Publicidade
Publicidade
19/02/2006
-
00h31
da BBC Brasil
A astrônoma americana Margaret Turnbull, da Carnegie Institution, de Washington, compilou um ranking das estrelas do universo conhecido que mais possivelmente poderiam proporcionar vida inteligente.
Há anos, cientistas vêm tentando captar sinais de rádio de outros sistemas solares na esperança de encontrar outras civilizações.
Turnbull se concentrou em critérios específicos como a idade da estrela e a quantidade de ferro na sua atmosfera.
A número um do ranking é a beta CVn, uma estrela parecida com o sol a 26 mil anos luz da Terra.
De acordo com a astrônoma, outros 17 mil sistemas solares poderiam abrigar vida. Destes, ela selecionou cinco estrelas que mais provavelmente propiciariam formas de vida extraterrestre inteligente.
"Escolhi cinco para anunciar os melhores lugares se formos obrigados a nos mudar ou se tivermos que apontar o telescópio para algum lugar", afirmou Turnbull à BBC.
A lista pode ser útil para projetos como o Seti, sigla em inglês para Busca por Inteligência Extraterrestre, um experimento que tenta encontrar provas de vida fora da Terra por meio de sinais emitidos pelas tecnologias por elas desenvolvidas.
"Existem zilhões de estrelas, mas não podemos olhar para cada uma com a atenção que gostaríamos", afirmou Turnbull.
"Nós priorizamos a nossa pesquisa de forma a só olharmos para estrelas que são parecidas com aquelas ao redor das quais vivemos. Precisamos saber quais merecem o nosso tempo de telescópio."
Para entrar na lista, as estrelas tinham que ter pelo menos três bilhões de anos de idade, ou seja, tempo suficiente para os planetas ao seu redor poderem desenvolver formas de vida complexas.
"Civilizações avançadas não nascem da noite para o dia. Na Terra, foram necessários bilhões de anos para uma civilização surgir."
As candidatas também tinham que ter, no mínimo, 50% da quantidade de ferro contida no sol.
Baixos níveis de ferro na atmosfera de uma estrela mostram que provavelmente não haveriam metais pesados suficientes no início de sua existência para formar planetas.
Outro critério usado pela astrônoma foi a massa das estrelas. Ela dispensou aquelas que têm uma massa maior do que 1,5 vezes a do sol, porque essas tendem a não viver tempo suficiente para proporcionar as chamadas "zonas habitáveis".
Essas são áreas ao redor de uma estrela nas quais um planeta consegue manter quantidades d'água suficientes sobre a sua superfície: um dos principais requisitos para a vida.
Se estiverem muito perto das estrelas, a água evapora. Se estiverem longe demais, ela congela.
Astrônoma publica ranking de estrelas propícias à vida
PAUL RINCONda BBC Brasil
A astrônoma americana Margaret Turnbull, da Carnegie Institution, de Washington, compilou um ranking das estrelas do universo conhecido que mais possivelmente poderiam proporcionar vida inteligente.
Há anos, cientistas vêm tentando captar sinais de rádio de outros sistemas solares na esperança de encontrar outras civilizações.
Turnbull se concentrou em critérios específicos como a idade da estrela e a quantidade de ferro na sua atmosfera.
A número um do ranking é a beta CVn, uma estrela parecida com o sol a 26 mil anos luz da Terra.
De acordo com a astrônoma, outros 17 mil sistemas solares poderiam abrigar vida. Destes, ela selecionou cinco estrelas que mais provavelmente propiciariam formas de vida extraterrestre inteligente.
"Escolhi cinco para anunciar os melhores lugares se formos obrigados a nos mudar ou se tivermos que apontar o telescópio para algum lugar", afirmou Turnbull à BBC.
A lista pode ser útil para projetos como o Seti, sigla em inglês para Busca por Inteligência Extraterrestre, um experimento que tenta encontrar provas de vida fora da Terra por meio de sinais emitidos pelas tecnologias por elas desenvolvidas.
"Existem zilhões de estrelas, mas não podemos olhar para cada uma com a atenção que gostaríamos", afirmou Turnbull.
"Nós priorizamos a nossa pesquisa de forma a só olharmos para estrelas que são parecidas com aquelas ao redor das quais vivemos. Precisamos saber quais merecem o nosso tempo de telescópio."
Para entrar na lista, as estrelas tinham que ter pelo menos três bilhões de anos de idade, ou seja, tempo suficiente para os planetas ao seu redor poderem desenvolver formas de vida complexas.
"Civilizações avançadas não nascem da noite para o dia. Na Terra, foram necessários bilhões de anos para uma civilização surgir."
As candidatas também tinham que ter, no mínimo, 50% da quantidade de ferro contida no sol.
Baixos níveis de ferro na atmosfera de uma estrela mostram que provavelmente não haveriam metais pesados suficientes no início de sua existência para formar planetas.
Outro critério usado pela astrônoma foi a massa das estrelas. Ela dispensou aquelas que têm uma massa maior do que 1,5 vezes a do sol, porque essas tendem a não viver tempo suficiente para proporcionar as chamadas "zonas habitáveis".
Essas são áreas ao redor de uma estrela nas quais um planeta consegue manter quantidades d'água suficientes sobre a sua superfície: um dos principais requisitos para a vida.
Se estiverem muito perto das estrelas, a água evapora. Se estiverem longe demais, ela congela.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice