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Ex-chefe de agência antidrogas é preso no México
da BBC Brasil
O ex-chefe da agência mexicana contra o crime organizado, Noé Ramírez Mandujano, foi preso nesta sexta-feira, acusado de receber propina de traficantes de drogas.
Segundo informações do procurador-geral do México, Eduardo Medina Mora, Ramírez teria aceito US$ 450 mil de cartéis de narcotraficantes, que teriam ainda oferecido a ele uma taxa mensal em troca de informações.
Ramírez teria prestado depoimento voluntariamente aos investigadores e então teria tido sua prisão decretada.
Ele assumiu a Subprocuradoria de Investigações Especializadas no Crime Organizado (SIEDO, na sigla em espanhol), em 2006 e renunciou ao cargo último mês de julho, depois de uma alegada "reestruturação" no órgão feita pelo presidente Felipe Calderón.
Ramírez é aquele que ocupou o cargo mais alto entre os detidos pela chamada "Operação Limpeza", que investiga a corrupção ligada ao tráfico de drogas. Outros cinco oficiais e dois agentes federais também foram presos.
No início desta semana, um juiz ordenou a prisão do mais alto representante da Interpol (agência policial internacional) no país, Ricardo Gutiérrez Vargas, como parte da mesma operação.
Negócio lucrativo
Em visita ao Chile, o presidente Felipe Calderón afirmou que o governo mexicano está "firmemente comprometido na luta contra o crime organizado e contra a corrupção".
Nos últimos meses, a polícia mexicana empreendeu operações que conseguiram deter alguns dos líderes do tráfico de drogas no país.
Entretanto, apenas neste ano, mais de 4 mil pessoas já morreram em violência relacionada ao tráfico de drogas no México.
Os cartéis controlam um mercado interno lucrativo e levam drogas através da fronteira para os Estados Unidos --o maior mercado do mundo para narcóticos ilegais, estimado em US$ 14 bilhões por ano.
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