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18/01/2006 - 15h04

Nasa só lançará sonda para Plutão na quinta

PAUL RINCON
da BBC Brasil

A Nasa, a agência espacial americana, adiou novamente nesta quarta-feira o lançamento da sonda New Horizons (Novos Horizontes) com destino a Plutão.

A próxima janela de oportunidade para colocar a sonda no espaço começa às 13h08 (hora local, 16h08 em Brasília) na quinta-feira, quando nova tentativa será feita.

O foguete Atlas 5, transportando a sonda, estava programado para ser lançado às 13h16 horário local (16h16, horário de Brasília).

Mas uma tempestade em Laurel, no Estado de Maryland, provocou queda de energia no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, que gerencia a missão espacial.

O lançamento estava marcado inicialmente para terça-feira, quando foi cancelado sete vezes por causa de rajadas de vento em Cabo Canaveral, na Flórida.

A sonda tem o tamanho de um piano e Plutão é o único planeta ainda inexplorado do Sistema Solar.

Cinturão

Apesar de ser a sonda mais rápida já construída, ela vai demorar nove anos para chegar ao seu destino.

A Nasa tem até o dia 14 de fevereiro para lançar a sonda, mas se não conseguir faze-lo até o dia 3 de fevereiro, a viagem da sonda pode ser ampliada por cinco anos - aumentando as chances de fracasso da missão.

A New Horizons custou US$ 700 milhões (R$ 1,6 bilhão) e vai colher informações sobre Plutão e suas luas, antes de, como se espera, passar a explorar outros objetos fora do sistema solar.

Os cientistas estão torcendo para que ela consiga explorar os objetos gelados que existem na região do espaço conhecida como Cinturão de Kuiper, que fica para além de Netuno.

Esta região concentra dezenas de milhares de pedaços de gelo espalhados em uma distância correspondente a entre 30 e 50 vezes a que separa a Terra do Sol.




Alguns astrônomos dizem que Plutão não é um planeta e deveria ser classificado junto com estes corpos gelados.

Origens

Stephen Lowry, da Universidade Queen’s, em Belfast, acredita que os cientistas podem aprender muito sobre Plutão e suas luas graças à sonda.

“Diferenças dramáticas nas superfícies podem indicar que o sistema não se formou como resultado de uma única colisão”, diz ele.

“Talvez alguns dos seus menores membros sejam objetos capturados gravitacionalmente.”

O plano da Nasa é utilizar a gravidade de Júpiter para dar um impulso extra à sonda em sua viagem a Plutão.

Caso a estratégia funcione, a New Horizons deve chegar ao seu destino em 2015.

A sonda deve sobrevoar Netuno e sua maior lua, Charon, no mesmo dia. Ela está equipada com sete aparelhos especiais para colher informações sobre a atmosfera de Plutão e fazer um mapeamento detalhado das superfícies dos dois astros.

Ela também vai fotografar duas luas menores cuja descoberta foi anunciada em novembro passado e averiguar se há anéis em volta de Plutão.

Os cientistas acreditam que o estudo do cinturão pode ajudar a entender melhor as origens do Sistema Solar, pois a região possui fragmentos que datam da sua formação.

“Ele nos proporciona uma janela para 4,5 bilhões de anos atrás a fim de observar as condições que levaram à formação dos planetas gigantes”, diz Alan Sterna, do Instituto de Pesquisas do Sudoeste, no Colorado, investigador principal da missão.
 

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