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23/09/2005 - 18h10

Brasileiros em Houston se preparam para enfrentar o Rita

DENIZE BACOCCINA
da BBC Brasil, em Houston

Muitos dos cinco mil brasileiros que o consulado do Brasil em Houston estima que vivem na região conseguiram deixar a cidade em direção a um local mais seguro, agora que o furacão Rita se aproxima. Mas outros não tiveram a mesma sorte.

O casal João e Stivilane Vieira tentou viajar para o Brasil, mas foi pego de surpresa pelo cancelamento dos vôos e pelo fechamento do aeroporto nesta sexta-feira na hora do almoço.

"Inicialmente, a previsão era que o furacão chegasse no sábado, e como já tínhamos vôo para hoje à noite achamos que não teríamos problema", contou Stivilane.

"Estou com medo, mas agora não dá mais para sair. É melhor ficar aqui em casa do que na estrada", disse ela.

A maioria dos amigos brasileiros do casal deixou a cidade, vários com muita dificuldade. "Vários amigos ficaram horas no congestionamento", conta Stivilane.

Consultor de uma empresa da área de petróleo, João foi dispensado do trabalho na quarta-feira, quando as refinarias fecharam em preparação para o furacão.

Tentando viajar ao Brasil

A evacuação não foi obrigatória na área onde eles moram, mas João e Stivilane se preocupam com os ventos fortes, que podem quebrar vidraças.

"Pelo que eu conversei com os vizinhos, não tem risco de o prédio desabar, é mais o risco de quebrar a janela", contou João. A casa deles, como a maioria das casas americanas, tem estrutura de madeira.

"Vamos fechar bem a janela, afastar os móveis e dormir no banheiro, que fica mais no meio da casa, sem janela", disse Stivilane. Eles esperam finalmente embarcar para as férias no Brasil logo que o furacão passar.

"Assim que abrir o aeroporto a gente vai para o Brasil. Achamos que vai ser no domingo", disse ela.

Sorte

A consultora Ana Carolina Abe Romero teve mais sorte. Na quinta-feira, depois de uma longa espera no aeroporto, ela conseguiu embarcar para Nova York com o filho Lucas, de um ano.

Carolina comprou passagem pela internet na quarta-feira, mas ainda assim teve que enfrentar um longo congestionamento para chegar ao aeroporto e uma longa fila no balcão da empresa para comprar o bilhete para o filho.

"Demorei duas horas para fazer um caminho que normalmente demora 35 minutos. A estrada principal estava totalmente congestionada. Como tinha um mapa no carro, fiz um caminho pelos bairros e consegui chegar", contou Ana Carolina, de Nova York.

Quando chegou finalmente ao aeroporto, teve que ficar na fila por três horas para comprar a passagem do filho. "Perdi meu vôo, marcado para 10h47, mas consegui uma vaga no vôo da 13h15 e cheguei a Nova York às seis da tarde", disse.

A preocupação de Carolina agora é com o marido, que é jornalista e está trabalhando em Galveston, cidade que fica em uma ilha na costa do Texas que deve ser um dos pontos mais atingidos pelo furacão.

De acordo com as previsões, as ondas criadas pela passagem do Rita podem cobrir a cidade em água. "Esperamos que ele esteja a salvo por lá", diz ela.
 

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