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16/10/2005 - 18h26

Centro-esquerda italiana diz que crise brasileira preocupa

ASSIMINA VLAHOU
da BBC Brasil, em Roma

Líderes dos principais partidos que formam a coalizão de centro-esquerda na Itália disseram neste domingo, em Roma, que a crise política brasileira é preocupante, mas manifestaram total apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Lula é a única alternativa da esquerda no Brasil", disse Romano Prodi, líder da União – a coalizão de centro-esquerda – antes de se encontrar com o presidente brasileiro na embaixada do Brasil em Roma.

Prévias que serão realizadas hoje na capital italiana vão decidir quem será o candidato da União nas próximas eleições para primeiro-ministro.

Romano Prodi é o favorito para enfrentar o atual premiê Silvio Berlusconi nas eleições de abril.

"Estamos certamente preocupados com o que está acontecendo na vida política brasileira. Queremos saber como ele pensa em superar as dificuldades", disse Massimo D'Alema, presidente do DS (o maior partido da coalizão de centro-esquerda).

D'Alema acrescentou que sua confiança em Lula não foi abalada.

"Lula conduziu uma grande guinada no Brasil e o resultado da ação do seu governo pode ser visto na economia e no papel atual do Brasil no mundo", disse D'Alema.

Fausto Bertinotti, secretário do PRC (Partido da Refundação Comunista) também se mostrou preocupado com os escândalos de corrupção no Brasil.

"Seria hipócrita se dissesse que não estou preocupado, mas temos que apoiá-lo", afirmou.

Perguntado se Lula era um companheiro que erra, ele respondeu que não.

"É um companheiro e basta", disse o político italiano.

Depois da reunião com os políticos de centro-esquerda, Lula participou de encontro com representantes de sindicatos, organizações não-governamentais e representantes de diversos setores da sociedade italiana.

Na segunda-feira, começa a programação oficial da visita de Lula à Itália.

Ele participa, por exemplo, das comemorações pelos 60 anos da FAO, a organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

Lula terá ainda encontro com Carlo Azeglio Ciampi, presidente italiano.

Já no fim da tarde de segunda, ele segue para Moscou, na Rússia.
 

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