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17/01/2006 - 03h57

Bachelet promete "democracia participativa"

MARCIA CARMO
da BBC Brasil, em Santiago

A presidente eleita do Chile, Michelle Bachelet, disse que fará um novo estilo de governo com "democracia participativa".

Mais diálogo, informou, com diferentes setores para tentar encontrar soluções para problemas como a concentração de renda.

Numa rápida entrevista à imprensa estrangeira, nesta segunda-feira, a médica, ex-ministra da Saúde e da Defesa, de 54 anos, afirmou que o Chile vive um momento histórico.

"Nós vamos manter a estabilidade política e econômica, mas eu desejo que tenhamos uma economia desenvolvida, mas também solidária", disse.

Bachelet não explicou como pretende colocar suas idéias em prática e limitou-se a informar que adotará políticas públicas mais intensas, com atenção especial à educação e à busca, como ressaltou, de justiça social.

"Por isso, eu digo que as pessoas não podem ter só voto, mas também voz. Somente com o diálogo com os diferentes setores vamos encontrar medidas equilibradas e satisfatórias para todas".

Primeiro dia

No seu primeiro dia como presidente eleita, ela confirmou que pretende estabelecer uma relação mais intensa com os países da América Latina.

"A melhor coisa que pode acontecer ao Chile é que os países vizinhos estejam bem. E a minha defesa será sempre por mais e mais integração".

Quando perguntada por um jornalista mexicano sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e o Mercosul, ela defendeu a criação da Alca.

No entanto, disse que cada país deve ter seu próprio tempo para entrar na Alca, integração que ela considera importante para gerar empregos.

Para Bachelet, Mercosul e Alca não são idéias diferentes. Na sua opinião, foram feitos para "somar". Mas omo o Chile tem uma abertura de mercado mais intensa, com tarifas mais baixas do que o bloco, ela disse que seu país vai preferir manter-se como sócio e não como mebro pleno do Mercosul.

Quando perguntada sobre a relação com a Bolívia, que há décadas pede ao Chile o acesso ao mar, Bachelet outra vez disse que estará aberta ao diálogo. Mas, ressaltou, sempre dentro das regras chilenas e internacionais.

"Vamos levar em conta as regras do Chile, até porque cada presidente defende primeiro os interesses do seu próprio país".

A presidente eleita do Chile disse que também tem "grande afeto pelo presidente Lula e pelo Brasil" e espera ter boas relações com o país.

Como prova de seu interesse pelo Brasil, ela contou que aprendeu português.

Ela contou que Luiz Inácio Lula da Silva telefonou na manhã desta segunda-feira quando estava reunida com o atual presidente Ricardo Lagos e não pode atendê-lo, mas prometeu que ia telefonar de volta ainda nesta segunda-feira.
 

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