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04/01/2006
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11h10
Os procedimentos de atendimento a vítimas de paradas cardíacas em hospitais e clínicas não deveriam seguir um padrão fixo, mas ser adaptados a cada paciente, indica um estudo do Registro Nacional de Ressuscitação Cardiopulmonar dos Estados Unidos.
A pesquisa americana analisou os dados de 38 mil pacientes atendidos em hospitais com parada cardíaca e descobriu que a maior parte delas era, provavelmente, mais associadas a problemas de respiração do que de arritmia cardíaca.
"Os nossos resultados indicam que os funcionários de hospitais têm que adaptar os procedimentos de ressuscitação cuidadosamente à situação de cada paciente e não seguir um protocolo padrão", afirmou Vinay Nadkarni, que liderou a equipe de pesquisadores.
No entanto, segundo o estudo conduzido por Nadkarni e publicado na revista especializada Journal of American Medical Association, a maior parte dos hospitais parte do pressuposto que o problema tem como causa arritmia.
CPR
A técnica conhecida como CPR ou ressuscitação cardiopulmonar utiliza tanto técnicas de respiração como massagem cardíaca para tratar paradas cardíacas.
Isso acontece porque a maior parte das paradas cardíacas que acontecem fora dos hospitais realmente tem como causa arritmia, que pode impedir a chegada do sangue ao coração.
No entanto, o novo estudo indica que falhas respiratórias progressivas e choque são as causas mais comuns das paradas cardíacas dentro dos hospitais.
O doutor Nadkarni ressalta que o estudo mostra que, apesar de raros, também existem casos de arritmia em crianças.
A equipe descobriu que em 880 crianças analisadas, uma em quatro sofreram arritmia em algum momento de suas vidas.
Crianças
Os resultados também indicam que crianças têm mais probabilidades de sobreviver, sendo que 27% delas acabam tendo alta do hospital, em comparação com uma alta de apenas 18% dos adultos.
"Essas taxas de sobrevivência em paradas cardíacas são muito melhores do que as registradas fora dos hospitais", afirmou o doutor Nadkarni.
Para o médico, isso mostra que as técnicas de CPR podem ter mais sucesso do que muitos especialistas costumam acreditar.
Mesmo assim, as conclusões da pesquisa não surpreenderam o professor Peter Weissberg, diretor-médico da Fundação Britânica do Coração.
Ele ressalta, porém, a importância do estudo já que essa área seria "difícil" de ser pesquisada.
"Não é muito surpreendente que paradas em hospitais tenham causas diferentes do que as que acontecem fora deles, já que os hospitais lidam com uma população inerentemente doente, que freqüentemente tem problemas múltiplos", afirmou Weissberg.
Socorro cardíaco deve ser feito sob medida, diz estudo
da BBC BrasilOs procedimentos de atendimento a vítimas de paradas cardíacas em hospitais e clínicas não deveriam seguir um padrão fixo, mas ser adaptados a cada paciente, indica um estudo do Registro Nacional de Ressuscitação Cardiopulmonar dos Estados Unidos.
A pesquisa americana analisou os dados de 38 mil pacientes atendidos em hospitais com parada cardíaca e descobriu que a maior parte delas era, provavelmente, mais associadas a problemas de respiração do que de arritmia cardíaca.
"Os nossos resultados indicam que os funcionários de hospitais têm que adaptar os procedimentos de ressuscitação cuidadosamente à situação de cada paciente e não seguir um protocolo padrão", afirmou Vinay Nadkarni, que liderou a equipe de pesquisadores.
No entanto, segundo o estudo conduzido por Nadkarni e publicado na revista especializada Journal of American Medical Association, a maior parte dos hospitais parte do pressuposto que o problema tem como causa arritmia.
CPR
A técnica conhecida como CPR ou ressuscitação cardiopulmonar utiliza tanto técnicas de respiração como massagem cardíaca para tratar paradas cardíacas.
Isso acontece porque a maior parte das paradas cardíacas que acontecem fora dos hospitais realmente tem como causa arritmia, que pode impedir a chegada do sangue ao coração.
No entanto, o novo estudo indica que falhas respiratórias progressivas e choque são as causas mais comuns das paradas cardíacas dentro dos hospitais.
O doutor Nadkarni ressalta que o estudo mostra que, apesar de raros, também existem casos de arritmia em crianças.
A equipe descobriu que em 880 crianças analisadas, uma em quatro sofreram arritmia em algum momento de suas vidas.
Crianças
Os resultados também indicam que crianças têm mais probabilidades de sobreviver, sendo que 27% delas acabam tendo alta do hospital, em comparação com uma alta de apenas 18% dos adultos.
"Essas taxas de sobrevivência em paradas cardíacas são muito melhores do que as registradas fora dos hospitais", afirmou o doutor Nadkarni.
Para o médico, isso mostra que as técnicas de CPR podem ter mais sucesso do que muitos especialistas costumam acreditar.
Mesmo assim, as conclusões da pesquisa não surpreenderam o professor Peter Weissberg, diretor-médico da Fundação Britânica do Coração.
Ele ressalta, porém, a importância do estudo já que essa área seria "difícil" de ser pesquisada.
"Não é muito surpreendente que paradas em hospitais tenham causas diferentes do que as que acontecem fora deles, já que os hospitais lidam com uma população inerentemente doente, que freqüentemente tem problemas múltiplos", afirmou Weissberg.
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