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29/09/2005 - 09h46

Paixão dos pingüins

da BBC Brasil

Para os não iniciados, é muito difícil distinguir sexo de pingüim, mesmo quando são famosos como Silo, Roy e a fêmea Scrappy, do zoológico do Central Park, em Manhattan.

Se o zelador não estiver lá para identificá-los, como não estava na quarta-feira à tarde, é impossível saber quais são eles e quais são os gays.

Clique aqui para ouvir esta coluna na voz de Lucas Mendes

Desde o sucesso do documentário A Marcha do Imperador, os três se tornaram foco de um crescente debate que vai muito além do Central Park.

Inspiradas pelo filme, várias organizações de direita passaram a usar o comportamento dos pingüins para promover valores religiosos conservadores e para contestar as teorias de Darwin sobre a evolução das espécies.

Para os defensores do criacionismo, agora conhecido como desenho inteligente, os pingüins são monógamos e idênticos ao casal original.

Os gays de Nova York contestaram a campanha da direita cristã com o romance dos pingüins Roy e Silo.

Eles tiveram uma relação homossexual que durou seis anos, chocaram juntos, criaram uma filha e se tornaram personagens de um livro infantil sobre uma família pingüim gay.

O romance Silo e Roy terminou na última primavera quando Silo se encantou por Scrappy, uma fêmea que veio de um aquário da Califórnia, mas isto não dá munição para a direita cristã.

Há pingüins gays no mundo inteiro. Só no Central Park há outros quatro casais gays, machos e fêmeas. Tango, a filha de Roy e Silo, no momento, tem um caso com outra fêmea.

O debate cresce e os franceses enriquecem. Igrejas e escolas levam milhares de estudantes e fiéis para assistir o documentário, que já se tornou o filme francês de maior bilheteria de todos os tempos nos Estados Unidos.

Logo os franceses, tão odiados pela direita americana, agora fornecem o modelo. Touché.
 

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