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16/11/2005
-
07h35
O diário britânico "Daily Telegraph" afirma em reportagem de capa nesta quarta-feira que a polícia de Londres utilizou balas "dum dum" nos disparos que mataram o eletricista brasileiro Jean Charles de Menezes.
O uso deste tipo de munição --conhecida como balas de ponta oca, que se expandem e estilhaçam após penetrar no corpo provocando mutilações maiores-- é proibido por convenção internacional que regulamenta as armas de guerra.
Segundo o jornal, "acredita-se que esta tenha sido a primeira vez que essas balas tenham sido utilizadas pela polícia britânica".
Jean Charles foi confundido pelos agentes da polícia londrina com um homem-bomba, e morreu ao receber sete tiros na cabeça e um no ombro dentro da estação de metro de Stockwell, no dia 22 de julho.
O episódio é motivo de uma investigação independente sobre a atuação da polícia, que continua em andamento.
Operação Kratos
O jornal afirma que os policiais que participavam da Operação Kratos receberam este tipo de munição especial porque o comando das forças de segurança acredita que as balas de ponta oca são mais eficazes para abater homens-bomba.
A Operação Kratos foi lançada no Reino Unido para proteger os meios de transporte da ação de militantes suicidas, após os atentados contra três trens do metrô e um ônibus em Londres no dia 7 de julho.
O "Daily Telegraph" afirma que a opção pelas balas "dum dum" teria sido "influenciada pela táticas usadas por policiais à paisana em aviões de passageiros, que usam essas balas para que se estilhacem dentro do corpo e não arrebentem a fuselagem".
Seguindo o mesmo raciocínio, as autoridades britânicas teriam optado pela munição de ponta oca para poder matar homens-bomba sem correr o risco de atingir inocentes nas proximidades.
O jornal britânico afirma que a decisão de usar balas "dum dum" foi tomada de forma sigilosa pela polícia, assim como outros aspectos da Operação Kratos.
O Ministério do Interior do Reino Unido disse que não há impedimentos legais ao uso deste tipo de munição pela polícia, cujo comando tem o direito de escolher as balas que melhor servem aos seus objetivos operacionais.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Jean Charles de Menezes
Polícia matou Jean Charles com balas 'dum dum', diz jornal britânico
da BBC BrasilO diário britânico "Daily Telegraph" afirma em reportagem de capa nesta quarta-feira que a polícia de Londres utilizou balas "dum dum" nos disparos que mataram o eletricista brasileiro Jean Charles de Menezes.
O uso deste tipo de munição --conhecida como balas de ponta oca, que se expandem e estilhaçam após penetrar no corpo provocando mutilações maiores-- é proibido por convenção internacional que regulamenta as armas de guerra.
Segundo o jornal, "acredita-se que esta tenha sido a primeira vez que essas balas tenham sido utilizadas pela polícia britânica".
Jean Charles foi confundido pelos agentes da polícia londrina com um homem-bomba, e morreu ao receber sete tiros na cabeça e um no ombro dentro da estação de metro de Stockwell, no dia 22 de julho.
O episódio é motivo de uma investigação independente sobre a atuação da polícia, que continua em andamento.
Operação Kratos
O jornal afirma que os policiais que participavam da Operação Kratos receberam este tipo de munição especial porque o comando das forças de segurança acredita que as balas de ponta oca são mais eficazes para abater homens-bomba.
A Operação Kratos foi lançada no Reino Unido para proteger os meios de transporte da ação de militantes suicidas, após os atentados contra três trens do metrô e um ônibus em Londres no dia 7 de julho.
O "Daily Telegraph" afirma que a opção pelas balas "dum dum" teria sido "influenciada pela táticas usadas por policiais à paisana em aviões de passageiros, que usam essas balas para que se estilhacem dentro do corpo e não arrebentem a fuselagem".
Seguindo o mesmo raciocínio, as autoridades britânicas teriam optado pela munição de ponta oca para poder matar homens-bomba sem correr o risco de atingir inocentes nas proximidades.
O jornal britânico afirma que a decisão de usar balas "dum dum" foi tomada de forma sigilosa pela polícia, assim como outros aspectos da Operação Kratos.
O Ministério do Interior do Reino Unido disse que não há impedimentos legais ao uso deste tipo de munição pela polícia, cujo comando tem o direito de escolher as balas que melhor servem aos seus objetivos operacionais.
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