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25/11/2005
-
10h22
da BBC Brasil
A crise causada pela contaminação do rio que abastece de água a cidade de Harbin levanta uma série de questões na China.
Elas se relacionam à qualidade da gestão do governo, à segurança em indústrias que operam no país e, possivelmente a mais importante de todas, à determinação das autoridades chinesas em manter o controle sobre o fluxo de informações.
Na segunda-feira, o governo de Harbin anunciou que a água estava sendo cortada na cidade para que o sistema de abastecimento da cidade sofresse uma checagem.
Ao deparar-se com informações de se tratava de contaminação causada por uma indústria, o governo disse que isso não passava de "um rumor".
No dia seguinte, porém, as autoridades municipais tiveram de admitir que o temor de contaminação pela fábrica de Jilin era o motivo real por trás da interrupção do abastecimento.
Internet
A mudança de postura foi motivada, em parte, pela publicação de ferozes críticas em sites chineses expressando a frustração de moradores que queriam respostas mais completas ou simplesmente não acreditavam na versão oficial.
Para muitos, a crise de Harbin é um exemplo clássico de uma luta pela informação que percorre toda a China, visível especialmente em temas ambientais.
O meio ambiente é uma das poucas áreas nas quais o governo chinês permitiu o surgimento de organizações não-governamentais.
Mas sua ação é restrita por exigências de que elas se registrem em agências do governo e pelo impedimento de que as ONGs tenham mais do que uma dimensão local ou, no máximo, provincial.
Perguntas sem resposta
Há quem argumente que o governo está consciente de que precisa se comunicar de forma mais aberta, especialmente em temas relacionados à saúde pública. Mas críticos dizem que ainda há uma preocupação nada saudável por parte das autoridades de controlar a disseminação de informações.
Esta preocupação teria origem em uma crença latente de que um rígido controle das informações é essencial para a estabilidade social no país e para preservação do sistema unipartidário vigente.
Enquanto isso, a população de Harbin segue sem respostas para muitas perguntas. Não se sabe ao certo qual é a gravidade da contaminação, e não está claro quando o suprimento de água será restabelecido. E também há preocupação a respeito de comunidades nas redondezas de Harbin e Jilin que dependem do mesmo rio.
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Crise da água evidencia controle da informação na China
JILL MCGIVERINGda BBC Brasil
A crise causada pela contaminação do rio que abastece de água a cidade de Harbin levanta uma série de questões na China.
Elas se relacionam à qualidade da gestão do governo, à segurança em indústrias que operam no país e, possivelmente a mais importante de todas, à determinação das autoridades chinesas em manter o controle sobre o fluxo de informações.
Na segunda-feira, o governo de Harbin anunciou que a água estava sendo cortada na cidade para que o sistema de abastecimento da cidade sofresse uma checagem.
Ao deparar-se com informações de se tratava de contaminação causada por uma indústria, o governo disse que isso não passava de "um rumor".
No dia seguinte, porém, as autoridades municipais tiveram de admitir que o temor de contaminação pela fábrica de Jilin era o motivo real por trás da interrupção do abastecimento.
Internet
A mudança de postura foi motivada, em parte, pela publicação de ferozes críticas em sites chineses expressando a frustração de moradores que queriam respostas mais completas ou simplesmente não acreditavam na versão oficial.
Para muitos, a crise de Harbin é um exemplo clássico de uma luta pela informação que percorre toda a China, visível especialmente em temas ambientais.
O meio ambiente é uma das poucas áreas nas quais o governo chinês permitiu o surgimento de organizações não-governamentais.
Mas sua ação é restrita por exigências de que elas se registrem em agências do governo e pelo impedimento de que as ONGs tenham mais do que uma dimensão local ou, no máximo, provincial.
Perguntas sem resposta
Há quem argumente que o governo está consciente de que precisa se comunicar de forma mais aberta, especialmente em temas relacionados à saúde pública. Mas críticos dizem que ainda há uma preocupação nada saudável por parte das autoridades de controlar a disseminação de informações.
Esta preocupação teria origem em uma crença latente de que um rígido controle das informações é essencial para a estabilidade social no país e para preservação do sistema unipartidário vigente.
Enquanto isso, a população de Harbin segue sem respostas para muitas perguntas. Não se sabe ao certo qual é a gravidade da contaminação, e não está claro quando o suprimento de água será restabelecido. E também há preocupação a respeito de comunidades nas redondezas de Harbin e Jilin que dependem do mesmo rio.
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