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12/10/2005 - 11h48

Vila dos Smurfs é bombardeada em propaganda da ONU

da BBC Brasil

O Fundo da ONU para a Infância, Unicef, lançou uma campanha em que os Smurfs, conhecidos personagens de desenho animado, têm sua vila destruída em um ataque aéreo.

A propaganda, que visa angariar fundos para cuidar de crianças que foram usadas como soldados na África, está sendo exibida na televisão da Bélgica, país do cartunista Pierre "Peyo" Culliford, que criou os personagens em 1958.

Um porta-voz do Unicef na Bélgica, Philippe Henon, disse que a idéia de usar os Smurfs dessa forma foi inspirada pela estratégia de chocar as pessoas, usada há muito tempo por publicitários. Segundo ele, a tática está funcionando.

Mas o Unicef determinou que a propaganda deve ser exibida na televisão apenas tarde da noite para não assustar as crianças.

Smurfete

A propaganda de 20 segundos começa com os Smurfs em seu vilarejo, cantando e dançando, junto com pássaros e borboletas.

Mas aviões aparecem em cena e lançam bombas contra o vilarejo, incendiando as casas dos personagens. Uma das personagens, a Smurfete, é morta, enquanto outros correm para se protegerem. Um bebê Smurf é deixado no local das explosões, chorando.

A propaganda termina com a mensagem: "Não deixe a guerra afetar a vida das crianças".

Apesar da propaganda ser exibida exclusivamente na Bélgica, Henon disse que as reações à campanha têm vindo do mundo todo.

"Setenta por cento das pessoas reagiram de forma positiva, mas, é difícil explicar para alguns a razão de estarmos usando estes personagens", disse ele à BBC.

Ele acrescentou que não é fácil convencer as pessoas a ajudarem em campanhas humanitárias, e a Unicef queria mudar isto fazendo uma ligação entre infância feliz e os horrores da guerra.

Em um relatório divulgado em 2004, a ONU afirma que combatentes com menos de 18 anos foram usados em 22 conflitos entre 2001 e 2004.

Esta última campanha do Unicef na Bélgica tenta chamar a atenção dos belgas para a situação no Sudão e também no Burundi e na República Democrática do Congo, duas ex-colônias da Bélgica.
 

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