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04/01/2006 - 08h26

Brasileiros endinheirados invadem Punta del Este, diz 'La Nación'

da BBC Brasil

O balneário de Punta del Este, no Uruguai, atrai um número cada vez maior de brasileiros, dispostos a gastar grandes somas de dinheiro para se divertir, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pelo diário argentino La Nación.

Segundo o jornal, "a novidade é que não chegam apenas gaúchos de Porto Alegre ou outras cidades do Sul". "Agora também se vêem, e cada vez mais, paulistas com ânimo de passar um bom tempo e gastar sem olhar para o preço", diz a reportagem.

Um dos casos relatados pelo diário é o de Wagner Ribeiro, empresário dos jogadores Robinho e Kaká. Ele disse ao La Nación que passa o reveillón em Punta del Este há seis anos, porque “há muitas pessoas bonitas, não faz tanto calor como no Brasil e, o mais importante, há segurança” para seus filhos.

Segundo o jornal, o hotel Conrad, um dos mais caros da cidade, reservou um salão especial só para os hóspedes brasileiros em sua festa de ano novo, por causa da grande quantidade de turistas do país.

A reportagem diz ainda que os turistas brasileiros em Punta del Este gastam em média US$ 60 por dia, o dobro do que gastam os turistas argentinos. Mas, como diz o texto, “há muitos que gastam muito mais”.

Segundo uma funcionária de uma loja de roupas de grife, os brasileiros são os turistas que mais consomem em Punta del Este, “mais que os argentinos e mais que os americanos”. Ela diz que muitos compram sem perguntar o preço, e relata o caso de uma brasileira que gastou US$ 2.560 de uma só vez.

O diretor do hotel Mantra, ouvido pelo jornal, diz que neste ano o número de brasileiros no local cresceu 25%. O maître do mesmo hotel, por sua vez, afirma que “os brasileiros dão mais gorjetas e são menos exigentes do que os hóspedes argentinos”.

Fiscalização na Ponte da Amizade

A flexibilização, por parte do Brasil, dos controles policiais na Ponte da Amizade, na fronteira com o Paraguai, levaram à volta do grande movimento de sacoleiros circulando entre a cidade paraguaia de Ciudad del Este e o território brasileiro, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal paraguaio ABC Color.

Segundo o jornal, foram retirados os efetivos da Polícia Militar, “que realizavam controles rigorosos no lado brasileiro da Ponte da Amizade”, e somente a Polícia Federal e a Receita Federal mantêm seus homens no trabalho de fiscalização.

“Com a flexibilização dos controles, ontem se registrou uma interessante quantidade de compradores brasileiros nas ruas de Ciudad del Este, e muitas lojas que anunciaram que estariam fechadas até 15 de janeiro voltaram a abrir suas portas diante desta situação”, diz a reportagem.

Segundo o jornal, “os trabalhadores paraguaios, principalmente os taxistas e os moto-taxistas, haviam denunciado anteriormente todo tipo de abusos por parte dos homens da Polícia Militar, cuja função não seria precisamente realizar controles”.

“Os policiais tratavam os turistas compradores e trabalhadores paraguaios como se fossem criminosos no momento da fiscalização”, diz o texto.

Segundo o ABC Color, as autoridades brasileiras haviam indicado que a operação “Fronteira segura e blindada” seguiria por tempo indeterminado, mas o efetivo da Polícia Militar foi retirado sem aviso prévio. “Não existe uma informação oficial sobre o fim das operações ou se voltariam a realizar os controles”, diz o jornal.

Bloco das Putas

Um artigo publicado nesta quarta-feira pelo jornal britânico The Guardian, entitulado “Do bordel para o bloco”, relata a formação, no Rio de Janeiro, do grupo carnavalesco Bloco das Putas, formado por profissionais do sexo e “simpatizantes”.

“Parte de um coletivo de prostitutas, que inclui uma marca de roupas e uma escola de modelos, o Bloco das Putas quer combater o preconceito contra as acompanhantes da cidade”, diz o artigo.

Segundo o jornal, a líder do movimento, uma prostituta de São Paulo chamada Gabriela Leite, presidente da Rede Brasileira de Prostitutas, está promovendo uma espécie de “orgulho das prostitutas”.

“Finalmente estamos começando a mostrar que existimos. Somos um pouco diferentes – trabalhamos com sexo – mas existimos”, disse ela ao The Guardian.

O jornal diz que o movimento está “acostumado” à controvérsia, relatando a disputa legal de que é alvo a grife criada pelo grupo, chamada Daspu, em referência à butique Daslu, de São Paulo.

“Mas à menor referência da Daslu – um shopping-center para os super-ricos sul-americanos que abriu sua nova loja de 30 milhões de libras (R$ 122 milhões) em junho – as ‘putas’ caem na gargalhada. A dona da butique de São Paulo está sendo investigada por fraude, elas observam, e eles querem nos processar?”, diz o artigo.

“Além disso, as próprias ‘putas’ parecem contar com a disputa para ganhar visibilidade. E tudo o que os advogados da Daslu fizeram, elas dizem, foi ajudá-las com isso”, conclui o Guardian.
 

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