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14/01/2006
-
09h28
da BBC Brasil, em Santiago
Na contagem regressiva para o segundo turno das eleições presidenciais deste domingo, a tensão dominou a relação entre o governo e a oposição no Chile.
Na noite desta sexta-feira, o porta-voz do Palácio presidencial de La Moneda, Osvaldo Pucio, acusou o candidato da oposição, Sebastián Piñera, de desrespeitar a lei eleitoral, a menos de quarenta e oito horas do pleito.
Ele lembrou que a campanha eleitoral terminou, oficialmente, na quinta-feira à noite.
O porta-voz do governo do presidente Ricardo Lagos disse que Piñera errou ao abrir o comitê de campanha, durante a tarde de sexta-feira, e ao ter permitido uma entrevista de seus principais assessores com a imprensa chilena.
Ele disse que o assunto será analisado pela Justiça Eleitoral, mas não explicou que implicações a possível irregularidade geraria.
"Empate"
No encontro com a imprensa, o ex-prefeito de Santiago, Joaquín Lavín, derrotado no primeiro turno e chefe de campanha de Piñera nesta etapa eleitoral, afirmou: "Existe um empate técnico entre os dois candidatos, segundo as diferentes pesquisas de opinião".
Lavín, da UDI, partido que apoiou o ex-ditador Augusto Pinochet, disse ainda que a contagem do resultado vai ser "voto a voto".
As declarações foram reproduzidas pelas principais emissoras de rádio do país, como a Cooperativa. Juntos, eles formam a Alianza, frente de direita.
As disputas públicas tinham começado um pouco antes. Piñera, da Renovação Nacional, acusou a administração do presidente Ricardo Lagos de "intervir" na campanha da candidata da situação, a socialista Michelle Bachelet. Foi numa entrevista ao jornal "La Segunda".
O senador Adolfo Zaldívar, presidente da Democracia Cristiana, partido que integra com o socialismo a coalizão de governo, reagiu, pedindo provas da acusação.
Num dia de sol forte, poucos cartazes dos dois presenciáveis estiveram expostos quando falta pouco para o pleito.
Bachelet se reuniu com artistas espanhóis, na biblioteca nacional, e voltou a dizer que governará para "todos os chilenos".
Piñera escutou as moradoras de um bairro de Santiago, numa eleição na qual, segundo as diferentes pesquisas de opinião, o voto feminino pode ser decisivo.
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Governo e oposição trocam acusações no Chile
MARCIA CARMOda BBC Brasil, em Santiago
Na contagem regressiva para o segundo turno das eleições presidenciais deste domingo, a tensão dominou a relação entre o governo e a oposição no Chile.
Na noite desta sexta-feira, o porta-voz do Palácio presidencial de La Moneda, Osvaldo Pucio, acusou o candidato da oposição, Sebastián Piñera, de desrespeitar a lei eleitoral, a menos de quarenta e oito horas do pleito.
Ele lembrou que a campanha eleitoral terminou, oficialmente, na quinta-feira à noite.
O porta-voz do governo do presidente Ricardo Lagos disse que Piñera errou ao abrir o comitê de campanha, durante a tarde de sexta-feira, e ao ter permitido uma entrevista de seus principais assessores com a imprensa chilena.
Ele disse que o assunto será analisado pela Justiça Eleitoral, mas não explicou que implicações a possível irregularidade geraria.
"Empate"
No encontro com a imprensa, o ex-prefeito de Santiago, Joaquín Lavín, derrotado no primeiro turno e chefe de campanha de Piñera nesta etapa eleitoral, afirmou: "Existe um empate técnico entre os dois candidatos, segundo as diferentes pesquisas de opinião".
Lavín, da UDI, partido que apoiou o ex-ditador Augusto Pinochet, disse ainda que a contagem do resultado vai ser "voto a voto".
As declarações foram reproduzidas pelas principais emissoras de rádio do país, como a Cooperativa. Juntos, eles formam a Alianza, frente de direita.
As disputas públicas tinham começado um pouco antes. Piñera, da Renovação Nacional, acusou a administração do presidente Ricardo Lagos de "intervir" na campanha da candidata da situação, a socialista Michelle Bachelet. Foi numa entrevista ao jornal "La Segunda".
O senador Adolfo Zaldívar, presidente da Democracia Cristiana, partido que integra com o socialismo a coalizão de governo, reagiu, pedindo provas da acusação.
Num dia de sol forte, poucos cartazes dos dois presenciáveis estiveram expostos quando falta pouco para o pleito.
Bachelet se reuniu com artistas espanhóis, na biblioteca nacional, e voltou a dizer que governará para "todos os chilenos".
Piñera escutou as moradoras de um bairro de Santiago, numa eleição na qual, segundo as diferentes pesquisas de opinião, o voto feminino pode ser decisivo.
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