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16/02/2006 - 07h23

Lições do Brooklyn

da BBC Brasil

O Centro de Detenção Federal em Brooklyn - o Metropolitan Detention Center, conhecido pela iniciais M.D.C. - é uma das prisões mais fechadas dos Estados Unidos.

Seus críticos se referem a ela como Abu Ghraib de Brooklyn.

As informações sobre a prisão chegam à imprensa pelos ex-prisioneiros ou advogados que estão envolvidos em processos contra o Centro de Detenção.

Baseado em doze entrevistas de detentos o jornal Daily News, de Nova York, esta semana revelou violências, humilhações, abusos de diretos humanos no M.D.C.

Israelenses

Entre os grupos que estão processando a prisão há cinco israelenses que foram presos por problemas de vistos vencidos.

Eles trabalhavam com mudanças em Nova Jersey e, logo depois do ataque ao World Trade Center, estavam posando para fotos, rindo e com gestos debochados, com as torres queimando atrás deles. Depois de dois meses em Brooklyn foram deportados.

O processo dos cinco israelenses e as acusações de abusos físicos e verbais são quase idênticos ao de um grupo de muçulmanos que está representado pelo Center for Constitutional Rights, de Nova York.

A advogada responsável pela defesa dos muçulmanos é uma judia, Rachel Meeropol, neta do casal Julius e Ethel Rosenberg, que morreu na cadeira elétrica na prisão de Sing Sing, condenado por espionagem e pela venda do segredo da bomba atômica para a União Soviética.

Numa recente entrevista, Rachel disse que "os tipos de tortura, métodos de interrogação e detenções arbitrárias associadas a Guantánamo e Abu Ghraib na realidade começaram em Brooklyn".

Rachel Meeropol, através do Center for Constitutional Rights, abriu o próprio processo contra governo, a quem acusa de usar a National Security Agency para espionar as relações dela com seus clientes muçulmanos. A neta do mais famoso espião americano hoje se sente vítima de espionagem.

Rachel vem de uma linhagem de contestadores. Quando o casal Rosenberg morreu eletrocutado, em 53, o filho Robert, na época com seis anos e futuro pai de Rachel, foi adotado por Abel Meeropol, autor de Strange Fruit, a mais famosa e contudente música contra os linchamentos de negros no sul dos Estados Unidos.
 

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