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15/01/2006
-
13h21
da BBC Brasil, em Santiago
Os presidenciáveis Michelle Bachelet e Sebastián Piñera pediram aos chilenos que votem com sua "consciência" e afirmaram que vão vencer o segundo turno das eleições deste domingo.
Em meio ao empurra-empurra de jornalistas estrangeiros e eleitores que gritavam "se sente, se sente, Bachelet presidente", a candidata da situação disse: "O Chile é um país maduro. Um país sério. É um dia de festa democrática. À noite saberemos quem será, presidente ou presidenta, que governará a partir de março".
Para a socialista Bachelet, um dia em que "todos são iguais e podem escolher, livremente, quem governará o país" pelos próximos quatro anos.
Por sua vez, o empresário Sebastián Piñera, candidato da Alianza, frente de direita, voltou a acusar o governo de intervir no processo eleitoral para favorecer a candidata da Concertación, a frente governista de centro-esquerda: "Graças a Deus, a última palavra é do povo e ninguém pode pressionar o eleitor na urna".
Jeep branco
Voz tranqüila, sorridente, mais magra, cabelos levemente mais curtos e mais claros, a ex-ministra da saúde e da Defesa do governo do atual presidente Ricardo Lagos, será a primeira presidente do Chile, caso as urnas confirmem as diferentes pesquisas de opinião.
Segundo analistas e de acordo com os levantamentos, o resultado seria mais apertado do que o esperado no início da campanha eleitoral, há pouco mais de um ano.
Os jornais chilenos deste domingo informam que este índice poderia ficar entre 3% e 5% e Bachelet receberia cerca de 53% dos votos contra aproximadamente 47% do empresário milionário Sebastián Piñera.
Como no primeiro turno, quando recebeu mais de 40% dos votos, Bachelet chegou ao local de votação acompanhada da mãe, Ângela Jeria, de 79 anos, e da filha Sofia, de 12 anos.
"Cuidado com a minha filha", pediu, em meio à confusão de fotógrafos e cinegrafistas da imprensa estrangeira. "Sou otimista e acho que chegaremos ao La Moneda".
Vestida de branco, a candidata socialista chegou ao colégio Verbo Divino, no bairro nobre da Providência, dirigindo o próprio carro, um jeep branco.
Noite de domingo
No local de votação, destinado apenas ao eleitorado feminino, já que no Chile as urnas são separadas para homens e mulheres, ela ainda ouviu algumas eleitoras gritarem o nome do seu adversário nesta disputa eleitoral:
"Se sente, se sente Piñera presidente".
Pouco antes de sair de casa para votar, Bachelet falou à emissora TVN do Chile, na varanda de sua casa.
Ela reiterou que uma de suas prioridades será, caso eleita, combater a injustiça social.
A concentração de renda ainda é uma das maiores preocupações tanto da esquerda quanto da direita, apesar da expansão econômica do país.
E quando perguntada se esse era o dia mais importante de sua vida, respondeu: "É um dia importante, sem dúvida, mas os dias mais importantes foram quando nasceram meus filhos”.
Declarações como essas conquistaram, segundo analistas, principalmente, o eleitorado feminino, que é cerca de 5% superior que o masculino, neste país de quinze milhões de habitantes e oito milhões e duzentos mil eleitores.
Uma hora depois de Bachelet, mãe de três filhos, votar, Piñera chegou a outro ponto da cidade, no Instituto Superior de Comércio, onde, também sorridente, e ao lado da mulher, Cecília, voltou a atacar o governo Lagos.
"Vimos interferências absurdas, mas apesar disso o povo é quem decidirá e terá a ultima palavra".
A expectativa é de que o resultado oficial será divulgado pelo Ministério do Interior, na noite deste domingo.
O eleito receberá o cargo no dia 11 de março para um mandato de quatro anos, dois a menos que o atual, após reformas na constituição.
Chile vai às urnas escolher o novo presidente
MARCIA CARMOda BBC Brasil, em Santiago
Os presidenciáveis Michelle Bachelet e Sebastián Piñera pediram aos chilenos que votem com sua "consciência" e afirmaram que vão vencer o segundo turno das eleições deste domingo.
Em meio ao empurra-empurra de jornalistas estrangeiros e eleitores que gritavam "se sente, se sente, Bachelet presidente", a candidata da situação disse: "O Chile é um país maduro. Um país sério. É um dia de festa democrática. À noite saberemos quem será, presidente ou presidenta, que governará a partir de março".
Para a socialista Bachelet, um dia em que "todos são iguais e podem escolher, livremente, quem governará o país" pelos próximos quatro anos.
Por sua vez, o empresário Sebastián Piñera, candidato da Alianza, frente de direita, voltou a acusar o governo de intervir no processo eleitoral para favorecer a candidata da Concertación, a frente governista de centro-esquerda: "Graças a Deus, a última palavra é do povo e ninguém pode pressionar o eleitor na urna".
Jeep branco
Voz tranqüila, sorridente, mais magra, cabelos levemente mais curtos e mais claros, a ex-ministra da saúde e da Defesa do governo do atual presidente Ricardo Lagos, será a primeira presidente do Chile, caso as urnas confirmem as diferentes pesquisas de opinião.
Segundo analistas e de acordo com os levantamentos, o resultado seria mais apertado do que o esperado no início da campanha eleitoral, há pouco mais de um ano.
Os jornais chilenos deste domingo informam que este índice poderia ficar entre 3% e 5% e Bachelet receberia cerca de 53% dos votos contra aproximadamente 47% do empresário milionário Sebastián Piñera.
Como no primeiro turno, quando recebeu mais de 40% dos votos, Bachelet chegou ao local de votação acompanhada da mãe, Ângela Jeria, de 79 anos, e da filha Sofia, de 12 anos.
"Cuidado com a minha filha", pediu, em meio à confusão de fotógrafos e cinegrafistas da imprensa estrangeira. "Sou otimista e acho que chegaremos ao La Moneda".
Vestida de branco, a candidata socialista chegou ao colégio Verbo Divino, no bairro nobre da Providência, dirigindo o próprio carro, um jeep branco.
Noite de domingo
No local de votação, destinado apenas ao eleitorado feminino, já que no Chile as urnas são separadas para homens e mulheres, ela ainda ouviu algumas eleitoras gritarem o nome do seu adversário nesta disputa eleitoral:
"Se sente, se sente Piñera presidente".
Pouco antes de sair de casa para votar, Bachelet falou à emissora TVN do Chile, na varanda de sua casa.
Ela reiterou que uma de suas prioridades será, caso eleita, combater a injustiça social.
A concentração de renda ainda é uma das maiores preocupações tanto da esquerda quanto da direita, apesar da expansão econômica do país.
E quando perguntada se esse era o dia mais importante de sua vida, respondeu: "É um dia importante, sem dúvida, mas os dias mais importantes foram quando nasceram meus filhos”.
Declarações como essas conquistaram, segundo analistas, principalmente, o eleitorado feminino, que é cerca de 5% superior que o masculino, neste país de quinze milhões de habitantes e oito milhões e duzentos mil eleitores.
Uma hora depois de Bachelet, mãe de três filhos, votar, Piñera chegou a outro ponto da cidade, no Instituto Superior de Comércio, onde, também sorridente, e ao lado da mulher, Cecília, voltou a atacar o governo Lagos.
"Vimos interferências absurdas, mas apesar disso o povo é quem decidirá e terá a ultima palavra".
A expectativa é de que o resultado oficial será divulgado pelo Ministério do Interior, na noite deste domingo.
O eleito receberá o cargo no dia 11 de março para um mandato de quatro anos, dois a menos que o atual, após reformas na constituição.
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