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31/01/2006
-
23h34
da BBC Brasil, em Washington
O presidente americano, George W. Bush, vai reafirmar, no discurso do Estado da União que faz nesta terça-feira, a intenção dos Estados Unidos de "liderar os eventos no mundo".
"No exterior, nossa nação está comprometida com um objetivo histórico, de longo prazo: nós buscamos o fim da tirania no mundo. A segurança dos Estados Unidos no futuro depende disto", vai dizer o presidente, de acordo com um documento com trechos do discurso divulgado pela Casa Branca poucas horas antes.
O discurso do Estado da União é tradicionalmente apresentado no fim de janeiro. Pela Constituição, o presidente é obrigado a apresentar, uma vez por ano, um relatório ao Congresso da situação do país e dos planos de governo.
Nas últimas décadas, acabou virando tradição um discurso lido pelo presidente, no plenário do Senado, presenciado por convidados especiais e transmitido ao vivo pelas emissoras de televisão. O deste ano acontece às 21 horas de Washington (meia-noite de Brasília).
"Não podemos abandonar nossos compromissos e recuar para nossas fronteiras. Se deixarmos quem nos ataca em paz eles não vão nos deixar. Vão simplesmente mudar o campo de batalha para nossa própria costa", diz o discurso.
O presidente já disse várias vezes, em outros discursos, que "é preciso combater os terroristas onde eles estão para que eles não venham até nós".
Liderança econômica
No pronunciamento desta terça-feira, Bush também vai defender que o país continue liderando o mundo na economia. "Vamos escolher construir nossa prosperidade através da liderança da economia mundial. Ou então nos fecharmos para o comércio e as oportunidades", diz o discurso.
Bush também vai falar sobre a importância de um mão-de-obra qualificada para competir com novos gigantes econômicos como Índia e China, reduzir a dependência do país do petróleo com o desenvolvimento de novas fontes de energia renováveis e depender reformas no sistema de saúde.
De acordo com assessores do presidente, o discurso vai abordar assuntos que dizem respeito diretamente à vida dos americanos. O discurso foi escrito e reescrito várias vezes nos últimos dias e nesta terça-feira à tarde já tinha mais de 30 versões.
Bush faz seu quinto discurso do Estado da União num momento de baixa popularidade, em torno de 42% na maioria das pesquisas. Os ex-presidentes Ronald Reagan e Bill Clinton tinham aprovação em torno de 60% no segundo ano do segundo mandato.
O próprio Bush, há um ano, já com os problemas do Iraque mas com o cacife elevado pela reeleição recente, tinha índice de aprovação em torno de 50%.
No ano passado, o presidente conseguiu aumentar sua popularidade depois do discurso. De acordo com o instituto de pesquisas Gallup, o índice de aprovação aumentou de 51% em meados de janeiro para 57% no início de fevereiro.
Mas uma análise dos índices antes e depois de outros discursos mostra que normalmente a popularidade do presidente permanece inalterada - como aconteceu com Bush nos outros três anos anteriores.
No ano passado, a promessa de liberdade e democracia no Oriente Médio e as reformas na Previdência e nas leis de imigração foram os principais assuntos.
Bush fez vários discursos sobre a necessidade de reformar o sistema de aposentadorias, mas a principal proposta, de privatização parcial das contas, foi recebida com críticas e ceticismo não apenas da oposição mas também de congressistas republicanos.
O mesmo acontece com as mudanças na lei de imigração, que enfrenta resistências principalmente do partido do presidente.
Depois de dedicar vários discursos ao assunto, o presidente acabou deixando-o de lado e envolvendo-se no segundo semestre com problemas mais urgentes como o furacão Katrina e mais recentemente a explicação sobre a autorização para escuta telefônica sem permissão expressa da Justiça.
Bush vai prometer manter os EUA na liderança no mundo
DENIZE BACOCCINAda BBC Brasil, em Washington
O presidente americano, George W. Bush, vai reafirmar, no discurso do Estado da União que faz nesta terça-feira, a intenção dos Estados Unidos de "liderar os eventos no mundo".
"No exterior, nossa nação está comprometida com um objetivo histórico, de longo prazo: nós buscamos o fim da tirania no mundo. A segurança dos Estados Unidos no futuro depende disto", vai dizer o presidente, de acordo com um documento com trechos do discurso divulgado pela Casa Branca poucas horas antes.
O discurso do Estado da União é tradicionalmente apresentado no fim de janeiro. Pela Constituição, o presidente é obrigado a apresentar, uma vez por ano, um relatório ao Congresso da situação do país e dos planos de governo.
Nas últimas décadas, acabou virando tradição um discurso lido pelo presidente, no plenário do Senado, presenciado por convidados especiais e transmitido ao vivo pelas emissoras de televisão. O deste ano acontece às 21 horas de Washington (meia-noite de Brasília).
"Não podemos abandonar nossos compromissos e recuar para nossas fronteiras. Se deixarmos quem nos ataca em paz eles não vão nos deixar. Vão simplesmente mudar o campo de batalha para nossa própria costa", diz o discurso.
O presidente já disse várias vezes, em outros discursos, que "é preciso combater os terroristas onde eles estão para que eles não venham até nós".
Liderança econômica
No pronunciamento desta terça-feira, Bush também vai defender que o país continue liderando o mundo na economia. "Vamos escolher construir nossa prosperidade através da liderança da economia mundial. Ou então nos fecharmos para o comércio e as oportunidades", diz o discurso.
Bush também vai falar sobre a importância de um mão-de-obra qualificada para competir com novos gigantes econômicos como Índia e China, reduzir a dependência do país do petróleo com o desenvolvimento de novas fontes de energia renováveis e depender reformas no sistema de saúde.
De acordo com assessores do presidente, o discurso vai abordar assuntos que dizem respeito diretamente à vida dos americanos. O discurso foi escrito e reescrito várias vezes nos últimos dias e nesta terça-feira à tarde já tinha mais de 30 versões.
Bush faz seu quinto discurso do Estado da União num momento de baixa popularidade, em torno de 42% na maioria das pesquisas. Os ex-presidentes Ronald Reagan e Bill Clinton tinham aprovação em torno de 60% no segundo ano do segundo mandato.
O próprio Bush, há um ano, já com os problemas do Iraque mas com o cacife elevado pela reeleição recente, tinha índice de aprovação em torno de 50%.
No ano passado, o presidente conseguiu aumentar sua popularidade depois do discurso. De acordo com o instituto de pesquisas Gallup, o índice de aprovação aumentou de 51% em meados de janeiro para 57% no início de fevereiro.
Mas uma análise dos índices antes e depois de outros discursos mostra que normalmente a popularidade do presidente permanece inalterada - como aconteceu com Bush nos outros três anos anteriores.
No ano passado, a promessa de liberdade e democracia no Oriente Médio e as reformas na Previdência e nas leis de imigração foram os principais assuntos.
Bush fez vários discursos sobre a necessidade de reformar o sistema de aposentadorias, mas a principal proposta, de privatização parcial das contas, foi recebida com críticas e ceticismo não apenas da oposição mas também de congressistas republicanos.
O mesmo acontece com as mudanças na lei de imigração, que enfrenta resistências principalmente do partido do presidente.
Depois de dedicar vários discursos ao assunto, o presidente acabou deixando-o de lado e envolvendo-se no segundo semestre com problemas mais urgentes como o furacão Katrina e mais recentemente a explicação sobre a autorização para escuta telefônica sem permissão expressa da Justiça.
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