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06/12/2005 - 16h19

Cameron pode ser o "Tony Blair" da oposição britânica

da BBC Brasil

Muita gente vê David Cameron, eleito para ser o novo líder do Partido Conservador britânico, como o Tony Blair dos conservadores, ou seja, o político que pode promover reformas capazes de levar a agremiação de volta ao poder.

Seus partidários dizem que Cameron, 39, é exatamente o tipo de político jovem, ambicioso, radical e modernizador que os conservadores precisam para recuperar a preferência dos eleitores.

Ou seja, ele seria a pessoa capaz de remodelar o Partido Conservador para os anos 2000, assim como Blair fez com o Partido Trabalhista na década de 1990.

Cameron teria até a sua própria versão de Gordon Brown, o ministro da Economia considerado o braço direito de Blair: o atual porta-voz do partido para políticas econômicas, George Osborne, de 34 anos.

Do povo

Cameron, que até agora era o porta-voz conservador para a área de educação, conseguiu criar a imagem de um renovador apesar de ter um histórico pessoal que lembra bastante o que tradicionalmente se associa a membros do Partido Conservador.

Ele é filho de um financista e estudou na escola de Eton e na Universidade de Oxford, instituições que tradicionalmente formam os integrantes das elites britânicas.

Cameron vive em uma região associada com uma ala do partido no bairro londrino de Notting Hill e tem entre seus passatempos andar a cavalo e caçar, atividades normalmente associadas a conservadores de corte tradicional.

Reportagens publicadas recentemente na imprensa britânica dão conta de que Cameron até tem um distante parentesco com a rainha Elizabeth 2ª.

Mas ele tem insistido nos últimos tempos que “o que conta não é de onde você vem, mas para onde você vai”.

Ele procura passar a imagem de um sujeito como qualquer outro, que gosta de andar de bicicleta e de rock alternativo.

Também tem dito que aprecia uma boa cerveja tradicional britânica e fuma Marlboro Lights, ainda que esteja tentando se livrar deste hábito.

Público e privado

Cameron ingressou no Partido Conservador como um integrante do departamento de pesquisas do grupo em 1988, quando tinha 22 anos.

Ele trabalhou nos Ministérios da Economia e do Interior quando os conservadores ainda estavam no poder e escreveu discursos para os primeiros-ministros Margaret Thatcher e John Major.

Em 1994, Cameron passou para a iniciativa privada, tornando-se diretor da área de comunicação corporativa da Carlton Communications, cargo que ocupou até 2001.

Naquele mesmo ano elegeu-se para o Parlamento pelo distrito de Witney, nas proximidades de Oxford.

O ingresso no gabinete paralelo do Partido Conservador ocorreu em 2004, quando assumiu a coordenação política da agremiação.
 

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