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20/09/2005
-
18h55
da BBC Brasil
A London Fashion Week, que começou no domingo, pode não ser tão conhecida como a semana da moda de Milão ou de Paris, mas com seus 46 desfiles em cinco dias, vai marcando presença no calendário europeu, atraindo celebridades e um grande público.
Na segunda-feira foi a vez dos brasileiros Inácio Ribeiro, da grife Clements Ribeiro, e Bruno Basso, da Basso & Brooke, mostrarem o que prepararam para a primavera-verão do ano que vem.
A grife Basso & Brooke, do paulista Bruno Basso e do londrino Chris Brooke, desfilou pela segunda vez entre os nomes principais na London Fashion Week.
A primeira foi no começo do ano, com menos modelos e uma produção mais simples. Agora, eles vieram em clima de superprodução, com a supermodel sudanesa Alek Wek encerrando o desfile.
Vaidade
O designer gráfico Bruno & Basso, encarregado das estampas das coleções, conta o que mudou de lá para cá.
"A coleção de inverno foi nossa introdução no mundo da moda. A gente chamou a atenção de alguns patrocinadores importantes, e as pessoas estão investindo e acreditando na gente", disse.
Segundo ele, as estampas desta coleção tratam de vaidade.
"É maquiagem, cassino, carro. É um presente que a mulher dá a ela mesma."
Apesar de a dupla Basso & Brooke ser metade brasileira, a coleção não tem nada de verde e amarela.
Sem clichês
A editora de moda Lilian Pacce explica o que o mercado internacional quer do Brasil.
"Um bom estilista tem que fugir dos estereótipos. Na moda a gente quer ser surpreendido. A gente quer olhar e dizer 'Nossa, que legal!'", afirma.
O estilista Inácio Ribeiro também fala em fugir dos clichês. Para ele, o mercado internacional espera do Brasil uma roupa sexy, colorida, mas nada que lembre os trópicos de maneira explícita.
Ribeiro tem uma década de London Fashion Week. Na platéia, ele tinha celebridades como a socialite Jemima Khan, namorada do ator Hugh Grant, e alguns dos principais editores de moda do mundo, como a poderosa Suzy Menkes, do International Herald Tribune, Hilary Alexander, do Daily Telegraph, e Michael Roberts, da revista The New Yorker.
Ele contou que teve um desentendimento com o licenciado italiano e por isso nem ia participar desta semana de moda.
Mas na última hora mudou de idéia e fez a coleção inteira em três semanas. As roupas tem um pouco de cor, mas ele aposta mesmo é no preto e branco.
A coleção de inverno foi inspirada na artista plástica mexicana Frida Khalo. Nesta, segundo ele, há uma inspiração brasileira sutil.
"É inspirado no Rio dos anos 50, bossa nova. O branco é o concreto de Oscar Niemeyer", explica.
A London Fashion Week, que também inclui estandes com peças de 170 grifes, termina nesta quinta-feira.
Fashion Week atrai celebridades e grande público em Londres
DENISE TELLESda BBC Brasil
A London Fashion Week, que começou no domingo, pode não ser tão conhecida como a semana da moda de Milão ou de Paris, mas com seus 46 desfiles em cinco dias, vai marcando presença no calendário europeu, atraindo celebridades e um grande público.
Na segunda-feira foi a vez dos brasileiros Inácio Ribeiro, da grife Clements Ribeiro, e Bruno Basso, da Basso & Brooke, mostrarem o que prepararam para a primavera-verão do ano que vem.
A grife Basso & Brooke, do paulista Bruno Basso e do londrino Chris Brooke, desfilou pela segunda vez entre os nomes principais na London Fashion Week.
A primeira foi no começo do ano, com menos modelos e uma produção mais simples. Agora, eles vieram em clima de superprodução, com a supermodel sudanesa Alek Wek encerrando o desfile.
Vaidade
O designer gráfico Bruno & Basso, encarregado das estampas das coleções, conta o que mudou de lá para cá.
"A coleção de inverno foi nossa introdução no mundo da moda. A gente chamou a atenção de alguns patrocinadores importantes, e as pessoas estão investindo e acreditando na gente", disse.
Segundo ele, as estampas desta coleção tratam de vaidade.
"É maquiagem, cassino, carro. É um presente que a mulher dá a ela mesma."
Apesar de a dupla Basso & Brooke ser metade brasileira, a coleção não tem nada de verde e amarela.
Sem clichês
A editora de moda Lilian Pacce explica o que o mercado internacional quer do Brasil.
"Um bom estilista tem que fugir dos estereótipos. Na moda a gente quer ser surpreendido. A gente quer olhar e dizer 'Nossa, que legal!'", afirma.
O estilista Inácio Ribeiro também fala em fugir dos clichês. Para ele, o mercado internacional espera do Brasil uma roupa sexy, colorida, mas nada que lembre os trópicos de maneira explícita.
Ribeiro tem uma década de London Fashion Week. Na platéia, ele tinha celebridades como a socialite Jemima Khan, namorada do ator Hugh Grant, e alguns dos principais editores de moda do mundo, como a poderosa Suzy Menkes, do International Herald Tribune, Hilary Alexander, do Daily Telegraph, e Michael Roberts, da revista The New Yorker.
Ele contou que teve um desentendimento com o licenciado italiano e por isso nem ia participar desta semana de moda.
Mas na última hora mudou de idéia e fez a coleção inteira em três semanas. As roupas tem um pouco de cor, mas ele aposta mesmo é no preto e branco.
A coleção de inverno foi inspirada na artista plástica mexicana Frida Khalo. Nesta, segundo ele, há uma inspiração brasileira sutil.
"É inspirado no Rio dos anos 50, bossa nova. O branco é o concreto de Oscar Niemeyer", explica.
A London Fashion Week, que também inclui estandes com peças de 170 grifes, termina nesta quinta-feira.
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