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23/09/2005 - 07h12

'NYT' critica 'promessas vazias' do Brasil após morte de freira

da BBC Brasil

Sete meses depois da morte da missionária americana Dorothy Mae Stang, em Boa Esperança, no Pará, o governo brasileiro não cumpriu as promessas que fez, diz o jornal The New York Times.

"As promessas grandiosas do Brasil depois da morte da freira se mostraram vazias", diz o título do artigo, escrito pelo correspondente Larry Rohter.

"Os conflitos sobre a propriedade da terra que levaram a seu assassinato não apenas permanecem sem solução, mas estão se intensificando, dizem líderes da Igreja Católica e moradores da região", continua o jornal.

"Em Boa Esperança, a fé em um futuro melhor e mais seguro está morrendo."

O The New York Times afirma que, "embora as tropas do Exército enviadas ao local depois da morte de irmã Dorothy ainda patrulhem a região, elas estão fazendo pouco para proteger os colonos agricultores dos fazendeiros e madeireiros que tentam expulsá-los de terras valiosas".

Segundo o jornal, "as promessas do governo brasileiro de tornar a distribuição de terras mais justa, enquanto estabelece a sua autoridade nessa região da Amazônia assolada pela violência, provaram ser vazias".

A freira, nascida em Ohio, está enterrada no local onde foi morta a tiros por pistoleiros em fevereiro.

'Bicho-papão'

Os Estados Unidos consideram que a região da Tríplice Fronteira, onde se encontram Brasil, Argentina e Paraguai, é uma "zona de alto risco", segundo o jornal argentino La Nación.

"Sabemos que existem ali atividades ilegais e que se financiam grupos terroristas. Não temos evidência de células operativas, mas nos preocupa" disse ao jornal o ministro-conselheiro da embaixada americana no Paraguai, Kevin Johnson.

Segundo Johnson, o seqüestro e morte de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente do Paraguai Raúl Cubas, levou a um pedido de cooperação do atual mandatário do país, Nicanor Duarte Frutos, ao governo americano.

Johnson disse ao jornal que a inauguração de um escritório do FBI na embaixada dos Estados Unidos no Paraguai, "em 2007, em princípio, será uma ligação com seu equivalente paraguaio, como acontece desde a década de 90 em Buenos Aires e Santiago, entre outras capitais".

A aproximação dos dois países e a preocupação de Brasil e Argentina com a possibilidade de uma base militar americana no Paraguai também é notícia no jornal Irish Times, da Irlanda.

"Pobre e sem ligação ao mar, o Paraguai recentemente ensaiou uma tentativa de saída diplomática", diz o jornal.

"Frustrado com o que vê como tratamento injusto por seus aliados supostamente mais próximos, Brasil e Argentina, (o Paraguai) começou, desde junho, a flertar com o bicho-papão regional, os Estados Unidos."

Protecionismo

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato, diz que a posição do G-20, grupo liderado por Brasil, Índia e China, será decisiva para a reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Hong Kong, em novembro, segundo o jornal The Guardian.

"(O grupo) tem que entender que a liberalização comercial é uma rua de duas vias e boa para todos", disse ele, segundo o jornal.

O The Guardian diz que De Rato alertou para pressões protecionistas e as dificuldades que a economia mundial enfrentará se o mundo recuar no processo de liberalização comercial.

"Há alguns sinais fortes de medidas protecionistas e isso seria má notícia para todo mundo. Isso tornaria ainda mais complicada uma solução ordenada para os desequilíbrios globais", disse o diretor do FMI.

Milagre lingüístico

O jornal argentino Clarín diz que "é tempo de Fernando Alonso" em São Paulo.

"Alonso produziu um milagre: Fala-se espanhol no Brasil", é o título do artigo sobre a corrida de Interlagos de Fórmula 1.

Segundo o jornal, "São Paulo continua com seu trânsito caótico", mas, em Interlagos, os "com freqüência se escutam vamos, de momento, hombre que entre outras palavras caracterizam o espanhol".
 

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