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18/10/2005
-
10h10
da BBC Brasil, em Roma
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta segunda-feira que esteja se candidatando à reeleição neste momento e afirmou que tem tempo até abril ou maio para se decidir sobre isso.
"É uma decisão que não tenho nenhum interesse de tomar agora", afirmou o presidente, pouco antes de deixar a Itália rumo a Moscou, nesta segunda-feira.
O último compromisso de Lula em Roma foi com o empresariado.
Segundo Luca Cordero di Montezemolo, presidente da confederação italiana das indústrias, da Ferrari e da Fiat, o Brasil, junto com os Estados Unidos e a União Européia, está se impondo como o "terceiro ocidente" e representa atualmente um "mercado prioritário para as indústrias italianas".
Investimentos
No encontro com Lula na sede da confederação, Montezemolo manifestou o grande interesse dos empresários italianos em investir em obras de infra-estrutura no Brasil e anunciou uma grande missão ao Brasil em março para abrir novas perspectivas de investimento.
Durante a reunião, Montezemolo e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, assinaram um acordo de apoio a pequenas e médias empresas e de colaboração recíproca.
O evento foi considerado de grande importância pelo ministro das Atividades Produtivas da Itália, Adolfo Urso.
Recordando que no Brasil há importantes empresas italianas em atuação há muitos anos, o ministro Urso disse que os investimentos italianos no Brasil cresceram três vezes mais do que no resto do mundo nos últimos meses.
Em sua breve passagem por Roma, Lula também se encontrou com o presidente italiano, Carlo Azeglio Ciampi e participou das comemorações dos 60 anos de fundação da FAO, a agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
No encontro com o presidente Ciampi, Lula lembrou que a Itália é o 5° maior investidor estrangeiro no Brasil.
Infra-estrutura
Nos últimos anos, os investimentos italianos no país aumentaram 300%, e o volume de negócios entre os dois países chegou a 5 bilhões de dólares em 2004.
Mas o presidente disse que apesar dos números positivos, o comércio entre Brasil e Itália representa apenas 1% do total importado e exportado pelos dois países. "Muito aquém do que é possível", segundo o presidente.
Lula afirmou aos empresários italianos que o Brasil está vivendo um "momento virtuoso" e não vai permitir que haja qualquer mudança em vista das eleições, como "medidas populistas para enganar a sociedade brasileira".
Antes de encerrar seu discurso o presidente informou que está sendo organizado um grande evento para empresários em dezembro no Brasil, para mostrar oportunidades de investimentos em obras de infra-estrutura no país e na América Latina em geral.
"Quando tivermos a infra-estrutura adequada, poderemos competir com igualdade com qualquer país do mundo", disse.
Segundo Lula, contudo, é necessário que toda América Latina se desenvolva.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o presidente Lula
Lula nega que esteja pensando em reeleição
ASSIMINA VLAHOUda BBC Brasil, em Roma
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta segunda-feira que esteja se candidatando à reeleição neste momento e afirmou que tem tempo até abril ou maio para se decidir sobre isso.
"É uma decisão que não tenho nenhum interesse de tomar agora", afirmou o presidente, pouco antes de deixar a Itália rumo a Moscou, nesta segunda-feira.
O último compromisso de Lula em Roma foi com o empresariado.
Segundo Luca Cordero di Montezemolo, presidente da confederação italiana das indústrias, da Ferrari e da Fiat, o Brasil, junto com os Estados Unidos e a União Européia, está se impondo como o "terceiro ocidente" e representa atualmente um "mercado prioritário para as indústrias italianas".
Investimentos
No encontro com Lula na sede da confederação, Montezemolo manifestou o grande interesse dos empresários italianos em investir em obras de infra-estrutura no Brasil e anunciou uma grande missão ao Brasil em março para abrir novas perspectivas de investimento.
Durante a reunião, Montezemolo e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, assinaram um acordo de apoio a pequenas e médias empresas e de colaboração recíproca.
O evento foi considerado de grande importância pelo ministro das Atividades Produtivas da Itália, Adolfo Urso.
Recordando que no Brasil há importantes empresas italianas em atuação há muitos anos, o ministro Urso disse que os investimentos italianos no Brasil cresceram três vezes mais do que no resto do mundo nos últimos meses.
Em sua breve passagem por Roma, Lula também se encontrou com o presidente italiano, Carlo Azeglio Ciampi e participou das comemorações dos 60 anos de fundação da FAO, a agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
No encontro com o presidente Ciampi, Lula lembrou que a Itália é o 5° maior investidor estrangeiro no Brasil.
Infra-estrutura
Nos últimos anos, os investimentos italianos no país aumentaram 300%, e o volume de negócios entre os dois países chegou a 5 bilhões de dólares em 2004.
Mas o presidente disse que apesar dos números positivos, o comércio entre Brasil e Itália representa apenas 1% do total importado e exportado pelos dois países. "Muito aquém do que é possível", segundo o presidente.
Lula afirmou aos empresários italianos que o Brasil está vivendo um "momento virtuoso" e não vai permitir que haja qualquer mudança em vista das eleições, como "medidas populistas para enganar a sociedade brasileira".
Antes de encerrar seu discurso o presidente informou que está sendo organizado um grande evento para empresários em dezembro no Brasil, para mostrar oportunidades de investimentos em obras de infra-estrutura no país e na América Latina em geral.
"Quando tivermos a infra-estrutura adequada, poderemos competir com igualdade com qualquer país do mundo", disse.
Segundo Lula, contudo, é necessário que toda América Latina se desenvolva.
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