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26/01/2006
-
16h54
Mais da metade da população britânica não aceita a teoria da evolução, segundo uma pesquisa encomendada pelo programa Horizon, da BBC.
Além disso, mais de 40% dos entrevistados acreditam que o criacionismo, ou o chamado "projeto inteligente" deveriam ser ensinados nas aulas de ciências das escolas.
A pesquisa foi conduzida pelo Instituto MORI e entrevistou 2000 pessoas.
Os pesquisadores perguntaram aos entrevistados o que melhor descrevia sua visão da origem e desenvolvimento da vida, ao que 22% responderam criacionismo, 17% optaram pelo desenho inteligente, 48% escolheram a teoria da evolução, de Charles Darwin, e o resto não soube o que responder.
O projeto inteligente é o conceito de que algumas criaturas têm características tão complexas que sua existência é melhor explicada por um "projeto inteligente" do que pela seleção natural.
Educação em cheque
"Acredito que esta pesquisa represente nossa primeira introdução à visão do público britânico sobre a questão", comentou Andrew Cohen, editor do Horizon, que prepara o programa Guerra contra a Ciência.
"Muitas pessoas esperavam que o público optasse pela teoria da evolução, mas muita gente parece acreditar em uma teoria alternativa para a origem da vida."
Ao responder qual das três teorias preferiam, os entrevistados também respondiam qual delas queriam ver ensinada nas escolas britânicas.
Quarenta e quatro por cento optou pelo criacionismo, 41% votou pelo projeto inteligente e 69% defenderam que a teoria darwinista permaneça no curriculo escolar.
Os entrevistados com mais de 55 anos de idade foram os menos propensos a escolher a teoria da evolução em detrimento das outras.
"Isso realmente diz algo sobre o papel da educação científica nesse país e nos faz questionar como vamos ensinar a teoria da evolução", acrescentou Cohen.
As conclusões causaram surpresas em meio à comunidade científica.
Lorde Martin Rees, presidente da Royal Society, disse que "é surpreendente que muitos ainda sejam céticos em relação à teoria de Darwin. Darwin propôs sua teoria quase 150 anos atrás, e ela agora é embasada por grande quantidade de evidências".
"Nós somos, no entanto, sortudos em comparação com os Estados Unidos, já que nenhum grande segmento de grupos religiosos ou culturais britânicos se opõem a que a teoria da evolução seja incluída no currículo escolar."
Nos Estados Unidos, um tribunal recentemente determinou que o movimento do projeto inteligente é motivado por um desejo de introduzir Deus na sala de aula, depois que os pais de alunos de uma escola da Pensilvânia abriram processo contra a direção, exigindo que a escola não ensinasse a teoria da evolução como um fato.
Metade dos britânicos não aceita teoria da evolução
da BBC BrasilMais da metade da população britânica não aceita a teoria da evolução, segundo uma pesquisa encomendada pelo programa Horizon, da BBC.
Além disso, mais de 40% dos entrevistados acreditam que o criacionismo, ou o chamado "projeto inteligente" deveriam ser ensinados nas aulas de ciências das escolas.
A pesquisa foi conduzida pelo Instituto MORI e entrevistou 2000 pessoas.
Os pesquisadores perguntaram aos entrevistados o que melhor descrevia sua visão da origem e desenvolvimento da vida, ao que 22% responderam criacionismo, 17% optaram pelo desenho inteligente, 48% escolheram a teoria da evolução, de Charles Darwin, e o resto não soube o que responder.
O projeto inteligente é o conceito de que algumas criaturas têm características tão complexas que sua existência é melhor explicada por um "projeto inteligente" do que pela seleção natural.
Educação em cheque
"Acredito que esta pesquisa represente nossa primeira introdução à visão do público britânico sobre a questão", comentou Andrew Cohen, editor do Horizon, que prepara o programa Guerra contra a Ciência.
"Muitas pessoas esperavam que o público optasse pela teoria da evolução, mas muita gente parece acreditar em uma teoria alternativa para a origem da vida."
Ao responder qual das três teorias preferiam, os entrevistados também respondiam qual delas queriam ver ensinada nas escolas britânicas.
Quarenta e quatro por cento optou pelo criacionismo, 41% votou pelo projeto inteligente e 69% defenderam que a teoria darwinista permaneça no curriculo escolar.
Os entrevistados com mais de 55 anos de idade foram os menos propensos a escolher a teoria da evolução em detrimento das outras.
"Isso realmente diz algo sobre o papel da educação científica nesse país e nos faz questionar como vamos ensinar a teoria da evolução", acrescentou Cohen.
As conclusões causaram surpresas em meio à comunidade científica.
Lorde Martin Rees, presidente da Royal Society, disse que "é surpreendente que muitos ainda sejam céticos em relação à teoria de Darwin. Darwin propôs sua teoria quase 150 anos atrás, e ela agora é embasada por grande quantidade de evidências".
"Nós somos, no entanto, sortudos em comparação com os Estados Unidos, já que nenhum grande segmento de grupos religiosos ou culturais britânicos se opõem a que a teoria da evolução seja incluída no currículo escolar."
Nos Estados Unidos, um tribunal recentemente determinou que o movimento do projeto inteligente é motivado por um desejo de introduzir Deus na sala de aula, depois que os pais de alunos de uma escola da Pensilvânia abriram processo contra a direção, exigindo que a escola não ensinasse a teoria da evolução como um fato.
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