vitória apertada contra o governador da Baviera, Edmund Stoiber.
Schröder assumiu o poder em 1998, quando derrotou o então primeiro-ministro Helmut Kohl. Foi a primeira vez que os alemães elegeram o candidato da oposição. O governo de coalizão, entre o Partido Social Democrata de Schröder e o Partido Verde, prometia uma nova era depois de 16 anos de gestão Kohl.
No entanto, o novo premiê assumiu um país em crise. Justamente os social-democratas, conhecidos como defensores dos trabalhadores, tiveram que fazer reformas profundas e cortes no sistema de Previdência Social. E justamente um governo com um partido pacifista, o Verde, teve que mandar soldados ao exterior, durante a guerra em Kosovo.
Por causa das reformas, Schröder teve que enfrentar até protestos de rua, e sua popularidade caiu bastante.
Para ele, não foi fácil tomar medidas duras, como cortes no salário-desemprego e no sistema de saúde, que também afetam as camadas menos favorecidas da população.
Origem humilde
Schröder não vem de uma família rica: ele nasceu em 1944 e jamais conheceu seu pai, que morreu na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Na juventude, trabalhou como comerciário e fez escola noturna para poder cursar a faculdade de direito.
O chefe do governo alemão é conhecido como um político que confia em seu instinto, e analistas dizem que foi isso que o fez antecipar as eleições do ano que vem para este ano, depois de uma derrota em um de seus principais redutos eleitorais, o estado da Renânia do Norte-Westfália.
Com o anúncio da antecipação do pleito, Schröder pegou a oposição e seu próprio partido de surpresa. No entanto, ele corre o risco de perder as eleições que ele mesmo convocou: sua popularidade ainda é maior que a da candidata da oposição, Angela Merkel, mas seu partido está enfraquecido pela ascensão de um novo agrupamento de esquerda, o Linkspartei.
As eleições de domingo vão selar o destino de Schröder. Para ele, agora, é tudo ou nada.
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Gerhard Schröder promete lutar até o fim
MARCELO CRESCENTIda BBC Brasil, em Frankfurt
As pesquisas de opinião apontam para uma vitória da oposição nas próximas eleições alemãs, mas o atual primeiro-ministro do país, Gerhard Schröder, promete lutar até o fim pela sua segunda reeleição.
Gerhard Schröder já esteve em uma situação difícil como esta nas últimas eleições, em 2002, quando ficou atrás nas pesquisas durante vários meses.
Segundo analistas, ele foi salvo na época por sua determinação em não participar da guerra do Iraque e por sua atuação na ajuda às vítimas de uma grande inundação no leste da Alemanha. Isso lhe garantiu uma vitória apertada contra o governador da Baviera, Edmund Stoiber.
Schröder assumiu o poder em 1998, quando derrotou o então primeiro-ministro Helmut Kohl. Foi a primeira vez que os alemães elegeram o candidato da oposição. O governo de coalizão, entre o Partido Social Democrata de Schröder e o Partido Verde, prometia uma nova era depois de 16 anos de gestão Kohl.
No entanto, o novo premiê assumiu um país em crise. Justamente os social-democratas, conhecidos como defensores dos trabalhadores, tiveram que fazer reformas profundas e cortes no sistema de Previdência Social. E justamente um governo com um partido pacifista, o Verde, teve que mandar soldados ao exterior, durante a guerra em Kosovo.
Por causa das reformas, Schröder teve que enfrentar até protestos de rua, e sua popularidade caiu bastante.
Para ele, não foi fácil tomar medidas duras, como cortes no salário-desemprego e no sistema de saúde, que também afetam as camadas menos favorecidas da população.
Origem humilde
Schröder não vem de uma família rica: ele nasceu em 1944 e jamais conheceu seu pai, que morreu na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Na juventude, trabalhou como comerciário e fez escola noturna para poder cursar a faculdade de direito.
O chefe do governo alemão é conhecido como um político que confia em seu instinto, e analistas dizem que foi isso que o fez antecipar as eleições do ano que vem para este ano, depois de uma derrota em um de seus principais redutos eleitorais, o estado da Renânia do Norte-Westfália.
Com o anúncio da antecipação do pleito, Schröder pegou a oposição e seu próprio partido de surpresa. No entanto, ele corre o risco de perder as eleições que ele mesmo convocou: sua popularidade ainda é maior que a da candidata da oposição, Angela Merkel, mas seu partido está enfraquecido pela ascensão de um novo agrupamento de esquerda, o Linkspartei.
As eleições de domingo vão selar o destino de Schröder. Para ele, agora, é tudo ou nada.
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