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14/11/2005 - 08h27

Vitória inglesa sobre Argentina 'deve levar a recorde de apostas'

da BBC Brasil

A vitória da seleção inglesa de futebol sobre a Argentina, no sábado, deve levar a um recorde de apostas dos ingleses na vitória de seus compatriotas na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, segundo destaca em sua edição desta segunda-feira o tablóide britânico The Sun.

As casas de apostas inglesas já temem um prejuízo recorde caso a Inglaterra vença realmente a copa.

Segundo o The Sun, até agora mais de 500 milhões de libras já foram apostadas pelos ingleses na sorte da seleção local, mas espera-se que esse valor triplique até a Copa.

Como uma vitória inglesa pagando atualmente 7 libras (cerca de R$ 28) para cada libra apostada, as casas de apostas podem ficar com uma conta de quase 10 bilhões de libras a pagar, o que equivale a 40 bilhões de reais.

Mas mesmo com todo o otimismo dos ingleses, o Brasil, que bateu no sábado a seleção dos Emirados Árabes por 8 a 0, ainda é o favorito nas casas de apostas para levantar a Copa mais uma vez no ano que vem.

Segundo o The Sun, cada libra apostada no Brasil dará um retorno de apenas 3 libras em caso de vitória da seleção canarinho.

Cura para a Aids?

O caso de um jovem escocês que supostamente se livrou do vírus da Aids sem a ajuda de medicamentos também ganhou destaque na mídia britânica nesta segunda-feira.

Andrew Stimpson, de 25 anos, foi diagnosticado como HIV positivo em 2002, mas 14 meses depois os exames não detectavam mais o vírus em seu corpo. Outros três exames confirmaram que ele estava livre da doença.

Durante esse período, Stimpson diz ter tomado apenas vitaminas.

"Será que este homem tem o segredo para derrotar a Aids?", pergunta o jornal The Independent em uma reportagem de uma página. Segundo o jornal, os médicos acreditam que o escocês seria o primeiro caso comprovado de "cura espontânea" do HIV.

O The Times observa que inicialmente Stimpson quis processar o laboratório que realizou o primeiro teste, positivo, mas análises posteriores indicaram que não havia possibilidade de erro no diagnóstico.

Cientistas citados pelo Daily Mail dizem acreditar que o sistema imunológico de Stimpson pode ter um tipo genético de resistência. Eles dizem que seu sistema imunológico pode ter encontrado uma falha no vírus e que o entendimento de como isso ocorreu poderia levar ao desenvolvimento de possíveis tratamentos e vacinas.

Mas muitos ativistas ainda estão céticos sobre o caso e pedem mais investigações para confirmar a história. A diretora de uma ONG que lida com portadores do vírus HIV, ouvida pelo The Guardian, critica o fato de Stimpson não ter se oferecido inicialmente para participar de estudos médicos e ter vendido sua história ao tablóide News of The World, que a publicou no domingo.

Negociações estancadas

As dificuldades das negociações que tentam chegar a um acordo para incrementar o comércio mundial antes da cúpula da OMC marcada para o próximo mês em Hong Kong são tema de uma reportagem do International Herald Tribune nesta segunda.

O jornal comenta o encontro em Roma entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, e o comissário europeu do comércio, Peter Mandelson, no fim de semana.

Mas, como o Herald Tribune observa, nenhum dos dois lados ofereceu propostas para avançar nas negociações. O jornal destaca que o Brasil, que representa o grupo G20, das nações emergentes, diz ter feito concessões sobre tarifas de importação de produtos industriais em troca da redução dos subsídios agrícolas europeus, como vem exigindo Mandelson, mas o negociador da União Européia diz não ter recebido nenhuma proposta formal nesse sentido.

As negociações comerciais também são tema de uma entrevista com o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, publicada nesta segunda-feira pelo jornal britânico The Independent. Lamy, antecessor de Mandelson no cargo de comissário europeu do comércio, diz que um acordo global de comércio "não é uma missão impossível".

Mesmo considerando improvável um acordo até a cúpula de Hong Kong, Lamy diz acreditar que ele possa ser conseguido até o final de 2006. O chefe da OMC considera que o que torna mais difícil um acordo é o fato de que os muitos ganhos que esse acordo poderia trazer são menos visíveis que as poucas perdas.

Em suas palavras, "se você paga 30% menos por uma camiseta, a noção de que isso é por causa da abertura comercial não está presente, mas se a fábrica em sua região tem que fechar as portas por causa da abertura comercial, não existe dúvida sobre o porquê".

Para Lamy, o fracasso das negociações significaria o desaparecimento de "uma grande oportunidade para um maior crescimento, mais empregos e menos pobreza".

O jornal Financial Times destaca um discurso do primeiro-ministro Tony Blair previsto para esta segunda-feira, no qual ele pretende dizer que um acordo comercial que inclua uma redução nos subsídios aos produtores agrícolas não deve apenas beneficiar os países em desenvolvimento. De acordo com o discurso previsto de Blair, os países europeus também se beneficiarão com um aumento de até 20 bilhões de euros ao ano em oportunidades de comércio.

O Financial Times destaca que o discurso de Blair tem como alvo outros países europeus que são contrários à redução dos subsídios, como a França, que é o país europeu mais beneficiado por eles.

Confissão na TV

Outra história que ganhou as páginas dos principais jornais da imprensa internacional nesta segunda-feira é a da mulher iraquiana de 35 anos que confessou na TV jordaniana ter tentado se explodir em uma festa de casamento em Amã na semana passada.

Segundo a descrição do jornal americano Los Angeles Times, Sajida al-Rishawi parecia "monótona e sem emoção" ao descrever como ela e o marido planejaram se explodir no hotel Radisson SAS, de Amã, na quarta-feira.

Seu marido conseguiu detonar os explosivos que levava, em um dos três ataques simultâneos a hotéis da capital jordaniana, que deixaram 57 mortos. Mas Sajida disse que os explosivos que levava em um cinto preso ao corpo falharam quando ela tentou acioná-los.

De acordo com o The Times, de Londres, Sajida parecia "calma, contida e sem mostrar sinais de remorsos".

Para o The Guardian, também de Londres, "em seu casaco negro e com seu véu branco, Sajida al-Rishawi parecia como muitas outras mulheres árabes, mas sua vestimenta sem forma tornou mais fácil para ela esconder um cinto com explosivos".

Descrevendo a cena mostrada pela TV, o jornal britânico diz que, "vestindo o cinto de explosivos desarmado debaixo do casaco, ela se movia para o lado como se estivesse desfilando e mostrava como planejava puxar a corda vermelha que teria detonado os explosivos"

Para o jornal espanhol ABC, o tempo de duração da transmissão foram "três minutos escassos, que se tornam eternos para se recordar os nomes dos mortos, de seus familiares, dos noivos do casamento mais triste da história da Jordânia".

O ABC continua dizendo que foram "Três minutos órfãos de emoção, de sentimento, de arrependimento. Três minutos carregados de ódio, de falta de sentido, de terror".

Para o New York Times, as notícias da prisão de Sajida e a transmissão de sua confissão "visavam claramente mostrar progressos na investigação e também pareciam refletir os esforços do governo jordaniano para reforçar sua imagem de segurança após os atentados.

O jornal observa que, até agora, a Jordânia era considerado um dos países mais estáveis e seguros do Oriente Médio.

O New York Times observa também que a confissão incluiu alguns detalhes de como o plano foi organizado que podem ser úteis para esclarecer importantes questões sobre os métodos e os planos" do grupo do jordaniano Abu Musab Al-Zarqawi, líder da Al-Qaeda no Iraque que reivindicou os ataques da semana passada em Amã.

"Sua confissão incluiu alguns detalhes sobre como o plano foi organizado e foi considerado útil para prover importantes informações de segurança sobre os métodos e os planos do grupo de Zarqawi."
 

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